Depois da goleada sofrida em Alvalade frente ao Arsenal, em jogo da Liga dos Campeões, e de derrota imposta pelo Santa Clara por 1-0, na 12.ª jornada do campeonato, também em Alvalade, o Sporting às ordens de João Pereira voltou a perder esta quinta-feira, em Moreira de Cónegos, onde o Moreirense, que até começou o jogo em desvantagem, depois de um primeiro golo de Gyokeres, logo aos 12 minutos, na transformação de uma grande penalidade, conseguiu a equipa da casa dar a volta ao resultado, com golos aos 19’ e aos 35’ minutos, impondo aos leões a terceira derrota consecutiva.
Dinis Pinto, aos 19 minutos, com um cabeceamento tecnicamente perfeito na resposta a um pontapé livre batido a partir do corredor direito do ataque dos cónegos por Alanzinho, fez o golo do empate depois de ganhar a frente do lance a Matheus Reis, batendo um desamparado guarda-redes Kovacevic.
Depois, ainda no primeiro tempo, um erro infantil de Geny Catamo que, no lançamento de uma bola a partir da linha lateral, colocou o esférico ao dispor de Guilherme Schettine de uma forma completamente disparatada, respondendo o jogador da equipa da casa com um remate de primeira, à meia-volta, fazendo a bola entrar na baliza do Sporting ao primeiro poste sem hipótese de defesa para Kovacevic.
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Lei de Murphy presidiu ao jogo dos leões
A gritar para dentro das quatro linhas procurando dar algum alento aos seus jogadores, o técnico do Sporting, João Pereira, via assim a sua equipa afundar-se com mais um resultado negativo num jogo que até tinha começado da melhor forma, depois do golo de Gyokeres aos 12 minutos ter deixado a ideia de que os leões poderiam regressar finalmente aos resultados positivos.
Só que o futebol leonino insistia em dar razão à lei de Murphy e se alguma coisa pudesse correr mal correria mal com certeza. Ao invés, do outro lado, o Moreirense, a jogar de uma forma bem mais tranquila e com um elevado grau de eficácia, numa noite em que tudo correu bem, voltou a ser um enorme problema para um “grande” do futebol português, impondo uma derrota ao Sporting depois de já antes, no final de Agosto, no jogo de abertura da quarta jornada do campeonato da I Liga, ter empatado com o Benfica (1-1) no jogo que resultou posteriormente no despedimento do então técnico benfiquista Roger Schmidt.
Desta feita, frente aos leões, campeões nacionais em título, o Moreirense somou os três pontos desta partida passando a somar 20 pontos no presente campeonato, num jogo que poderá permitir que o FC Porto consiga igualar o Sporting na frente do campeonato com 33 pontos, numa jornada em que o Benfica poderá somar 31 pontos, sendo que possui um jogo a menos a realizar no próximo dia 19 na Madeira frente ao Nacional.
Refira-se que para este jogo o técnico João Pereira fez alinhar aquele que era tido como o melhor onze possível do Sporting, com o guarda-redes Kovacevic (Franco Israel continua ausente por doença), um trio de centrais formado por Gonçalo Inácio, Diomande e St. Juste, ainda Matheus Reis e Geny Catamo nas alas com Hjulmand e Morita no “miolo”, aparecendo na frente Daniel Bragança e Trincão no apoio a Viktor Gyokeres.
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Do lado do Moreirense, equipa que se mantém invicta nos jogos em casa, circunstância que se repete apenas para o FC Porto, Benfica e Rio Ave, o técnico César Peixoto escalou uma equipa com o guarda-redes Kewin, uma linha defensiva formada por quatro elementos – Dinis Pinto, Maracás, Marcelo e Frimpong – apoiados por Sidnei e Ismael na transição para o meio-campo, surgindo aí Madson, Alanzinho e Benny, sobrando o avançado Schettine como o homem mais adiantado no terreno, ele que viria a marcar o golo que deu o triunfo aos cónegos.
João Pereira sem soluções
No segundo tempo o Sporting ainda procurou inverter de novo a marca do placard para um resultado que lhe fosse favorável, mas com o avançar dos minutos a ansiedade foi-se apoderando da equipa leonina, que não foi capaz de encontrar a tranquilidade para conseguir construir lances de ataque eficazes para ultrapassar a linha defensiva do Moreirense.
João Pereira, que até agora apenas venceu um jogo em Alvalade frente ao modesto Amarante, para a Taça de Portugal, por 6-0, ainda recorreu a Maxi Araújo e Geovany Quenda, mas também a Harder e Debast. A equipa do Sporting ainda viu a bola beijar por duas vezes o ferro da baliza do Moreirense, primeiro num cabeceamento de Hjulmand e depois num lance em que foi Ponck a desviar para a sua própria baliza, o guarda-redes Kewin teve que se aplicar na fase final do jogo para que a sua equipa mantivesse a vantagem, mas as soluções procuradas pelo técnico leonino não funcionaram e o jogo terminou mesmo com o triunfo bem conseguido pelos cónegos, por 2-1.
A derrota do Sporting acaba assim por ser um resultado que abre uma ferida profunda no futebol leonino que, com seis pontos de vantagem no campeonato quando Rúben Amorim saiu para o Manchester United, no passado dia 11 de Novembro, perdeu agora essa vantagem e está em queda, com os seus adeptos a assumirem uma total ausência de confiança na equipa técnica escolhida pelo presidente dos leões. Frederico Varandas, recorde-se, não mostrou qualquer hesitação quando apontou João Pereira como a sua escolha para suceder a Amorim, estando por provar a aptidão do ex-técnico da equipa B dos leões para conduzir a equipa campeã nacional em título e que tinha até agora como meta assumida a conquista do bicampeonato na I Liga.
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O Sporting terá agora que jogar na próxima terça-feira, dia 10, em casa do Club Brugge, o actual segundo classificado na liga belga e 22.º na tabela da Liga dos Campeões da UEFA, onde soma um total de sete pontos, tendo conseguido um empate na quinta ronda em casa do Celtic de Glagow (1-1), na mesma jornada em que os leões foram goleados em casa pelo Arsenal por 5-1. Depois da jornada europeia, o Sporting voltará a jogar em Alvalade, no sábado, dia 14, frente ao Boavista, no mesmo dia em que o Moreirense irá visitar o Nacional da Madeira.