Uma vitória clara por 4-0, construída nos primeiros 45 minutos e controlada depois na etapa complementar, assim se poderá resumir a passagem, esta sexta-feira, da formação do Sporting pelo terreno do Gil Vicente, em Barcelos, onde os pupilos de Rúben Amorim triunfaram de uma forma segura e convincente face a uma equipa gilista que raramente conseguiu incomodar o guarda-redes dos leões Franco Israel.
Agora a cinco jornadas do final do campeonato — ao Sporting faltam seis jogos já que para além das cinco jornadas a disputar tem ainda um jogo por cumprir em Famalicão referente à 20ª jornada —, os leões, que nesta jornada jogaram antes do rival Benfica, irão manter pelo menos os quatro pontos de vantagem sobre o segundo classificado, que na prática poderão ser sete se o Sporting conseguir vencer o Famalicão no próximo dia 16, e tudo isto depois de uma vitória clara com uma goleada garantida hoje no embate com a turma gilista no Estádio Cidade de Barcelos, resultado que deixou em êxtase os adeptos leoninos que marcaram presença nas bancadas do terreno do Gil Vicente.
Para este jogo, Rúben Amorim escalou uma equipa com uma ou outra alteração relativamente aos onzes que alinharam nos últimos jogos, mas ainda assim com o foco muito bem definido na necessidade de um triunfo. E a verdade é que aos 10 minutos o Sporting vencia já por 2-0, tendo chegado aos 4-0 ao minuto 38′, uma goleada que mereceu depois um controlo bem conseguido por parte dos jogadores às ordens de Rúben Amorim num segundo tempo jogado num ritmo mais lento mas ainda assim sem nunca permitir veleidades à equipa do Gil Vicente, controlando o jogo e procurando por diversas vezes dilatar ainda mais a vantagem conseguida ao intervalo.
Para além de Franco Israel, a equipa do Sporting surgiu em Barcelos com Eduardo Quaresma, Diomande e Gonçalo Inácio na primeira linha de três centrais, ainda Ricardo Esgaio, Daniel Bragança, Morita e Geny Catamo na linha média, aparecendo na frente Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves. De fora, Rúben Amorim deixava alguns elementos determinantes deste Sporting como Coates, Edwards ou Paulinho, podendo o técnico leonino fazer uma gestão tranquila dos recursos do seu plantel.
Do outro lado, Carlos Cunha, o técnico interino do Gil Vicente que assumiu a equipa de Barcelos após a saída de Vítor Campelos, fez entrar um onze com Andrew na baliza, guarda-redes que entrou em campo de luto para esta partida, isto porque, no Brasil, a mãe do jogador gilista faleceu algumas horas antes deste jogo. Zé Carlos, Gabriel, Rúben Fernandes e Kiko Vilas Boas entraram em campo na condição de defesas, apoiados por Mory Gbane e Martim Neto na linha média, com Murilo, Dominguez e Pedro Tiba com a necessidade de fazer chegar a bola ao homem mais adiantado no terreno, o avançado Depú.
Com as pedras das duas equipas colocadas sobre o tabuleiro em que se transformou o relvado de Barcelos, a turma de Ruben Amorim rapidamente colocou o Gil Vicente em xeque, desde logo com um primeiro golo ao minuto 8′, por Trincão, ele que apareceu no sítio certo para a recarga depois de um primeiro remate de Morita ao poste direito da baliza de Andrew. O Sporting chegava assim rapidamente ao comando do marcador, e melhor ficava três minutos depois quando, ao minuto 11′, Diomande apareceu na pequena-área a responder a preceito a um cruzamento de Pedro Gonçalves a partir do corredor direito do ataque. O central leonino apareceu livre de marcação e, com um cabeceamento perfeito, fez a bola bater na relva à frente do guarda-redes do Gil Vicente que não conseguiu assim impedir que a bola ultrapassasse a linha de golo em Barcelos pela segunda vez nesta partida.
O Sporting dominava o jogo sem dificuldade, Pedro Gonçalves esteve à beira de fazer o terceiro golo ao minuto 26′ o que não aconteceu apenas devido a uma boa intervenção de Andrew, acabando o Sporting por chegar ao 3-0 ao minuto 31′, uma vez mais por Trincão, que assim bisou nesta partida. O Gil Vicente perdeu a bola no seu meio-campo defensivo, Daniel Bragança serviu Trincão numa desmarcação perfeita e o avançado dos leões só teve que colocar a bola fora do alcance de Andrew.
Antes do intervalo, depois de já ter tentado por diversas vezes o golo de que tem andado arredado há alguns jogos, o sueco Gyokeres ainda festejou como seu o quarto golo do Sporting, ao minuto 38′, obtido na sequência de um cabeceamento do avançado leonino em resposta a um cruzamento a partir do corredor esquerdo. Gyokeres cabeceou, a bola bateu na trave, ressaltou nas costas de Andrew, e só depois entrou na baliza do Gil Vicente. O sueco do Sporting ainda fez a habitual máscara a festejar o golo, mas a Liga atribuiu o desfecho deste lance a um autogolo de Andrew naquele que foi o xeque-mate do Sporting ao Gil Vicente. Gyokeres continua sem regressar aos golos, mas o Sporting, esse, caminha tranquilo e de forma convicta para a conquista do título, mesmo com os adeptos a optarem pelo discurso típico nestas alturas do “jogo a jogo”, ainda que lá no fundo já nenhum sportinguista aceite outro desfecho do campeonato senão com a festa no Marquês de Pombal porventura ainda antes do fecho da I Liga.
O Sporting irá agora colocar o calendário em dia ao disputar na próxima terça-feira a turma do Famalicão, no terreno da formação minhota, já depois de serem conhecidos os desfechos dos jogos da presente jornada em que o Benfica irá receber o Moreirense no Estádio da Luz no próximo dominigo, o FC Porto recebe este sábado a turma do Famalicão e o Gil Vicente, que hoje foi goleado em casa pelo Sporting, irá defrontar na próxima jornada o Moreirense em casa desta formação em Moreira de Cónegos.