REIS9934

Sporting apurado para a “Final Four” da Taça da Liga

Num jogo em que o elefante na sala foi tudo menos o resultado final do encontro jogado no Estádio de Alvalade, isto numa altura em que se discute as condições em que irá ocorrer a saída do técnico Rúben Amorim de Alvalade para o comando do Manchester United, o Sporting venceu o Nacional da Madeira por 3-1 num jogo em que os leões foram sempre superiores.

Perante 32.622 espectadores que protagonizaram um ambiente estranho na bancadas de Alvalade, não só porque os pensamentos dos adeptos estavam mais no futuro de Rúben Amorim do que no desempenho da equipa leonina, mas também porque as claques sportinguistas primaram neste jogo pela ausência, em boicote como forma protesto relativamente aos planos da Liga de Clubes em levar a final desta competição para o estrangeiro, Sporting e Nacional acabaram por permitir um jogo não muito emotivo, num início de noite fria no Estádio de Alvalade.

Transferências de treinador e políticas da Liga de Clubes à parte, o jogo entre Sporting e Nacional acabou ainda assim por conseguir concentrar algum interesse, com os leões a dominar o jogo desde o início, acabando por justificar o triunfo numa partida em que Rúben Amorim resolveu chamar a titularidade alguns elementos menos utilizados.

No banco de suplentes ou mesmo fora do lote de jogadores convocados ficaram elementos normalmente titulares, como Gyokeres, que começou o jogo no banco, ou Pote, o médio ofensivo leonino que neste encontro nem no banco se sentou.

Assim, Amorim escalou um onze formado por Kovacevic que regressou à baliza leonina, ainda Matheus Reis, Gonçalo Inácio e Esgaio, uma linha média formada por Fresneda, Morita, Hjulmand e Geny Catamo, e um trio ofensivo com Maxi Araújo, Marcus Edwards e Conrad Harder.

Do lado do Nacional da Madeira, o técnico Tiago Margarido escalou uma formação com Lucas França entre os postes, uma linha defensiva com cinco elementos formada por João Aurélio, Ulisses, Matheus Dias, Zé Vítor e José Gomes, ainda quatro elementos no meio-campo, nomeadamente Isaac, Penha, Luís Esteves e Macedo, sobrando Tiago Reis para se colocar mais próximo dos centrais leoninos.

Com estes esquemas das duas equipas, foi o Sporting quem entrou dominante no jogo, chegando mesmo a enviar uma bola ao poste da baliza da turma madeirense, situação que aconteceu ao minuto 10′ num remate de Fresneda.

Ficava claro que seria uma questão de tempo para que o Sporting chegasse ao golo, algo que ainda assim tardou, face a um bom posicionamento defensivo da formação do Nacional.

O Sporting insistiu, os lances de maior perigo para as redes da baliza do conjunto visitante tardaram em mostrar eficácia, o intervalo chegou com o nulo a prevalecer, e Rúben Amorim acabou por mexer na sua equipa para o arranque do segundo tempo, fazendo entrar Debast, Trincão e Gyokeres, por troca com Gonçalo Inácio, Fresneda e Marcus Edwards.

A formação verde e branca entrava assim no segundo tempo com Gyokeres a combinar com Conrad Harder na frente de ataque, com Trincão a entrar pelo lado direito, levando a que o nível de perigo criado pelos leões para a baliza do Nacional subisse consideravelmente. Não admirou por isso que o primeiro golo aparecesse mesmo, e para o Sporting ao minuto 55′, por Hjulmand, ele que aproveitou um ressalto de bola dentro da área do Nacional para visar a baliza à guarda de Lucas França.

O Sporting passava finalmente para a frente do marcador, e melhor ficaria 10 minutos depois, ao minuto 65′, quando Gyokeres, na transformação de uma grande penalidade cometida sobre si mesmo, fez o 2-0 e pôde mostrar para os adeptos a famosa máscara na celebração do golo.

A vencer por 2-0, o Sporting acabou ainda assim por consentir um golo para a formação do Nacional, ao minuto 67′, dois minutos depois do penálti convertido por Gyokeres, isto quando Luís Esteves rematou para a baliza de Kovacevic com este a ser traído por um toque da bola em Rúben Macedo, o homem do Nacional da Madeira que iniciara o lance e que acabou por ser determinante no seu desfecho.

O Nacional podia assim regressar ao jogo, em face do 2-1 que então definia o marcador, mas o Sporting manteve-se dominador e justificou mesmo um novo golo, o terceiro para os leões, uma vez mais por Gyokeres, na transformação de um livre direto batido em zona frontal à baliza de Lucas França.

Ao minuto 71′, depois de uma falta cometida a poucos metros da linha limite da grande área descaído para o lado esquerdo, Gyokeres encarregou-se de bater a falta e fê-lo com uma verdadeira “bomba”, um remate em força que levou a bola a parar apenas no fundo das redes da baliza do conjunto madeirense.

O jogo chegava assim ao resultado de 3-1 que viria a ser o final nesta partida, acabando o jogo pouco depois sem mais lances dignos de registo, conseguindo o Sporting o seu objectivo que passava pela concretização do apuramento para a Final Four da Taça da Liga.

Olhando para a frente, com ou sem Rúben Amorim no comando técnico da equipa do Sporting, cuja novela da transferência para o Manchester United promete ainda diversos episódios, os leões terão agora que apontar baterias para o jogo da próxima sexta-feira, frente ao Estrela da Amadora, referente à 10ª jornada do campeonato da I Liga, enquanto que o Nacional irá receber na segunda-feira, 4 de Novembro, a formação açoriana do Santa Clara.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

Sondagem

Qual a sua convicção pessoal relativamente ao curso da guerra na Ucrânia?

View Results

Loading ... Loading ...

Rádio LusoSaber

Facebook

Parcerias

Subscreva a nossa Newsletter

Inscreva-se para receber nossas últimas atualizações na sua caixa de entrada!