Morreu ao fim da noite desta quinta-feira, aos 73 anos, o antigo futebolista e eterno capitão do Sporting, Manuel Fernandes, vítima de doença oncológica.
Manuel Fernandes, nome ímpar da história do Sporting Clube de Portugal mas também do futebol português, jogou durante 12 anos no Sporting, entre 1975 e 1987, período durante o qual garantiu o título de um dos melhores avançados da história leonina, um facto construído com um total de 257 golos marcados em 433 jogos oficiais de leão ao peito e com o número 9 nas costas.
Em termos de títulos, Manuel Fernandes sagrou-se campeão nacional por duas vezes (1979/80 e 1981/82), tendo conquistado ainda duas Taças de Portugal (1977/78 e 1981/82) e duas Supertaças Cândido de Oliveira, uma das quais, curiosamente, não enquanto jogador mas na condição de treinador, ele que ficará na memória de muitos sportinguistas pela sua contribuição para a vitória histórica do Sporting sobre o eterno rival, o Benfica, por 7-1, em dezembro de 1986, quando Manuel Fernandes apontou um “poker” contribuindo para aquele dilatado triunfo sobre os encarnados.
Tendo representado o Sporting, mas também a CUF, onde começou a jogar futebol enquanto profissional, e o Vitória de Setúbal, onde encerrou a sua carreira de jogador aos 38 anos, Manuel Fernandes somou 30 internacionalizações por Portugal, ficando também na história ao não ter sido convocado para o Campeonato da Europa de 1984 e para o Mundial de 1986.
Concluída a sua carreira de jogador, Manuel Fernandes avançou para uma carreira de treinador, desde logo no Vitória de Setúbal onde jogou, tendo passado posteriormente por clubes como Estrela da Amadora, Ovarense, Campomaiorense, Tirsense, Santa Clara, Penafiel e União de Leiria. Fora de Portugal, Manuel Fernandes teve ainda oportunidade de treinar a formação angolana do ASA, de Luanda.
Ainda enquanto treinador, Manuel Fernandes acabou por cumprir o sonho de orientar o seu clube do coração, o Sporting, na temporada de 2000/2001, época em que substituiu Augusto Inácio. Antes, na temporada de 1992/1993, o “eterno capitão” tinha já integrado a equipa técnica dos leões, mas então enquanto adjunto de Bobby Robson, regressando a Alvalade entre 2015 e 2019 já na condição de coordenador do scouting do clube.
Aos seus familiares, nomeadamente ao seu filho Tiago, e a todos os adeptos sportinguista, a equipa do LusoNotícias apresenta as mais profundas condolências pela perda de um valor ímpar do futebol português.
Jorge Reis / LusoGolo
Loading ...
