O FC Porto consentiu este sábado o terceiro empate no presente campeonato, sem golos frente ao Rio Ave, no Estádio do Dragão, e agravou ainda mais a distância para os rivais diretos, nomeadamente Sporting, o líder do campeonato, e Benfica, segundo classificado, na corrida ao título da I Liga.
Num jogo marcado por um início intenso e com diversos momentos plenos de emoção, com um penálti favorável ao FC Porto anulado depois do árbitro ser alertado pelo VAR para a inexistência de motivos para o castigo máximo, dois golos anulados por fora de jogo de quatro e 14 centímetros, respectivamente a Galeno e a Wendell, e ainda um lance de perigo para a baliza dos dragões em que Boateng é apanhado também ele em posição irregular quando tinha tudo para surpreender Diogo Costa, naquela que viria a ser a única oportunidade de golo para os vilacondenses num jogo realizado todo ele de sentido único para a baliza de Jhonatan Luiz, o guarda-redes do Rio Ave.
Sérgio Conceição, o técnico do FC Porto, apostou num onze em tudo idêntico ao que garantiu nos últimos jogos bons resultados e boas exibições, com Diogo Costa entre os postes, João Mário, Pepe, Fábio Cardoso e Wendell na linha defensiva, Alan Varela e Nico González no “miolo” do terreno e ainda Francisco Conceição, Pepê e Galeno nas costas de Evanilson, avançado que chegava a esta partida depois de golos e boas exibições.
Do outro lado, o técnico Luís Freire, do Rio Ave, escalou uma equipa com três defesas — Josué, Aderllan Santos e Miguel Nóbrega — na frente do guarda-redes Jhonatan, cinco elementos na linha média — Costinha, João Teixeira, Tanlongo, Joca e Fábio Ronaldo — e ainda dois homens mais adiantados no terreno, nomeadamente João Graça e Boateng, um conjunto em que ficou clara a preocupação em fechar os caminhos para a sua baliza e a procura de uma ou outra oportunidade em que pudessem apostar na velocidade nas costas da defesa portista. Do banco de suplentes, Freire pôde recorrer a jogadores que se revelaram influentes no segundo tempo como Vitor Gomes, Umaro Embaló, Vrousai ou Yakubu Aziz, acabando o conjunto de Vila do Conde por tirar partido do nervosismo crescente entre os homens da formação portista que acabaram o jogo a jogar nos últimos trinta metros do terreno à beira da baliza do Rio Ave mas sem o descernimento necessário para chegarem ao golo.
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Num jogo que foi realizado com um número de polícias inferior ao normal, porque também aqui, no Estádio do Dragão, houve diversos agestes da PSP que se sentiram mal e não desempenharam as suas funções por baixa médica, tal como já tinha acontecido horas antes em Famalicão onde não se realizou o jogo entre Famalicão e Sporting, a verdade é que FC Porto e Rio Ave acabaram por poder jogar pois, ainda que em número inferior, foi considerado haver elementos da PSP suficientes para manter a segurança em redor da partida entre portistas e vilacondenses.
Acabou assim o FC Porto por “escorregar” e perder pontos em casa, ficando potencialmente mais atrasados relativamente a Sporting e a Benfica na corrida pelo título nacional da I Liga. A turma portista, que jogou melhor, foi superior e teve todas as oportundiades de golo, falhou na finalização e terá agora que concentrar atenções no jogo da Taça de Portugal a realizar em casa do Santa Clara, nos Açores, na próxima quarta-feira, tendo que jogar depois, no sábado seguinte em casa do Arouca. Já o Rio Ave, com os reforços contratados na janela de transferências de Janeiro a conseguirem uma adaptação crescente às ideias do técnico Luís Freire, irá jogar apenas no próximo domingo, 11 de Fevereiro, na recepção ao Casa Pia.