Depois do desaire na recepção aos holandeses do Feyenoord, em que o Benfica perdeu por 1-3 no Estádio da Luz em jogo da terceira jornada da Liga dos Campeões, a equipa às ordens de Bruno Lage, que até então tinha vencidos todos os jogos realizados desde que este treinador assumiu a formação encarnada, voltou este domingo às vitórias e logo com uma goleada frente ao Rio Ave, por 5-0, com três golos apontados ainda no primeiro tempo pelo turco Akturkoglu.
Kerem Akturkoglu acabaria assim por ser, sem dúvida, o homem do jogo, pela influência que teve enquanto esteve em campo até ao minuto 62′, altura em que deu o seu lugar ao suíço Amdouni. Por seu turno, os adeptos do Benfica puderam assim recuperar a confiança na equipa encarnada que, em jogos para o campeonato da I Liga, continua a somar por vitórias os jogos disputados com Bruno Lage no comando técnico dos benfiquistas.
Desta feita, frente ao Rio Ave, com o Estádio da Luz a receber uma vez mais uma impressionante moldura humana, com 58.961 adeptos nas bancadas, o Benfica agarrou desde o início no comando do jogo, apostou num jogo rápido e ofensivo e tirou o melhor partido dessa estratégia, conseguindo fazer três golos no primeiro tempo, todos apontados por Akturkoglu, o turco que assinou o seu primeiro hat-trick com a camisola do Benfica e que justificou nesta partida a nomeação de “homem do jogo”.
Em destaque esteve também outro jogador do Benfica, o alemão Beste, ele que foi chamado à titularidade deixando de fora Florentino, revelando-se determinante como a turma das águias conseguiu o domínio do jogo com inúmeros lances pelo corredor esquerdo onde Beste teve um papel determinante.
A chamada de Beste ao onze inicial foi, aliás, a única mudança imposta por Bruno Lage na equipa do Benfica relativamente ao jogo realizado frente ao Feyenoord. Ao invés, e apesar de muito se ter dito antes deste jogo com o rio Ave que outros titulares poderiam desta feita começar o jogo no banco de suplentes, como o central Otamendi ou mesmo o também argentino Di Maria, a verdade é que estes jogadores integraram o onze inicial, num ofensivo 4-2-3-1, com os dois argentinos mas também Trubin, Bah, Tomás Araújo, Carreras, Aursnes, Kokçu, Di Maria, Akturkoglu, Beste e Pavlidis.
Do lado do Rio Ave, o técnico Luís Freire escalou uma equipa com o guarda-redes Miszta, uma primeira linha de três centrais formada por Panzo, Aderllan Santos e Patrick William, ainda com quatro elementos na linha média – João Tomé, João Novais, Tiknaz e Omar Richards – com os laterais a serem obrigados quase sempre a recuar, formando uma linha de cinco defesas, e ainda três elementos a completar o esquema táctico, nomeadamente Aguilera e Kiko Bondoso, que quase sempre foram obrigados a pisar terrenos da linha média, e Clayton, o homem que sobrava para procurar importunar Anatoly Trubin na baliza do Benfica.
Com as duas formações devidamente colocadas sobre o bem tratado relvado do Estádio da Luz, o Benfica agarrou no jogo desde o pontapé de saída, justificando os golos que foram aparecendo, nomeadamente aos 12′, 16′ e 45’+02′ minutos, e todos apontados por Kerem Akturkoglu, o médio ofensivo do Benfica que neste encontro apareceu a jogar nas costas de Pavlidis, como segundo avançado, mais perto dos terrenos de concretização, acabando por tirar partido disso mesmo para deixar fluir a sua capacidade de chegar aos golos o que fez por três vezes nesta partida.
O Benfica jogou, pressionou, procurou os golos e conseguiu-os, frente a um Rio Ave que até ao intervalo não incomodou Trubin, chegando ao intervalo sem ter conseguido um pontapé de canto ou um remate enquadrado com a balia dos encarnados.
A vencer por 3-0 ao intervalo, Bruno Lage pôde gerir o esforço dos seus jogadores operando as alterações que tinha programadas, acabando por determinar duas mudanças ao minuto 62′, com as saídas de Akturkoglu e Pavlidis, apostando por essa altura em Amdouni e Arthur Cabral.
Depois, ao minuto 78′, também Di Maria e Aursnes deram os seus lugares a dois suplentes, nomeadamente Renato Sanches e Schjelderup, tendo Bruno Lages fechado as substituições com a entrada de Kaboré para o lugar de Bah ao minuto 83′.
Acabou assim o Benfica por marcar mais dois golos, primeiro por Schjelderup, ao minuto 79′, naquele que foi o golo de estreia do jovem norueguês com a camisola do Benfica, ele que respondeu da melhor forma a um cruzamento proveniente do flanco esquerdo finalizando já no interior da grande-área.
Ao minuto 81′, foi a vez de Amdouni, também ele recém-entrado no jogo, a finalizar a preceito um lance proveniente do corredor canhoto do ataque do Benfica. A bola caiu na pequena-área do Rio Ave, os jogadores de Vila do Conde não conseguiram sacudir a bola para longe e Amdouni, oportunidade, aproveitou para fazer o quinto e último golo deste jogo, o segundo da sua conta pessoal de águia ao peito.
O jogo viria a terminar pouco depois, com os quase 60 mil adeptos na Luz agradados com a exibição da formação encarnada, frente a um Rio Ave que muito cedo foi manietado neste jogo, revelando-se incapaz de responder à altura do que por certo pretenderia mas que o Benfica não permitiu.
O Benfica avança agora para o jogo da próxima quarta-feira a disputar frente ao Santa Clara, no Estádio da Luz, em partida referente à quarta ronda da Taça da Liga, isto enquanto que o Rio Ave terá que apontar baterias ao jogo do próximo sábado, dia 2, no seu terreno onde irá receber o Casa Pia, em partida da 10ª jornada do campeonato da I Liga.