REIS7272

Benfica vence Eusébio Cup com goleada sobre o Feyenoord

Um resultado convincente ao jeito de goleada, por 5-0, com quatro golos apontados no primeiro tempo, permitiu este domingo ao Benfica a conquista da 12ª edição da Eusébio Cup frente aos holandeses do Feyenoord, clube que se sagrou campeão neerlandês na temporada de 22/23 e que na última época perdeu o título para o PSV Eindhoven. Desta feita no Estádio da Luz, perante 54.317 adeptos nas bancadas do recinto encarnado, a equipa às ordens de Roger Schmidt conseguiu “vulgarizar” o Feyenoord marcando quatro golos em menos de 10 minutos, com o jovem argentino Prestianni em destaque pela exibição conseguida e por um golo marcado, o primeiro para o Benfica, num jogo em que também o grego Vangelis Pavlidis esteve em evidência ao marcar dois dos cinco golos no jogo.

Naquele que foi o último jogo particular do Benfica no Estádio da Luz antes do arranque da nova época — os encarnados terão ainda um embate com os ingleses do Fulham no Estádio do Algarve no próximo fim-de-semana antes do arranque do campeonato que irá acontecer para o Benfica no terreno do Famalicão —, o técnico Roger Schmidt escalou um “onze” com Trubin na baliza, Bah, Tomás Araújo, Morato e Jan-Niklas Best na defesa, ainda Leandro Barreiro e Florentino Luís no meio do terreno ladeados por João Mário e Fredrik Aursnes, sobrando para as acções mais ofensivas Prestianni e Pavlidis.

Com aquele “onze”, o Benfica assumiu o jogo desde o início, Prestianni surgiu como o elemento mais rápido sobre a bola numa equipa que procurou sempre ter a iniciativa do jogo e recuperar rapidamente a bola sempre que a perdia, e os resultados surgirem bem cedo. Assim, logo ao minuto 9′, o jovem argentino Prestianni, num lance de insistência depois de vários passes dos jogadores do Benfica dentro da área do Feyenoord, apanhou a bola já dentro da grande área descaído para o lado direito e, em jeito, rematou ao segundo poste fazendo a bola descrever um arco fora do alcance do guarda-redes para ir bater na malha lateral, inaugurando assim o marcador para os encarnados.

Prestianni foi o ‘MVP’

Ao minuto 13’, de novo Prestianni, agora a receber uma bola lançada em profundidade no meio-campo da turma neerlandesa. Conduziu a bola até à entrada da área onde deixou em João Mário que, com um passe atrasado, encontrou Pavlidis na posição correcta para finalizar fazendo o segundo golo do Benfica e o primeiro da sua conta pessoal neste jogo. E um minuto depois, quando nas bancadas ainda se festejava o golo que dera o 2-0, eis que Pavlidis voltava a faturar para o 3-0, agora na resposta a um cruzamento de Beste do lado esquerdo, com o grego bem colocado na pequena área, a aparecer no sítio certo no momento certo, a ter apenas que encostar para o 3-0.

O Benfica entrava assim a todo o gás neste jogo com o Feyeneoord que, antes mesmo de assentar o seu jogo, já estava a perder por três golos decorrido o primeiro quarto-de-hora. E porque o final de tarde era do Benfica, eis que ao minuto 17’ Leandro sofreu uma falta em zona frontal à grande-área, valendo mesmo um cartão amarelo para Geertruida. Na transformação do pontapé livre, Beste rematou à baliza, a bola bateu nas costas do internacional argelino do Feeynoord Anis Moussa e traiu o guarda-redes Bijlow, permitindo o 4-0 para o Benfica à passagem do minuto 18’.

Com uma pressão alta, procurando recuperar a posse de bola sempre que a perdeu e jogando maioritariamente no meio-campo defensivo do Feyenoord, o Benfica continuava a dominar um jogo que lhe corria de feição e no qual toda a equipa conseguia uma boa movimentação. Beste dominava o seu corredor, com Aursnes à sua frente a fletir várias vezes para dentro no apoio a Prestianni, com este a surgir como o homem do jogo. Aliás, a propósito de Prestianni, esteve à beira de fazer o seu segundo golo ao minuto 37’ quando, depois de um passe de João Mário, enviou a bola ao travessão da baliza do Feyenoord, falhando aquele que parecia certo como quinto golo dos encarnados.

Pavlidis voltou a bisar para o Benfica

O Benfica dominava a justificava a vantagem, frente a um adversário que deixava sinais evidentes de estar ainda numa fase menos adiantada na preparação da nova temporada, uns quantos furos abaixo do que o Benfica se mostrava capaz.

Para o segundo tempo Roger Schnmidt começou a troca de jogadores, procurando observar outros elementos, e com isso ressentiu-se a qualidade do jogo dos encarnados. António Silva, Álvaro Carreras, David Neres e Marcos Leonardo foram chamados ao jogo logo ao minuto 46′, para as saídas de Morato, Best, João Mário e Prestianni, continuando o jogo do Benfica suficientemente sólido no meio-campo, com a intervenção de Leandro Barreiro, mas sem a capacidade de explosão de Prestianni. Mais tarde, ao minuto 66′, foi a vez de Bah e Tomás Araújo darem os seus lugares a Bajrami e Tiago Gouveia, com as trocas, naturalmente, a prejudicarem o entrosamento da equipa do Benfica.

Roger Schmidt ainda teve oportunidade de apostar em João Rego ao minuto 77′, o jovem avançado que permitiu o descanso a Pavlidis, num jogo em que entraram ainda Arthur Cabral e Martim Neto, ao minuto 86′ jogadores que acabariam ainda assim por deixar a sua marca no jogo, nomeadamente o avançado brasileiro, Cabral, ele que quatro minutos depois de estar em campo faturou com o quinto golo para o Benfica. Antes tinha sido David Neves a colocar a bola no fundo da baliza de Bijlow ao minuto 74′, fazendo-o depois de um passe que o apanhou em posição irregular de imediato assinalado por um auxiliar do árbitro Luís Godinho.

Ao minuto 74’ David Neves recebeu um passe na frente da linha defensiva do Feyenoord que lhe permitiu enviar a bola para o fundo das redes da baliza contrária, mas a verdade é que estava em posição irregular, algo que foi de imediato assinalado pelo auxiliar de Luís Godinho.

Ao minuto 76’ Pavlidis deu o seu lugar a João Rego, passando o Benfica a jogar com uma linha de três homens na frente, com Marcos Leonardo ladeado por Neves e João Rego. O jogo por esta altura estava claramente mais morno, sem grandes motivos de interesse, entre duas equipas que apenas a espaços imprimiam velocidade ao jogo, quase sempre com o Benfica a tomar a iniciativa em lançamentos de profundidade para as costas da defesa da turma neerlandesa.

As oportunidades de golo foram criadas pelo Benfica face a um adversário lento e sem capacidade de recuperação de bola, deixando bem evidente que esta equipa do Feyenoord está num estágio mais atrasado em termos de entrosamento do grupo de trabalho comparativamente com o Benfica. Os encarnados vencer com inteira justiça, estiveram melhor no jogo, justificaram a vitória pesada sobre o conjunto neerlandês e poderiam mesmo ter conseguido mais um ou dois golos para gáudio dos mais de 54 mil adeptos que praticamente lotaram as bancadas do Estádio da Luz.

Jan-Nicklas Best marcou e deu a marcar

Ao longo da próxima semana o Benfica terá agora que resolver dossiers em aberto, como a saída do jovem médio João Neves, de quem se diz que estará a caminho do PSG, ou ainda os regressos dos jogadores formados no Benfica Renato Sanches, de quem se diz que poderá estar de volta ao clube das águias, ou do João Félix, que poderá vir a rumar do Atlético de Madrid até ao Estádio da Luz, isto caso cheguem a bom termo os negócios de que se fala em redor dos nomes destes jogadores durante este mercado de transferências que só deverá fechar no final do mês de Agosto.

Nota ainda a propósito do jogo do Benfica frente ao Feyenoord para as boas prestações de jogadores como Prestianni e Pavlidis, num grupo de trabalho que teremos que ter em conta, para além dos possível João Félix e Renato Sanches, também os jogadores que ainda estão de férias e que virão para contar, como o médio ofensivo Kokçu, o extremo Di Maria ou o defesa Otamendi, elementos que certamente Roger Schmidt terá que colocar em campo com a camisola do Benfica nos jogos mais determinantes dos encarnados. É claro que a entrada destes jogadores poderão obrigado Schmidht e deixar de fora jogadores como João Mário, Kokçu, Arthur Cabral e até Marcos Leonardo, com a certeza porém de que no Benfica não poderão jogar todos. Trubin é o guarda-redes titular, joga. Best e Bah estão a agarrar as laterais da defesa, jogam. Pavlidis está a marcar, joga. Prestianni está a marcar, joga, Best está a marcar, joga. Di Maria vem para marcar, joga. Aursnes dá segurança na linha média, joga. Otqamendi vem para ser patrão da defesa, joga.

Olhando pra tudo isto e para o que o Benfica fez neste jogo, a equipa titular desde Benfica no arranque do campeonato poderá surgir com Trubin, Bah e Bestes na ala direita, Tomás Araújo e Morato ou António Silva no meio, e Jan-Niklas Best na corredor canhoto. Leandro Barreiro e Florentino Luís são para já os donos do meio do terreno. ladeados por João Mário e Fredrik Aursnes, sobrando para as acções mais ofensivas para Prestianni e Pavlidis, saindo deste lote a equipa titular do Benfica. Com o decorrer do jogo, Schmidt pode chamar a jogo Tiago Gouveia, Marcos Leonardo, Alvaro Carreras ou ou jovem Adrian Bajrami, elementos menos criativos mas ainda assim suficientemente coesos na acção defensiva.

Cabral assinou o quinto golo do Benfica

A vencer por 5-0 — o último golo foi apontado de cabeça por Arthur Cabral ao minuto 89′, por Arthur Cabral, com um cabeceamento na resposta a um cruzamento de Tomás Gouvias para o interior da pequena-área do Feyenoord. Arthur Cabral pôde subir sem oposição, cabeceou sem adversário por perto e fechou o resultado com o quinto jogo do jogo num altura em que já não era expectável que pudessem surgir mais golos.

O Benfica ganhou sem oposição, os jogadores do clube da Luz fizeram um corredor de honra para a que a turma neerlandesa pudesse receber o troféu de vencidos nas 12º Eusébio Cup, e pouco depois foram os pupilos de Roger Schmidt a poderem levantar o troféu com a imagem do melhor goleador de sempre do futebol benfiquista, entregue aos jogadores do Benfica pela viúva de Eusébio, Flora, e pelas duas filhas do ‘rei’ Eursébio.

O Benfica volta à actividade na próxima sexta-feira no Estádio do Algarve, onde irá defrontar o Fulham, tendo depois de se bater com o Famalicão, no dia 9 de Setembro, em jogo da Iª jornada do campeonato da I Liga.

reportagem, Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

Sondagem

Qual a sua convicção pessoal relativamente ao curso da guerra na Ucrânia?

  • O cessar-fogo é possível e deveremos passar a negociações diplomáticas (35%, 6 Votes)
  • A Rússia só irá parar quando provocar a NATO para um conflito global (24%, 4 Votes)
  • Vai prosseguir a guerra convencional com milhares de mortos de ambos os lados (18%, 3 Votes)
  • A Ucrânia vai acabar por resistir e obrigar a Rússia à retirada (12%, 2 Votes)
  • A Rússia vai ocupar a Ucrânia e impor um governo fantoche neste país (12%, 2 Votes)

Total Voters: 17

Loading ... Loading ...

Rádio LusoSaber

Facebook

Parcerias

Subscreva a nossa Newsletter

Inscreva-se para receber nossas últimas atualizações na sua caixa de entrada!