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FC Porto cai com estrondo na Choupana

Frente ao Nacional da Madeira na tarde deste domingo, um dia de excelente visibilidade e sem nevoeiro, o FC Porto completou o jogo referente à 17ª jornada do campeonato da I Liga, interrompido ao minuto 14′ no passado dia 3 de Janeiro, consentido desta feita uma pesada derrota por 2-0. Perante a turma insular, claramente superior aos dragões, nomeadamente na primeira metade da partida em que o FC Porto não efectuou um único remate à baliza do Nacional, o conjunto azul-e-branco, neste jogo com o equipamento alternativo laranja, consentiu os dois golos da equipa da casa antes do intervalo e controlou o jogo depois, justificando em absoluto a conquista dos três pontos, muito por demérito da equipa portista.

Apáticos, sem ideias, claramente a ver jogar, os elementos do FC Porto começaram por ser presas fáceis da equipa do Nacional que fez dois golos bastante idênticos, frutos de cruzamentos a partir do corredor direito do ataque para junto da marca da grande penalidade onde apareceu em ambos os casos um jogador do Nacional a cabecear sem oposição e com isso a bater Diogo Costa, o guarda-redes dos dragões.

E se o primeiro golo foi conseguido pelo Nacional logos nos primeiros minutos após o reatamento da partida, o segundo foi marcado pela turma insular à beira do intervalo na sequência de um pontapé de canto, um lance de bola parada ofensiva para o Nacional que, contra o que é “norma” na maior parte dos casos, foi antecedida por duas alterações na equipa do FC Porto, com as saídas de Martim Fernandes (lesionado) e Pepê por troca com João Mário e Namaso. O técnico Vítor Bruno fez assim uma dupla substituição antes de pontapé de canto contra a sua equipa, e na sequência deste lance apareceu o defesa central José Vítor a cabecear sem oposição para novo golo fácil na baliza de Diogo Costa.

O FC Porto recolheu assim aos balneários para o intervalo a perder por 2-0 frente ao Nacional e, pior do que isso, depois de uma primeira metade da partida em que não fez um único remate à baliza à guarda de Lucas França, e já com três substituições consumadas. Num jogo em que ainda antes da interrupção da partida devido ao nevoeiro o jovem Rodrigo Mora poderia ter visto um vermelho direto que o árbitro não considerou, apesar da indicação do VAR nesse sentido, o que deixaria os dragões em inferioridade numérica, a verdade é que mesmo com onze o FC Porto foi muito interior ao Nacional, que na segunda metade pôde controlar a partida, permitindo uma maior posse de bola aos dragões mas inconsequente.

As melhores oportunidades de golo para a equipa portista, e foram duas, acabaram assim por acontecer à passagem do minuto 71, quando Denis Gil teve a oportunidade de fazer um chapéu ao guarda-redes Lucas França enviando a bola desenquadrada pela linha de fundo, e ainda ao minuto 80, quando Samu teve a oportunidade de fazer um cabeceamento da baliza do Nacional quando estava a dois ou três metros da linha de golo, acabando por enviar a bola com demasiada altura, fazendo o esférico sair muito por cima da trave.

O jogo terminou com a festa do Nacional da Madeira para quem os três pontos referentes a este triunfo são particularmente importantes na fuga à despromoção, passando o conjunto insular a somar agora 16 pontos, enquanto que o FC Porto, com este desaire, manteve a segunda posição com menos um ponto que o Sporting e mais dois que o Benfica, isto depois de uma jornada em que os rivais diretos dos dragões tinham perdido pontos e o conjunto portista poderia ter passado para a frente do campeonato de uma forma claramente isolada o que não aconteceu. Talvez por isso, os adeptos do FC Porto não perdoaram mais este desaire e, primeiro ainda no Funchal, depois à chegada da comitiva do clube da Invicta ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, e por fim já no Estádio do Dragão, fizeram questão de marcar o seu desagrado, insultando jogadores, dirigentes e equipa técnica, obrigando mesmo a forte presença policial junto à comitiva do FC Porto.

André Villas Boas, o presidente do FC Porto, acabou por sair do aeroporto Francisco Sá Carneiro distanciado do técnico Vítor Bruno, sem dar a ideia de algum conforto para com o treinador, acabando este por ouvir dos adeptos diversos pedidos para a sua demissão ao mesmo tempo que aos jogadores era exigido que joguem à bola, e tudo isto com muitos impropérios à mistura. O FC Porto, que entretanto já foi afastado da Taça de Portugal e que ainda na passada terça-feira perdeu frente ao Sporting a possibilidade de estar na final da Taça da Liga, aponta agora baterias ao campeonato da I Liga e à Champions, tendo pela frente como próximo compromisso, no próximo domingo, dia 19, a visita ao terreno do Gil Vicente. Já o Nacional da Madeira, depois deste triunfo, receberá na Choupana, também no domingo, a turma do AVS.

texto: Jorge Reis
fotos: ©X (Twitter)

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