Um lance de génio do turco Akturkoglu, aos 11′ minutos, em que este jogador levou a bola controlada por entre os defesas do Boavista até à linha de fundo, já dentro da área dos axadrezados, terminou com um passe atrasado para a pequena-área onde Pavlidis, à frente do guarda-redes Tomé Sousa, desviou a bola a preceito para o fundo das redes da baliza boavisteira.
Estava assim concretizado o primeiro golo do Benfica frente ao conjunto boavisteiro no derradeiro jogo da sexta jornada da I Liga, ao mesmo tempo que se concretizava igualmente o regresso aos golos por parte do avançado grego, num jogo que os encarnados viriam a vencer por 3-0. Aliás, o Benfica só não conseguiu uma vitória mais alargada no Estádio do Bessa porque porque o jovem guarda-redes do Boavista defendeu alguns lances de golo eminente, e também porque o árbitro João Pinheiro deixou por assinalar uma grande penalidade evidente sobre Di Maria ao minuto 73′, isto já depois do VAR Tiago Martins ter dado indicações para seguir o jogo ignorando a carga de Onyemaechi sobre o argentino do Benfica.
Para este que foi o terceiro jogo dos encarnados às ordens do técnico Bruno Lage, o Benfica alinhou com Aursnes e Tomás Araújo como titulares, o primeiro na linha média e o segundo na condição de lateral-direito, integrados num onze com Trubin, Otamendi, António Silva, Carreras, Florentino, Kokçu, Di María, Akturkoglu e Pavlidis.
Do outro lado, o italiano Cristiano Bacci escalou um onze com Tomé Sousa entre os postes, o jovem guarda-redes de 17 anos que voltou a assinar uma excelente exibição, ainda Pedro Gomes, Ibrahima, Filipe Ferreira, Bruno Onyemaechi e Joel Silva na linha defensiva, Vukotic e Sebastian Perez na linha média à frente da defesa, sobrando para uma posição mais adiantada Salvador Agra, Bozenik e João Barros.
Só que a equipa boavisteira, porventura o conjunto que alinha com o maior número de jovens que ainda na última época alinhavam nos escalões de formação dos axadrezados, foi incapaz de lutar contra o melhor futebol dos encarnados que também por culpa própria não conseguiram um triunfo mais expressivo em termos de resultado final.
Já depois do golo de Pavlidis, com a assistência de Akturkoglu, o Benfica voltou a marcar ainda no primeiro tempo, ao minuto 31′, por Orkun Kokçu, num remate desferido em zona frontal à grande-área do Boavista em que o guardião Tomé Sousa não viu a bola partir, lançando-se na tentativa de evitar o golo já tarde demais. A bola acabou assim por bater ainda no poste direito da baliza do Boavista antes de terminar a sua marcha no fundo das redes, com o Benfica a aumentar a sua vantagem para 2-0.
Depois deste golo, a qualidade do futebol do Benfica baixou consideravelmente e o Boavista foi conseguindo equilibrar a contenda. Só que já na fase final do jogo, depois de Bruno Lage ter feitas algumas mexidas na equipa, nomeadamente com a entrada do avançado Arthur Cabral no lugar de Pavlidis, o jogador brasileiro que no último mercado de transferências esteve perto da porta de saída do Benfica acabou por fazer o terceiro e último golo deste jogo, num lance em que foi claramente superior relativamente ao central boavisteiro Bruno Onyemaechi, por esta altura já completamente esgotado. Arthur Cabral pôde assim receber a bola e, mais forte fisicamente, dominou e rematou a contento, fazendo o 3-0 com que viria a terminar a partida.
Nota positiva em termos de qualidade do jogo produzido para Kokçu, claramente o “homem do jogo” pela influência que teve no mesmo, ainda para Akturkoglu e Aursnes, este último a prova uma vez mais que não sabe jogar mal, e ainda, na equipa boavisteira, para o jovem guarda-redes Tomé Sousa, ele que “encaixou” três golos mas que, ainda assim, voltou a mostrar qualidade, ainda mais de destacar se pensarmos que estamos perante um jogador com apenas 17 anos.
O Benfica terá agora que jogar no próximo fim-de-semana, sábado, recebendo o Gil Vicente no Estádio da Luz, em partida da sétima jornada da I Liga, a mesma ronda em que o Boavista terá que se deslocar aos Açores para defrontar o Santa Clara.