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Portugal venceu a Irlanda (3-0) e mostrou estar a postos para o Euro’2024

Com Cristiano Ronaldo como “capitão” e a justificar por completo o estatuto e as expectativas do público que encheu por completo as bancadas do Estádio Municipal de Aveiro, Portugal venceu por 3-0 a República da Irlanda e mostrou que está tudo pronto no seio da Turma das Quinas para o Europeu’2024. Num jogo em que a equipa de arbitragem fez vista grossa a pelo menos duas grandes penalidades claras cometidas sobre Ronaldo, os jogadores de Portugal fizeram tudo bem e deixaram claro que têm a lição bem estudada para os jogos a sério na Alemanha.

Neste derradeiro jogo de preparação frente à República da Irlanda, um primeiro choque entre o extremo esquerdo irlandês Szmodics e Diogo Dalot obrigou a uma primeira paragem, dando tempo para verificar os esquemas tácticos das duas formações, curiosamente ambas a jogarem com três centrais. À frente de Diogo Costa, o dono da baliza lusa, Diogo Dalot surgiu com o corredor direito a seu cargo, tendo João Cancelo do lado canhoto, aparecendo António Silva, Pepe e Gonçalo Inácio na referida linha de três centrais. Bruno Fernandes e João Neves entraram no jogo como os homens do meio-campo, sobrando para as ações ofensivas Cristiano Ronaldo, João Félix e Rafael Leão.

Do lado irlandês, e depois da vitória conseguida por esta seleção frente à Hungria por 2-1, o selecionador John O’Shea escalou uma formação com um esquema táctico similar ao português, com o guarda-redes Kelleher, ainda O’Shea, O’Brien e Scales na defesa, também Coleman, Smallbone, Cullen e Brady no meio-campo, procurando aparecer na frente Parrott, Szmodics e Idah. A equipa de arbitragem em Aveiro viajou desde o Reino Unido e foi liderada pelo inglês Chris Kavanagh.

Com estes esquemas tácticos idênticos, Portugal entrou claramente melhor no jogo e teve nos pés de João Félix ao minuto 17′, depois de um passe magistral de Cristiano Ronaldo para as costas da defesa da República da Irlanda, a primeira grande oportunidade de golo, algo que só não aconteceu devido a uma grande defesa de Kelleher, o guarda-redes do Liverpool que meteu o pé esquerdo à bola desviando-a para a linha de fundo. Do pontapé de canto, porém, a Turma das Quinas chegou mesmo o ao golo, e desta vez com João Félix a faturar.

Portugal passava assim para a frente do marcador e só não conseguiu o segundo golo ao minuto 21′, na transformação de um pontapé livre direto batido por Cristiano Ronaldo em zona frontal à grande-área da República da Irlanda, porque a bola foi travada pelo ferro esquerdo da baliza à guarda de Kelleher.

Pepe assustou com um toque
sofrido no tornozelo direito

A formação irlandesa ainda conseguiu ter uma bola dentro da área de baliza de Portugal, depois de um erro de Gonçalo Inácio que atrasou a bola para um jogador irlandês, valendo à nossa Seleção a intervenção de António Silva que veio limpar a jogada cedendo um pontapé de canto de que não resultou qualquer perigo para a Turma das Quinas, isto quando o jogo estava a ser claramente controlado pelos jogadores verde-rubros.

Ao minuto 29′, Bruno Fernandes descobriu Diogo Dalot do lado direito, este colocou a bola em Cristiano Ronaldo e o capitão de Portugal deu a bola de novo para Bruno Fernandes para um pontapé que só não deu golo porque falhou por centímetros o enquadramento com os postes, indo a bola à malha lateral da baliza irlandesa. Ao minuto 32, Pepe, na disputa de bola com o irlandês Idah, sofreu um toque no tornozelo direito e de imediato o jogo teve que parar visando a assistência do veterano defesa central de Portugal, numa situação que não passou de um susto para Pepe que continuou em jogo.

A Irlanda conseguia por esta altura tirar partido de um momento de menor concentração da defesa lusa e Idah pode ter uma oportunidade para visar a baliza de Diogo Costa, acabando por rematar à malha lateral naquele que foi o primeiro remate dos irlandeses à baliza de Portugal. A Turma das Quinas manteve ainda assim o controlo do jogo, Rafael Leão pôde, também ele, visar a baliza a partir do lado esquerdo do ataque português, num jogo em que a posse de bola era claramente portuguesa e manifestada em todos os sectores do terreno.

Árbitro e VAR fizeram vista grossa
a dois penáltis sobre Ronaldo

Sobre o derradeiro minuto do primeiro tempo Cristiano Ronaldo foi claramente carregado por Brady dentro da área irlandesa, num lance de clara grande penalidade que, no entanto, a equipa de arbitragem, claramente “à inglesa”, mandou jogar sem assinalar o que era um penálti claro. Ronaldo ainda protestou, o árbitro ainda deu indicações de que estava a escutar o VAR, mas o jogo seguiu com um pontapé de canto para a formação lusa sem consequências.

Assim, ao intervalo Portugal vencia pela diferença mínima, num jogo em que, só nos primeiros 45 minutos e para além do golo, enviou uma bola ao poste, teve um penálti que o árbitro não assinalou e pudemos contabilizar ainda mais três situações de golo eminente, em lances que Bruno Fernandes, João Félix e Rafa Leão não conseguiram concretizar.

Para o segundo tempo, Roberto Martinez apostou nas primeiras alterações, com as entradas de Nélson Semedo, Danilo Pereira, Rúben Neves, Nuno Mendes e Diogo Jota, saindo do jogo Pepe, Diogo Dalot, João Félix, Rafael Leão e João Cancelo. Com o renovado “onze” de Portugal, foi preciso esperar apenas cinco minutos para que, depois de um passe magistral de Rúben Neves para flanco direito do ataque de Portugal, aparecer Cristiano Ronaldo a fazer uma recepção brilhante para um remate de pé esquerdo a fazer a bola entrar “na gaveta” para o 2-0, sem possibilidades de defesa para Kelleher.

“CRIS-TIANO-RONAL-DO…
CRIS-TIANO-RONAL-DO…”

Portugal jogava agora com uma formação diferente mas com o mesmo esquema táctico e sempre com Cristiano Ronaldo a revelar uma enorme fome de golo, incentivado pelo público que nas bancadas nunca deixou de cantar o nome do camisola sete, apareceu Diogo Jota ao minuto 60′, após um lance de insistência, a recuperar a bola na frente de ataque para assistir Ronaldo para o terceiro golo do jogo, uma vez mais apontado pelo capitão luso de pé esquerdo.

A República da Irlanda jogava já com Johnston, Cannon e O’Dowda, depois das saídas de Parrott, Idah e Brady, mas o jogo continuava a ser dominado por Portugal a justificar por inteiro a vantagem de três golos com o público a pedir mais num justificado ambiente de festa. A República da Irlanda volta a sofrer mudanças no respectivo “onze”, com as entradas de Doherty e Knight, por troca com Coleman e Szmodics, avançando o jogo para os derradeiros 20 minutos com Portugal a manter um claro domínio da partida.

Ao minuto 74′ mais um lance polémico, com o guarda-redes Kelleher a atrapalhar-se com a bola a ter que cair em cima de Cristiano Ronaldo num lance em que terá havido motivo para nova grande penalidade que o árbitro Chris Kavanagh voltou a ignorar. Ronaldo protestou, Roberto Martinez também reclamou junto do quarto árbitro, mas o jogo prosseguiu, contabilizando-se o segundo erro claro da equipa de arbitragem.

O selecionador da Turma das Quinas continuava a rodar os seus jogadores, agora com a saída de João Neves para a entrada de Matheus Nunes, ao minuto 78′, isto com Portugal a manter o domínio do jogo, sempre com a preocupação de conseguir a recuperação da posse de bola logo no meio-campo ofensivo.

Danilo à beira do final do jogo, como já tinha acontecido com Pepe no primeiro tempo, também assustou depois de um toque no joelho direito, felizmente sem consequências, acabando o jogo por chegar ao final com um justificadíssimo 3-0 para a Turma das Quinas neste que foi o último jogo de preparação antes do arranque do Euro’2024 na Alemanha.

Cristiano Ronaldo foi claramente o “homem do jogo” nesta partida frente à República da Irlanda, Portugal não sofreu desta feita qualquer golo e Roberto Martinez só terá razões para sorrir, até porque todos os elementos da nossa Seleção estão em condições para darem o seu melhor já a partir do próximo dia 18 em solo germânico. Nesse dia, a partir das 20 horas, com o LusoNotícias a trazer-lhe as melhores imagens do Euro’2024 a partir da Alemanha, Portugal terá pela frente como primeiro adversário “a sério” a formação da Chéquia.

Jorge Reis/LusoNotícias

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