Francisco Conceição, que saltou do banco de suplentes para o jogo em cima do minuto 90′, conseguiu marcar para Portugal na primeira vez que tocou na bola e deu a vitória à Turma das Quinas sobre a República Checa, num jogo ganho por 2-1 e resolvido no derradeiro minuto de compensação.
Antes, a Chéquia tinha aberto a contagem no primeiro (e único) remate que fez à baliza de Diogo Costa, por Provod ao minuto 62′, Hranac fez um auto-golo que empatou a partida ao minuto 69′, e houve ainda tempo para que Diogo Jota colocasse a bola no fundo das redes da turma checa, na recarga a um remate de Cristiano Ronaldo ao ferro da baliza com o capitão da turma das Quinas a ser apanhado em fora de jogo.





Portugal soube sofrer, o selecionador Roberto Martinez deixou prolongar o sofrimento luso mexendo na equipa apenas em cima do minuto 90′, com as entradas de Nélson Semedo, Pedro Neto e Francisco Conceição, por troca com Nuno Mendes, João Cancelo e Vitinha – ao minuto 63′ já tinham entrado Gonçalo Inácio e Diogo Jota por troca com Diogo Dalot e Rafael Leão –, mas acabou Martinez por ter a sorte do jogo a seu favor.
No primeiro lance construído por Pedro Neto pelo lado esquerdo do ataque, o extremo do Wolverhampton cruzou para a pequena área da Chéquia onde apareceu Hranac, o mesmo central que já tinha feito um auto-golo, a cair de joelhos sobre a bola acabando por a deixar à mercê de Francisco Conceição que só teve que rematar para baliza fazendo assim o 2-1.


De uma forma algo irónica, a República Checa, que fez o seu golo no único remate à baliza de Diogo Costa, acabou por sofrer dois golos devido às falhas de um jogador, o central do Viktoria Plzen, com um autogolo e um corte defeituoso que funcionou como “assistência” para o golo de Francisco Conceição, o “espalha-brasas” da nossa Seleção, que acabou assim por resolver um jogo difícil a favor das cores lusas.
Para trás ficava o jogo de estreia de Portugal no Euro2024, uma partida para a qual Roberto Martinez escalou um onze com algumas particularidades, desde logo com três centrais, entre eles Pepe que aos 41 anos e 113 dias passou a ser depois deste jogo o futebolista mais velho a alinhar em fases finais de europeus.



Com Diogo Costa como guarda-redes titular, Rúben Dias e Nuno Mendes apareciam como centrais com Pepe, surgindo depois Diogo Dalot, Vitinha, Bruno Fernandes e Cancelo na linha média, aparecendo na frente Bernardo Silva, Rafael Leão e Ronaldo.
Esta formação, aparentemente bem “esclarecida”, acabou por permitir algumas situações menos funcionais, desde logo pelas muitas vezes que Cancelo apareceu à frente dos centrais, com Diogo Dalot e Bernardo Silva, nomeadamente este último, a ficarem aquém do que deles se esperaria durante o jogo. O extremo do Manchester City, aliás, acabou mesmo o jogo em sub-rendimento, deixando evidente que não está no seu melhor momento de forma depois de uma época sobrecarregada de jogos pelos Citizens.
Com a entrada de Gonçalo Inácio por troca com Diogo Dalot ao minuto 63′, Cancelo e Nuno Mendes puderam assumir as alas, naturalmente, passando a linha de três centrais a ser preenchida por três elementos com essas características, corrigindo-se os equívocos que até ali se verificaram sobre o relvado do Estádio de Leipzig. Estas mudanças, aliás, só não deram fruto porque o golo que Diogo Jota apontou ao minuto 88′ foi anulado devido ao fora de jogo bem assinalado a Cristiano Ronaldo.



Foi assim preciso sofrer, mostrar uma enorme resiliência, conseguir dar a volta a um resultado negativo e justificar o triunfo com a intervenção do tal “espalha-brasas” de que Roberto Martinez tinha falado ainda em Portugal e que entrou em campo e resolveu o jogo a favor de Portugal.
Restará referir que. do lado da República Checa, o selecionador Ivan Haseck apresentou uma formação em 3x5x2 com o guarda-redes Jindrich Stanek, ainda Tomás Holes, Robin Hranac e Ladislav Krejci na linha defensiva, também Vladimir Coufal, Tomás Soucek, Pavel Sulc, Lukas Provod e David Doudera, aparecendo na frente Jan Kutcha e Patrik Schick.
Destacou-se deste onze checo, pela positiva o médio Provod, pelo golaço marcado no remate que desferiu para a baliza de Diogo Costa ao minuto 62′, e pela negativa o central Hranac, com um autogolo e uma “assistência” para o golo de Chico Conceição.
Fica assim para a história este jogo de Portugal como o de estreia no Euro2024 com uma vitória sobre a República Checa por 2-1, também como o jogo em que actuou o jogador mais velho em histórias de europeus, o central Pepe com os já referidos 41 anos e 113 dias, e ainda o capitão Cristiano Ronaldo, que passou a ser o único jogador a estar presente em seis fases finais de Campeonatos da Europa, ele que mostrou ter ainda muito potencial para oferecer a Portugal e aos portugueses.







A Turma das Quinas volta agora a jogar no próximo sábado às 17 horas, frente à Turquia em Dortmund, o mesmo dia em que, para este Grupo F, irão defrontar-se em Hamburgo às 14 horas a Geórgia e a República Checa.