Dois golos do espanhol Samu Omorodion, aos 48′ e 59′ minutos, e um golo do brasileiro Pepê, já sobre o final do jogo, aos 88′ minutos, permitiram um triunfo merecido do FC Porto sobre o Vitória, em jogo disputado no Estádio Afonso Henriques, em Guimarães. Samu acabou assim por ser o homem do jogo, mas outro elemento houve que, sem marcar, foi determinante para o futebol portista, o lateral Francisco Moura, que com duas assistências abriu a defesa do Vitória para que o FC Porto conseguisse somar mais três pontos na I Liga.
A equipa da casa ainda deu luta e procurou contrariar o bom futebol apresentado pela formação portista, e durante todo o primeiro tempo manteve o equilíbrio num jogo interessante e bem disputado. Só que no segundo tempo apareceu a força e querer do jovem internacional espanhol Samu Omorodion, ele que mostrou ter força e qualidade ao fazer dois golos determinantes na forma como o FC Porto avançou para a conquista dos três pontos.
Depois, sobre o final da partida, Pepê fez o terceiro golo para o FC Porto e fechou a discussão de um jogo agradável, bem disputado, em que venceu de facto a equipa que esteve melhor, nomeadamente no segundo tempo, quando a formação visitante conseguiu desequilibrar a seu favor um jogo que até ali estivera com a conquista dos três pontos ao alcance das duas equipas.
Curiosamente, o Vitória aparecia neste jogo, pelo menos em teoria, como um adversário particularmente difícil para o FC Porto, isto numa altura em que as duas equipas partiam para este embate no relvado do Estádio Afonso Henriques, em Guimarães, com os mesmos 12 pontos já conquistados.
Rui Borges, o técnico vitoriano, escalou um “onze” com o guarda-redes Bruno Varela, ainda Bruno Gaspar, Borevkovic, Tomás Ribeiro e João Miguel Mendes, também João Mendes, Tomás Händel e Tiago Silva, colocando na frente Kaio César, Nélson Oliveira e Nuno Santos. Já Vítor Bruno, o treinador do FC Porto, apresentou a sua equipa com Diogo Costa entre os postes, João Mário, Zé Pedro, Nehuén Pérez e Francisco Moura ainda Eustáquio e Alan Varela, surgindo na frente Pepê, Nico González e Galeno no apoio directo ao ponta-de-lança Samu Omorodion.
Durante todo o primeiro tempo foi possível assistir a um jogo muito disputado, com o árbitro Fábio Veríssimo a ter algum trabalho para controlar uma partida com alguns lances mais quentes que levaram mesmo à necessidade de algumas advertências disciplinares com um total de cinco cartões amarelos, nomeadamente três para a equipa da casa e dois para os homens do FC Porto. Curiosamente, os jogadores que viram a cartolina amarela na formação portista, Samu e Pepê, viriam a ser os marcadores dos golos nesta partida, num segundo tempo em que foram exibidos apenas mais três cartões amarelos, sendo um para o Vitória e dois para o FC Porto, num jogo agora mais fluido e bem disputado e em que apareceram os três golos para a formação visitante.
Retomada a partida para o segundo tempo, foram precisos apenas três minutos para que Samu conseguisse abrir o marcador, com um cabeceamento bem direcionado na sequência de um lance iniciado por Pepê, ele que desmarcou João Mário para a linha de fundo e este, dali, cruzou para a entrada da área onde apareceu Samu a cabecear mas com direção, tirando a bola do alcance do guarda-redes Bruno Varela e fazendo-a entrar junto ao poste mais distante para a inauguração do marcador.
Depois, ao minuto 59′, o mesmo Samu, agora na resposta de um passe em profundidade de Francisco Moura, apareceu em velocidade a bater os centrais do Vitória, mostrando que é capaz de uma boa velocidade na execução, acabando por rematar de pé direito para o fundo da baliza do Vitória quando Bruno Varela ainda procurou encurtar o espaço e impedir aquele que foi o segundo golo portista. Samu Omorodion fazia assim um “bis” neste jogo em Guimarães, numa contribuição particularmente importante para a resolução de um jogo de importância clara para o FC Porto.
Com os dragões em vantagem, o Vitória não conseguiu voltar a assumir o jogo, perante um FC Porto que pôde dominar e controlar o jogo com posse de bola. Samu ainda deu o seu lugar a Namaso aos 75′ minutos, mas este não conseguiu manter o mesmo nível do seu companheiro. De qualquer modo, a equipa azul e branca, neste jogo a jogar com o equipamento todo azul, acabaria por fazer o terceiro golo, aos 88′ minutos, por Pepê. Francisco Moura, outra vez ele, puxou a bola para junto da linha e, com um cruzamento perfeito, colocou a bola à mercê da cabeça de Pepê que não perdoou, fazendo o 3-0 para o FC Porto, com o golo que viria a fechar o resultado final desta partida.
Triunfo merecido para o FC Porto perante um Vitória que deu luta enquanto pôde, tendo pecado porventura por procurar dar sempre resposta ao jogo portista sem ter assumido o seu próprio jogo, acabando por se enredar nas malhas do futebol dos dragões que, com o poder físico de Samu e com a qualidade de Francisco Moura a transportar a bola pelo corredor esquerdo, foi letal para as ambições do conjunto vimaranense.