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K-SLB_3-1_Gil_Vicente_0095

Benfica vence o Gil Vicente (3-0) com Bah e Florentino a titulares

Num jogo com uma exibição suficiente e em que o técnico Roger Schmidt apostou num onze diferenciado daquele que vinha a escalar em jogos anteriores, o Benfica venceu o Gil Vicente justamente, por 3-0, num jogo em que Trubin apareceu com uma boa defesa apenas no segundo tempo e ao minuto 85′, quando os encarnados já tinham há muito construído o resultado final.

Roger Schmidt mexeu na sua equipa e apostou num onze diferente, com Bah como lateral direito e Florentino no meio-campo com João Neves, fazendo adiantar Aursnes para a linha média, conseguindo com isso controlar melhor o meio-campo e a partir daí partir daí assumir o controlo do jogo. Para isto, Schmidt deixou de fora dois elementos até quase intocáveis, nomeadamente Kokçu e João Mário, consciente afinal de que aproxima-se uma fase com três competições em aberto para as quais a gestão do plantel se afigura indispensável. 

Do lado do Gil Vicente, equipa que chegou a este jogo já com 22 pontos e teve que defrontar uma equipa que não é de todo um adversário direto no “seu” campeonato, o técnico Vítor Campelos escalou um onze com Andrew como guarda-redes, ainda Zé Carlos, Gabriel Pereira, Rúben Fernandes e Buta no quarteto defensivo, Castillo, Mory Gbane e Fujimoto na linha média e ainda, na frente, Maxime Dominguez, Murilo e Félix Correia, permitindo à turma de Barcelos uma equipa que procurou jogar sem autocarros à frente da sua baliza, disputando o jogo em todo o terreno e com isso dando brilho a uma partida assistida por 58.722 espectadores no Estádio da Luz.

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Depois de um minuto de silêncio em homenagem a Palmeiro Antunes, antigo jogador do Benfica do final da década de 50 do século passado, falecido no final da semana aos 87 anos, a bola começou a rolar no Estádio da Luz, num jogo que se realizou depis de alguma expectativa quanto à possibilidade da ausência de alguns elementos da Polícia de Segurança Pública pudesse colocar em causa a sua realização.

A verdade é que no exterior do recinto benfiquista era evidente a existência de um número menor de agentes da PSP comparativamente com outros jogos, mas nem por isso deixaram de estar presentes elementos da PSP junto às portas do Estádio da Luz e até no interior do recinto, pelo que o jogo pôde ser realizado em segurança e sem quaisquer problemas para o público e para os seus intérpretes.

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Arthur Cabral abriu a contagem aos 5′

Logo ao quinto minuto do jogo, Arthur Cabral apareceu a responder a preceito a um cruzamento de Di Maria, a partir do flanco direito, com o ponta-de-lança a cabecear a contento levando a bola a bater no poste esquerdo da baliza do Gil Vicente, deixando um primeiro aviso aos homens de Barcelos. O golo não apareceu naquele lance, mas apareceu mesmo ao minuto 15′, pelo mesmo Arthur Cabral, de novo num cabeceamento, a responder a um cruzamento “com olhinhos” feito pelo mesmo Di Maria a partir de um pontapé de canto do lado esquerdo do ataque benfiquista. O avançado brasileiro dos encarnados foi deixado sem qualquer marcação dentro da área gilista e, sem sequer ter de saltar, cabeceou com acerto e abriu a contagem para o Benfica, com culpas para a defensiva do Gil Vicente que deixou Arthur Cabral “esquecido” em plena grande-área.

Em desvantagem no marcador, o Gil Vicente chegou a conseguir equilibrar o jogo, com posse de bola no meio-campo defensivo do Benfica, mas apostando num jogo em que quase sempre costurou o jogo em demasia, acabando sempre por permitir o corte do Benfica que tapou sempre a contento os caminhos para a baliza de Trubin. Afinal de contas, a posse de bola do Gil Vicente era mais consentida pelo Benfica do que conseguida pela formação visitante, sendo os encarnados os protagonistas de um jogo controlado em que era evidente que os golos voltariam a aparecer na baliza de Andrew.

Ao minuto 29’, um momento de emoção a partir das bancadas do Estádio da Luz, com o público todo de pé a aplaudir e a prestar uma homenagem a Miki Féher, jogador húngaro do Benfica falecido há vinte anos durante um jogo no Estádio Afonso Henrique em Guimarães. Com o nome de Féher a ser exibido nos ecrãs gigantes, os seus familiares no camarote presidencial do estádio e os adeptos a aplaudirem de pé a referência ao jogador, uma faixa foi exibida a partir das bancadas com uma mensagem clara: “20 anos do teu último sorriso, um de nós!”

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João Neves e Rafa também faturaram

Neste fim de tarde no Estádio da Luz, o jogo voltava a concentrar as atenções de todos e o Benfica voltava aos golos, ao minuto 35’, uma vez mais a partir de um lance de bola parada, um novo pontapé de canto a partir do lado esquerdo, batido novamente por Di Maria para a entrada da grande área do Gil Vicente. Ali apareceu Otamendi a repor a bola dentro da grande-área e, ao segundo poste, apareceu João Neves que, depois de tirar o gilista Rúben Fernandes da sua frente com um toque de habilidade, rematou ao poste mais distante com uma finalização já em esforço a tirar a bola do alcance do guarda-redes do Gil Vicente concretizando o segundo golo dos encarnados.

O Benfica consolidava a sua vantagem, ganhando com isso tranquilidade no seu jogo perante um Gil Vicente em que era evidente a falta de soluções nos últimos 30 metros, frente a uma equipa benfiquista que mantinha um domínio claro com Florentino a fechar o meio-campo da sua equipa, apoiado por Aursnes que apareceu quase sempre em terrenos interiores a dar outra consistência do jogo do Benfica.

Até ao intervalo, porém, o marcador não voltou a sofrer alterações, mesmo depois de um lance ao minuto 40 em que os encarnados voltaram a andar bem perto de marcar, depois de uma boa combinação entre Rafa e Arthur Cabral em que este quase conseguia o terceiro golo do jogo. Valeu por essa altura ao Gil Vicente a intervenção de um defesa que atirou a bola pela linha de fundo, concedendo um pontapé de canto que, desta vez, acabaria por ser inconsequente, vindo a chegar o intervalo pouco depois com o Benfica a vencer então por 2-0.

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Com José Mourinho nas bancadas do Estádio da Luz a assistir a este jogo, as duas equipas regressaram às quatro linhas para uma segunda parte em que o Benfica se manteve dominante, vindo a marcar bem cedo, ao minuto 49’, altura em que Rafa Silva assinou mesmo o terceiro golo do jogo, depois de uma assistência de Aursnes a partir do lado esquerdo. Rafa fez assim o terceiro golo do jogo para o Benfica, assinando o 3-0 que viria a permitir o resultado final de um jogo em que o Benfica dominou até ao final.

“Leão” Afonso Moreira estreou-se pelo Gil Vicente

Vítor Campelos, o técnico do Gil Vicente, mesmo com a sua equipa a perder por 3-0, nunca atirou a toalha ao chão e procurou dar argumentos à sua equipa para conseguir pelo menos um golo que reabrisse o jogo, mas o Benfica nunca facilitou e Roger Schmidt respondeu a preceito também nas alterações. Assim, Vítor Campelos fez entrar Alex Pinto, Alipour e Touré, por troca com Zé Carlos, Félix Correia e Murilo, respondendo pouco depois o técnico do Benfica com a chamada a jogo de David Neres e Álvaro Carreras, para os lugares de Rafa Silva e Morato. Ao minuto 71′ Afonso Moreira pôde estrear-se com a camisola do Gil Vicente, ele que foi emprestado pelo Sporting à equipa de Barcelos, voltando a responder o Benfica com a entrada em campo de Tiago Gouveia e Marcos Leonardo, saindo por essa altura Di Maria e Arthur Cabral.

Antes do apito final do árbitro o técnico do Gil Vicente ainda pôde apostar em Wilson ao minuto 82′ para a saída de Castillo, num jogo em que também o Benfica realizou uma derradeira alteração na sua equipa, com a entrada de Rollheiser por troca com João Neves, ele que recebeu uma enorme ovação pela excedlente exibição que assinou uma vez mais neste encontro e que iria valer, no final, a indicação pela Liga de Clubes como o “homem do jogo”.

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Entre estas últimas substituições, nota para uma defesa de grande qualidade feita por Trubin, na verdade a única defesa verdadeiramente digna desse nome por parte do guardião ucraniano, que manteve assim a sua baliza inviolada nesta que foi a sétima vitória seguida do Benfica no presente campeonato da I Liga.

Roger Schmidta garantiu assim para a sua equipa mais um triunfo, deixando no banco dois elementos normalmente titulares — Kokçu e João Mário —, começando afinal a gerir o seu plantel no arranque de um mês de Fevereiro em que o Benfica irá jogar  

O árbitro concedeu mais dois minutos de compensação num jogo sem casos, com um único cartão amarelo exibido a Castillo ao minuto 74′, vindo a partida a terminar com a vitória tranquila e incontestável do Benfica que chega assim ao primeiro lugar do campeonato no final desta 20ª jornada da I Liga, ainda que à condição até que o Sporting consiga realizar o jogo frente ao Famalicão que ontem não foi realizado por falta de policiamento e que fica agora em atraso a partir da presente jornada. Os encarnados irão agora jogar na próxima quinta-feira, dia 8, em Vizela, em jogo referente aos quartos-de-final da Taça de Portugal, enquanto que o Gil Vicente voltará a jogar apenas na próxima terça-feira de Carnaval, dia 13, em Barcelos onde irá receber o Vizela.

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texto: Jorge Reis
fotos: Luís Moreira Duarte

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