Depois de um primeiro golo sofrido logo aos oito minutos, marcado por Félix Correia depois de uma assistência de Fujimoto, o Benfica partiu atrás do prejuízo, num jogo em que procurou sempre ser mais eficaz e consequente frente a um adversário que viajou de Barcelos até ao Estádio da Luz com a lição bem estudada a conseguir surpreender os encarnados falhando apenas no capítulo da finalização.
Do outro lado, o Benfica agarrou o jogo, procurou construir lances de golo, e o empate chegou mesmo, aos 17′ minutos, num cabeceamento de Nico Otamendi que, dentro da área do Gil Vicente, respondeu a preceito a um cruzamento do seu compatriota Angel Di Maria a partir do corredor direito.
Bem disputado, com dois golos nos primeiros vinte minutos a permitir por aquela altura um empate no relvado da Luz perante mais de 60 mil adeptos, o jogo prometia e o Benfica não baixava o ritmo, apostando na recuperação da posse de bola ainda no meio-campo do Gil Vicente quando esta formação conseguia ter bola.
Acabou assim por surgir com naturalidade o segundo golo para os donos da casa, que assim davam a volta a um resultado negativo passando para a liderança do marcador à passagem do minuto 25′. Akturkoglu, o turco que continua a dar conta de estar num bom momento de forma desde que chegou ao plantel dos encarnados, recebeu também ele um cruzamento do lado direito, neste caso a partir da bota de Aursnes, e sem saltar cabeceou a bola para o segundo poste, tirando-a do alcance do guarda-redes Andrew, que nada pôde fazer para impedir que o Benfica assumisse a liderança do marcador.
Deixando os adeptos nas bancadas da Luz entusiasmados pela forma bem conseguida como conseguiu dar a volta ao marcador, a equipa do Benfica continuou a dominar, frente aos homens do Gil Vicente que, ainda assim, chegariam ao final do primeiro tempo com mais posse de bola ainda que tivessem sido do Benfica as oportunidades mais flagrantes de golo.
O certo é que o intervalo chegou sem mais golos, com o Benfica a vencer com justiça mas consciente de que não poderia facilitar frente a um Gil Vicente que apareceu no Estádio da Luz disposto a dar luta e a procurar um resultado positivo. Afinal, um golo do Gil daria novo empate e os homens do Benfica tinham consciência disso mesmo.
À beira do minuto 70′ os dois técnicos começaram a mexer nas suas equipas, com Bruno Lage a apostar em substituições diretas, chamando à partida Amdouni, Rollheiser e Arthur Cabral para as saídas de Akturkoglu, Kokçu e Pavlidis, mas também Beste por troca com Di Maria. Do outro lado, o técnico Bruno Pinheiro chamou a jogo Touré e João Teixeira por troca com Jordi Mboula e Santi Garcia.
Acabou por ser já com estas novas formações que o Benfica voltou a chegar ao golo, ao minuto 78′, assinado por um jogador que entrou na partida no segundo tempo, o internacional suíço Amdouni, ele que surpreendeu Andrew com um remate desferido bem fora da área gilista, um pontapé forte que levou a bola rasteira a entrar junto ao poste direito da baliza do Gil Vicente, permitindo aos encarnados o 3-1 num jogo que ficava finalmente “resolvido”, até porque este golo veio retirar a confiança que os homens do conjunto minhoto ainda mantinham.
Cauê deu o seu lugar a Jorge Aguirre aos 80′ minutos na equipa gilista, mas o Benfica estava agora perfeitamente por cima no jogo, controlando e criando lances de perigo para o último reduto da turma de Barcelos.
Assim, naturalmente chegou o quarto golo dos encarnados, ao minuto 90′, concretizado por Florentino, ele que fez o quarto golo neste jogo e, curiosamente, o seu quarto golo com a camisola do Benfica, sendo que todos conseguidos sob o comando do técnico Bruno Lage.
Os dois técnicos puderam esgotar as alterações possíveis nas respectivas equipas com o jogo já mais do que resolvido em termos de resultado, entrando Mutombo para o lugar de Zé Carlos, no Gil Vicente, e Prestianni por troca de Carreras, no Benfica, e acabou por ser o jovem argentino Prestianni que, na primeira vez que tocou na bola, fez um cruzamento a partir do corredor direito para o interior da área gilista a que o guarda-redes não se conseguiu opor de forma eficaz. A bola ficou a saltar na pequena-área e ali apareceu Rollheiser que, oportuno, empurrou para o quinto golo do Benfica fechando o resultado final da partida em 5-1.
Vitória justa e bem conseguida pelo Benfica por 5-1, um resultado porventura pesado de mais para aquilo que o Gil Vicente produziu no relvado do Estádio da Luz, num jogo em que os médios encarnados estiveram em plano de evidência, nomeadamente Florentino e Aursnes, sempre empenhados em apoiar na recuperação da posse de bola, com Florentino a coroar a sua exibição com um dos golos do Benfica.
Moralizada por mais este triunfo, o quarto em quatro jogos desde que Bruno Lage chegou ao comando do Benfica, a equipa encarnada terá agora que apontar baterias ao próximo compromisso, já na quarta-feira, quando receber na Luz o Atlético de Madrid em jogo referente à segunda jornada da Liga dos Campeões.
Para o campeonato, o Benfica sobe à condição ao segundo lugar da I Liga, à frente do FC Porto que joga apenas amanhã no Estádio do Dragão frente ao Arouca. Já o Gil Vicente, mantém os mesmos sete pontos com que chegou ao Estádio da Luz, tendo pela frente como próximo compromisso a recepção em Barcelos ao estrela da Amadora.