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Sporting de Amorim goleou o Manchester City (4-1) com hat-trick de Gyokeres

No último jogo de Rúben Amorim na condição de técnico leonino no Estádio de Alvalade, o Sporting venceu com goleada o “colosso” Manchester City, por 4-1, um resultado que até começou a ser construído com um golo da equipa inglesa, por Phil Foden, à passagem do quinto minuto. Só que Gyokeres empatou a partida à beira do intervalo, o segundo tempo começou com mais dois golos de rajada para ao Sporting, aos 46′ e aos 48′ minutos, por Maxi Araújo e Gyokeres, este de grande penalidade, e antes do fim, ao minuto 81′, o suspeito do costume, Viktor Gyokeres, voltou a faturar, uma vez mais na transformação de um castigo máximo, fechou a contagem em 4-1 numa noite perfeita para o Sporting.

Com os astros todos alinhados a favor dos leões, o City sofreu uma derrota pesada — desde Setembro de 2020 que esta equipa de Manchester não sofria quatro golos num jogo —, frente a um Sporting que terá garantido o play-off de apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, podendo mesmo sonhar com o apuramento direto, isto porque soma 10 pontos em 12 possíveis após quatro jogos disputados. Destaque ainda, em termos individuais, para Gyokeres, ele que depois de ter feito um poker no jogo da passada sexta-feira frente ao Estrela da Amadora, assinou nesta partida da Champions um hat-trick, num jogo em que todos os olhos do futebol europeu acompanharam certamente a sua prestação.

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Com o Estádio de Alvalade esgotado, o arranque da partida aconteceu logo depois de Ruben Amorim ter recebido uma placa das mãos do presidente do Sporting, Frederico Varandas, alusiva aos mais de 200 jogos à frente da equipa leonina, e ainda após ter sido cumprido um minuto de silêncio em homenagem às vítimas das trágicas inundações ocorridas em Valência. Naturalmente, o Manchester City instalou-se no meio-campo defensivo do Sporting, respondendo os leões com uma linha de cinco jogadores, com os três centrais — Debast, Diomande e Matheus Reis — ladeados pelos laterais — Geovany Quenda e Maxi Araújo —, tão subidos no terreno quanto possível, exactamente para impedirem que a pressão alta por parte do City fosse concretizada.

O valor da formação do Manchester City era naturalmente incontornável, acabando naturalmente com encostar a formação leonina à sua baliza acumulando com isso alguns pontapés de canto a seu favor logo nos lances iniciais, respondendo Franco Israel com extrema atenção.

Acabou ainda assim por ser a partir de um pontapé de canto, batido do lado direito do ataque do City, que veio a surgir o primeiro golo do jogo. A defesa leonina ainda sacudiu a bola para p seu meio-campo, mas Debast, ao tentar servir Morita, consentiu o corte por Phil Foden que, já em zona frontal à baliza leonina, testou um remate certeiro e não deu hipótese a Franco Israel, conseguindo para o Manchester City o primeiro golo da partida logo aos cinco minutos.

O Sporting jogava com Viktor Gyokeres na frente, a procurar aproveitar o espaço nas costas da defesa do Manchester City, e a verdade é que três minutos depois do golo sofrido, o avançado sueco do Sporting recebeu a bola ainda antes da linha de meio-campo, partiu em velocidade para a baliza do Manchester City e, só com o guarda-redes Ederson pela frente, tentou um chapéu ao guarda-redes, pecando ao não conseguir fazer subir a bola, acabando esta por terminar nas mãos do guardião do City quando os adeptos em Alvalade já gritavam o que prometia ser o golo do empate para os leões.

O avançado sueco do Sporting não conseguiu a melhor finalização e a turma inglesa continuou na frente do marcador, uma vantagem justificada com a maior posse de bola conseguida e por esta altura já algumas situações de perigo construídas junto da baliza à guarda de Franco Israel.

O Sporting precisava de defender, deixava na frente apenas Gyokeres com Trincão mais perto para um eventual apoio, mas o Manchester City obrigava os leões a recuar linhas e a defender mais perto da sua grande-área. Ainda assim, com o passar dos minutos, o jogo passava a ser mais discutido a meio-campo, ainda que a turma verde-e-branca tardasse em conseguir ter a bola controlada para partir daí para acções ofensivas com perigo para a baliza de Ederson. As oportunidade de golo, todavia, eram produzidas pelo City, travadas por Franco Israel que assinou uma boa exibição entre os postes da baliza leonina.

Ainda assim, a defesa do Sporting chegou a complicar e Israel passou mesmo por um susto quando permitiu que Haaland discutisse a posse de bola com o guarda-redes a um metro da linha de golo. Logo depois foi Matheus Reis a dar a bola a um jogador do Manchester City já dentro da área de baliza do Sporting, num lance que felizmente para as cores leoninas não teve consequências.

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Efectuando uma pressão colectiva quase perfeita, o Sporting não conseguia encontrar as linhas de passe para fazer a bola chegar às zonas ofensivas, acabando por perder quase invariavelmente a bola na linha média, podendo o Manchester City partir daí para lances particularmente perigosos para Franco Israel. E mesmo apostando nos contra-ataques, o Sporting raramente conseguia servir em condições a velocidade de Gyokeres, num jogo em que ele e Trincão apareciam quase sempre bem guardados pelos homens mais recuados do City.

Os leões teimavam quase exclusivamente em colocar a bola no espaço para que Gyokeres pudesse correr e ganhar na velocidade, mas os jogadores à guarda de Pepe Guardiola perceberam que era essa a ideia de jogo leonino e foram anulando todos os lances em que a turma de Alvalade procurava o ataque. Todos, ou quase todos, porque a verdade é que tantas vezes a bilha vai à fonte…

À passagem do minuto 37’, num lance iniciado por Geovany Quenda, o jovem lateral leonino serviu para a corrida de Gyokeres e este, conseguindo finalmente correr para a baliza do Manchester City, mesmo perante a oposição de Akanji que corria lado a lado com o sueco, este conseguiu fazer valer a sua força física, pôde armar o remate e, em frente a Ederson, desta vez não falhou, repondo a igualdade neste jogo, conseguindo finalmente o Sporting dar consequências ao seu jogo ofensivo e com isso colocar as bancadas de Alvalade ao rubro.

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O golo do Sporting veio trazer mais tranquilidade mas também um tónico de confiança ao jogo leonino, face a um adversário que teve mais oportunidades de golo, mas que não evitou que o jogo fosse para intervalo com a igualdade, um primeiro prémio para os leões que garantiram o equilíbrio neste jogo, ficando para o segundo tempo a expectativa sobre qual das equipas se conseguiria sair melhor com a oportunidade de desfazer a igualdade a um golo ao intervalo.

Golo de Maxi Araújo e penálti
de Gyokeres… em dois minutos

Regressadas as duas equipas ao relvado, o segundo tempo do jogo começou da melhor maneira para os leões, desde logo com o segundo golo para os leões, apontado por Maxi Araújo no primeiro lance ofensivo, uma jogada construída por Pedro Gonçalves que soltou a bola para o jogador uruguaio no momento certo para que este pudesse fazer o golo, com Maxi a permitir a festa para os adeptos do Sporting.

A equipa de Alvalade começava assim o segundo tempo em vantagem no marcador, tirava o melhor partido de um ritmo estonteante, e de tal forma o fez que Francisco Trincão acabou logo a seguir a ganhar uma grande penalidade para a equipa leonina. Em velocidade, o camisola 17 dos leões correu com Gvardiol atrás de si, Trincão manteve a bola controlada e, já dentro da área do City, a carga sobre Trincão foi mais do que evidente e o árbitro não hesitou em apontar a marca do penálti.

Gyokeres agarrou a bola, colocou-a no local do castigo máximo e, na transformação do mesmo, enviou a bola para o lado esquerdo de Ederson com este a cair para o lado contrário. Em cima do minuto 48’, o Sporting passava a vencer por 3-1, frente a um Manchester City que tardava em entrar em jogo para o segundo tempo, perante o domínio e a velocidade que o Sporting trouxe dos balneários.

Acabou por ser preciso esperar até para além do minuto 60’ para que o Manchester conseguisse recuperar o seu jogo e procurasse encostar o Sporting à baliza de Franco Israel, acabando por tirar partido disso mesmo quando Diomande, num lance em que discutiu a bola com Bernardo Silva, tocou a bola com o braço.

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O português do Manchester City reclamou a grande penalidade, o árbitro nada assinalou, mas o VAR acabou por dar indicação da existência de motivos para um castigo máximo.

E se no Sporting o marcador de serviço das grandes penalidades é Gyokeres, no City foi Haaland a agarrar a bola para se encarregar de bater o penálti. Só que o gigante norueguês bateu em força mas viu a bola beijar a trave da baliza do Sporting, falhando o possível segundo golo para o City.

As bancadas do Estádio de Alvalade exultaram de alegria como se de um golo se tratasse para os leões e o Sporting mantinha assim a vantagem de dois golos frente ao campeão inglês.

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O jogo chegava ao minuto 75’ e Rúben Amorim apostava em refrescar a sua equipa, apostando em St. Juste, Daniel Bragança e Geny Catamo, saindo Matheus Reis, Morita e Maxi Araújo. Perante estas mudanças, Pepe Guardiola respondia com alterações também na equipa do Manchester City, retirando do jogo Bernardo Silva e Savinho para as entradas de Gundogan e Doku.

Quase de seguida, em mais um lance ofensivo do Sporting, Geny Catamo foi carregado quando procurava entrar pelo lado esquerdo da área do City, Matheus Nunes viu o cartão amarelo pela falta cometida, e na transformação do castigo máximo o sueco Viktor Gyokeres, não poderia ser outro, fez mesmo o quarto golo ao Manchester City, resolvendo o jogo para uma noite de sonho em Alvalade a permitir uma despedida ímpar de Rúben Amorim do público leonino que festejava como se estivesse já de novo no Marquês de Pombal.

Guardiola voltou a mexer na sua equipa, apostava agora em Kevin De Bruyne para a saída de Kovacic, respondendo Rúben Amorim com a entrada de Eduardo Quaresma por troca com Geovany Quenda, e pouco depois com a aposta em Conrad Harder para a saída de Trincão.

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O árbitro ainda deu mais cinco minutos, mas o marcador não voltou a sofrer qualquer alteração, terminando o jogo com a goleada do Sporting ao Manchester City, vulgarizando o tetracampeão inglês como se estivéssemos perante um qualquer adversário. A verdade é que desde Setembro de 2020 que o Manchester City não sofria quatro golos num jogo e o Sporting conseguiu essa proeza com inteira justiça.

Viktor Gyokeres foi claramente o homem do jogo, com três dos quatro golos marcados para o Sporting nesta partida, e os leões saltaram agora para o segundo lugar da classificação da Liga dos Campeões, com 10 pontos, menos dois que o líder Liverpool, a única equipa que conta por vitórias os quatro jogos já disputados.

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Já o Manchester City, depois de um empate na recepção ao Inter de Milão, saiu agora de Alvalade com uma derrota pelo que soma sete pontos.

Nota ainda para o grande herói deste jogo para o público leonino em Alvalade, o ainda técnico do Sporting Rúben Amorim, ele que rumará a Manchester para treinar o United a partir do próximo dia 11 e que depois deste jogo frente ao City, afinal um dos seus grandes adversários quando estiver a trabalhar na Premier League, foi atirado ao ar por todos os seus jogadores e aplaudido pelos adeptos nas bancadas.

Os adeptos do Sporting, aliás, não arredaram pé dos seus lugares para além do final do jogo, aplaudindo sempre e de pé enquanto Rúben Amorim deu uma volta olímpica ao relvado de Alvalade, recebendo os aplausos e o carinho do público, naturalmente grato por aquilo que Amorim deu ao Sporting nestes quatro anos em que liderou o futebol do clube leonino.

O próximo jogo do Sporting referente à Champions voltará a ser jogado em Alvalade, no dia 26 de Novembro, e uma vez mais frente a um adversário inglês, concretamente o Arsenal, uma partida em que o Sporting deverá já ser orientado por João Pereira que irá assumir o lugar de Rúben Amorim no próximo dia 11, logo depois do jogo em Braga referente ao campeonato da I Liga.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

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