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Gyokeres ficou “em branco” no triunfo do Sporting no Estoril (3-0)

Depois de seis jogos a contar para o campeonato da I Liga, em que marcou sempre para a equipa do Sporting, o avançado sueco Viktor Gyokeres ficou esta sexta-feira “em branco”, sem conseguir fazer qualquer golo, na vitória da sua equipa frente ao Estoril Praia, por 3-0, no relvado do Estádio António Coimbra da Mota, na Amoreira.

Perante um adversário que jogou organizado mas claramente de “outro campeonato”, o Sporting, mesmo com um segundo tempo em que baixou claramente o ritmo, venceu de forma tranquila e merecida passando a somar 21 pontos, fruto das sete vitórias em sete jogos do campeonato.

Com Maxi Araújo como titular ao lado de Gyokeres e Trincão e Conrad Harder a começar o jogo no banco de suplentes, o Sporting entrou em campo com Franco Israel na baliza, o trio de centrais formado por Debast, Diomande e Matheus Reis, com Geny Catamo e Nuno Santos nas alas e ainda Morita e Hjulmand no meio-campo.

Já no Estoril Praia, o técnico Ian Cathro apostou em três alterações na equipa relativamente ao onze que jogou em Vila do Conde, isto porque Xeka, André Lacximicant e João Carvalho, lesionados, não puderam dar o seu contributo à turma estorilista. Assim, foram a jogo o guarda-redes Joel Robles, os defesas Wagner Pina, Pedro Álvaro, Boma e Pedro Amaral, ainda os médios Zanocelo, Jandro e Michel Costa, aparecendo mais adiantados Yanis Begraoui, Marqués e Fabrício.

Num jogo dirigido pelo árbitro João Gonçalves, com Bruno Esteves nas funções de VAR, o Sporting, neste encontro a jogar todo de branco, assumiu desde o início o domínio do meio-campo defensivo da turma canarinha, sobrando para o guarda-redes Franco Israel o papel de mero espectador num jogo de sentido único, em que o Estoril Praia se posicionou com duas linhas muito encostadas à sua baliza.

Com o Sporting a insistir no ataque, foram vários lances em que a bola andou a rondar a linha de golo da baliza à guarda de Joel Robles, mas ou por que os remates saíram desenquadrados, ou porque apareceu sempre um jogador do Estoril Praia no caminho da bola o nulo no marcador foi-se mantendo.

Ao minuto 16’, um ressalto de bola no braço de um defesa do Estoril quando este tinha o braço levantado, na sequência de um pontapé de canto batido por Nuno Santos, deveria, no mínimo, ter obrigado à intervenção do VAR, mas nem Bruno Esteves nem o árbitro João Gonçalves interferiram no lance pelo que tudo se resumiu a alguns protestos por parte dos jogadores do Sporting.

Já ao minuto 24’, depois de um primeiro lance em que Geny Catamo chocou com Wagner Pina, tendo este ficado no chão, Nuno Santos recebeu a bola a partir do corredor esquerdo, combinou com Matheus Reis que, depois de tirar um adversário da frente com um toque de calcanhar, cruzou para dentro da área do Estoril Praia onde surgiu Geny Catamo a fazer o mais simples, com um remate muito mais em jeito que em força a enviar a bola para o fundo das redes da baliza do Estoril Praia, abrindo a contagem neste jogo na Amoreira. Os homens do Estoril ainda protestaram pelo facto de Wagner Pina ter ficado no chão, mas o golo foi validado e o jogo prosseguiu sem mais reparos.

Descoberto o caminho da mina pelos jogadores do Sporting, que o mesmo é dizer a entrada para a baliza do Estoril Praia, foi uma questão de esperar mais seis minutos para que, à passagem da meia-hora, Morita fizesse o segundo golo para os leões, com uma finalização simples a um cruzamento do lado direito do ataque de Trincão. Este foi à linha de fundo, cruzou para trás para o interior da área do Estoril Praia, e Morita apareceu a fazer um golo fácil.

Ao minuto 42’, depois de um passe de Gyokeres, Trincão tentou enviar a bola ao segundo poste e fê-lo a preceito, com a bola a embater nesse mesmo poste quando os adeptos do Sporting já se preparavam para festejar o que seria o terceiro golo. Este, porém, viria a aparecer apenas no final segundo tempo do jogo, num jogo em que o ritmo baixou muito e os lances de perigo real para as balizas foram escassos.

Ainda assim, à passagem do minuto 55’, houve lugar a um pequeno susto para os leões, quando Matheus Reis tirou o que parecia um golo certo dos pés de Marqués, depois da bola passar em frente à linha de baliza do Sporting.

À beira de fechar a hora de jogo (58′), Rúben Amorim procedeu a três mudanças na equipa do Sporting, com as entradas de Gustavo Inácio, Daniel Bragança e Harder, por troca com Matheus Reis, Hjulmand e Maxi Araújo. Ainda a propósito de mudanças, Gyokeres, que neste jogo pela primeira vez no presente campeonato não marcou qualquer golo, saiu ao minuto 75’ para a entrada de Quenda, merecendo um enorme aplauso por parte dos adeptos que nem por isso o fizeram sorrir, por certo contrariado por deixar as quatro linhas sem ter contribuído para a contagem do marcador neste jogo na Amoreira.

Certo é que, chegado ao banco de suplentes, o avançado sueco recebeu um saco de gelo que lhe foi colocado sobre o joelho direito, eventualmente a acautelar um qualquer toque que terá sofrido em campo, ele que no final da partida saiu tranquilamente sem qualquer sinal de estar com algum problema físico.

Rúben Amorim ainda teve tempo para chamar a jogo Eduardo Quaresma, ele que entrou para a saída de Zeno Debast ao minuto 87’, num jogo em que o técnico do Estoril Praia, Ian Cathro, utilizou quatro jogadores chamados a partir do bando de suplentes, nomeadamente Holsgrove, Isra Sala, André Lacximicant e Gonçalo Costa, todos eles utilizados no segundo tempo.

Depois dos segundos 45 minutos disputados num ritmo bem mais lento, com o Estoril Praia a conseguir equilibrar um pouco mais a contenda, foi preciso chegar ao minuto 90’ para que o resultado fosse fechado, com o terceiro golo dos leões.

Na sequência de um passe de Trincão, Daniel Bragança recebeu a bola em zona frontal a baliza, ligeiramente descaído para o lado esquerdo, e rematou de primeira para o poste mais próximo, fazendo o terceiro golo para o Sporting com o guarda-redes Joel Robles a ser mal batido, isto porque permitiu que a bola entrasse no “seu” poste.

O jogo terminou pouco depois, com a vitória do Sporting por 3-0, um resultado que se compreende tendo em conta uma enorme baixa de ritmo no segundo tempo, com os pupilos de Rúben Amorim por certo já a pensarem no jogo com o PSV Eindhoven na próxima semana, referente à segunda jornada da Liga dos Campeões.

Nota positiva para o japonês do Sporting, Morita, para o LusoNotícias o “homem do jogo”, um reparo para Viktor Gyokeres que terá feito o seu pior jogo desde o início da presente época, não apenas por não ter marcado mas porque esteve sempre menos intenso no jogo em termos comparativos com aquilo que já nos acostumou, e uma nota negativa para a claque do Sporting que, na verdade, não precisava de ter arremessado tochas e fumos para o relvado como o fez no primeiro tempo após os dois primeiros golos dos leões. Festejar sim, mas é importante que isso seja feito sem prejudicar o desenrolar do jogo.

O Sporting mantém-se assim na frente do campeonato da I Liga somando por vitórias todos os sete jogos realizados, isto enquanto que o Estoril Praia mantém os mesmos seis pontos com que partiu para este encontro no seu terreno, tendo agora pela frente, na próxima jornada, uma deslocação ao terreno do “lanterna vermelha”, o Farense, no que se prevê uma partida para o dito “campeonato da manutenção”.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

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