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Gyokeres elimina o FC Porto e coloca o Sporting na Final da Taça da Liga

Um golo do sueco Viktor Gyokeres ao minuto 56′ no embate entre Sporting e FC Porto, referente à meis-final da Taça da Liga disputada esta terça-feira em Leiria, no Estádio Municipal Magalhães Pessoa, foi o suficiente para colocar os leões na Final da competição, a disputar no próximo sábado, eliminando o conjunto portista que terá agora que concentrar atenções apenas e só no campeonato da I Liga e, ainda, na Liga Europa. Curiosamente, ao contrário do que aconteceu nos primeiros jogos dos leões às ordens do agora técnico Rui Borges, o Sporting nem entrou tão bem no jogo, mas as circunstâncias da partida obrigada à adopção do “plano B” e na segunda parte surgiu bem mais determinado, com Quenda a assistir para o golo do triunfo conseguido pelo “homem-golo” Viktor Gyokeres.

Na verdade, Rui Borges começou por ser contrariado pela sorte do jogo, quando bem cedo na partida o lateral direito Matheus Reis ficou caído no relvado, lesionado, obrigando à entrada de Geovany Quenda para extremo-esquerdo, recuando Maxi Araújo para a posição de defesa esquerdo.

As circunstâncias obrigavam assim o técnico sportinguista a adoptar o tal “plano B”, acabando por ter a melhor sorte com isso já que Maxi Araújo teve excelente aproveitamento enquanto lateral esquerdo, ao mesmo tempo que Quenda, que deveria ter sido suplente, acabou por ser um dos melhores elementos em campo, tendo sido ele a fazer a assistência para o golo com que Gyokeres assinou a vitória dos leões nesta partida. No final, ao LusoNotícias, e quando falámos no facto da sorte do jogo lhe ter sido favorável, Rui Borges, com um sorriso, concordou com a nossa análise, mas sempre foi dizendo que “ter sorte dá muito trabalho”.

Quenda passou de suplente
a “peça-chave” do jogo

Foi de facto com trabalho positivo que o Sporting conseguiu virar a seu favor a sorte do jogo, e nem a lesão de Matheus Reis aos 14′ minutos impediu o sucesso do conjunto leonino. Depois de um lance em que Samu apareceu a procurar forçar uma entrada na área do Sporting, Matheus Reis acabou caído no relvado depois de uma lesão muscular que o obrigou mesmo a sair do jogo, impossibilitado de continuar. Rui Borges chamou então Quenda, fez descer Maxi Araújo que passou a jogar como lateral esquerdo e lançou Quenda no flanco canhoto como o homem mais adiantado naquele corredor.

Num jogo sem apanha-bolas, com as bolas colocadas em pinos colocados em redor de todo o relvado por forma a que os jogadores possam recolocar sempre uma bola em jogo mas sem a intervenção de terceiros, o FC Porto entrava melhor no jogo e ao minuto 19 o jovem Rodrigo Mora conseguiu tirar dois adversários da frente para servir Nico Gonzalez que rematou à baliza de Franco Israel, com a bola a passar muito perto do poste esquerdo depois do trabalho magistral do jovem extremo portista.

O FC Porto conseguia por esta altura mais posse de bola, mas de algum modo consentida, perante um Sporting que apenas em lançamentos da velocidade de Gyokeres ia tentando responder ao jogo dos dragões. E se do lado do Sporting a equipa leonina procurava encontrar linhas de passe para a “gazua” sueca, já do lado portista a bola chegava mais “costurada” à área de baliza de Franco Israel, com Rodrigo Mora a fazer claramente a diferença, com o apoio de elementos como Samu ou Pepê.

Ao minuto 40, num lance em que Gyokeres conseguiu fazer uma diagonal a partir do lado esquerdo para dentro acabando por rematar ao segundo poste, assustando o guarda-redes Cláudio Ramos, acabaram por ser os adeptos do Sporting que de algum modo se assustaram já que o avançado sueco ficou no relvado a queixar-se do joelho direito, no que ameaçava ser uma lesão no mesmo joelho que já levou o avançado leonino a receber uma intervenção cirúrgica. O susto não passou disso mesmo, Gyokeres acabou por regressar ao jogo e deixou a ideia de que tudo estava bem, vindo o jogo a fechar o primeiro tempo com um lance em que Quenda rematou à baliza portista obrigando Cláudio Ramos a uma enorme defesa, desviando a bola para a linha de fundo.

Segunda parte de leão
apagou a chama do dragão

No último lance do primeiro tempo Eustáquio corta uma bola dentro da área do FC Porto acabando por tocar com a mão direita na bola, entendendo o árbitro António Nobre que se tratou apenas de um ressalto sem motivo para outra atitude que não a de deixar seguir, opinião que foi a mesma do VAR André Narciso a partir da Cidade do Futebol. O jogo acabou assim por seguir para o intervalo, depois de 45 minutos em que o FC Porto começou por ser mais objectivo, acabando o Sporting por equilibrar a contenda nos últimos 15 a 20 minutos, justificando-se a igualdade com que as duas equipas recolheram aos balneários.

Para o segundo tempo, e com as duas equipas a manterem os mesmos onzes com que começaram este jogo, o Sporting entrou mais determinado, de algum modo diferente do que conseguira nos primeiros minutos da primeira metade deste jogo. E a justificar a melhor entrada do Sporting no segundo tempo do jogo em Leiria, o marcador acabou por mexer mesmo ao minuto 56’, com o golo de Gyokeres, num lance iniciado por Geny Catamo, com a bola a chegar a Quenda na meia-lua da área portista. Oportuno, o jovem leão assinou uma excelente assistência para o avançado sueco que, entre os centrais do FC Porto já dentro da área, fez o que ali foi para ele o mais fácil, o golo inaugural da partida a colocar o Sporting em vantagem nesta meia-final da Taça da Liga.

Com o Sporting na frente do marcador, Vítor Bruno apostou em duas mexidas na sua equipa, com a chamada ao jogo de Zaidu e Fábio Vieira, saindo Pepê e André Franco. Passava assim o FC Porto a jogar com Galeno e Fábio Vieira como laterais, com Rodrigo Mora a manter-se nas costas de Samu, posicionamentos que deram algum alento aos dragões que precisavam agora de reagir e procurar o golo que voltasse a equilibrar a partida.

Rui Borges bateu Vítor Bruno
nas trocas a partir dos bancos

Ao minuto 63’ Samu caiu à entrada da área, Galeno caiu logo depois já dentro da área, mas António Nobre assinalou a primeira falta, permitindo um livre direto perigoso para os dragões que, todavia, não deu em nada. Era entretanto a altura para o técnico do Sporting responder às mudanças no FC Porto, aparecendo na linha lateral o médio João Simões, ele que acabou por entrar ao minuto 69’ por troca com o nipónico Morita, isto depois deste jogador ter visto um cartão amarelo pouco antes no jogo. O jovem João Simões, com que na véspera deste jogo havia completado os 18 anos, vinha assim refrescar a linha média leonina, numa altura em que era o Sporting que aparecia melhor no jogo.

Com apenas dois minutos em jogo, João Simões conseguiu fazer uma assistência para Trincão que só não deu em golo porque o camisola 17 dos leões recebeu mal a bola, acabando por perder uma oportunidade soberana para fazer o segundo golo do jogo que seria de novo para o Sporting. O FC Porto precisava de fazer mais alguma coisa e Vítor Bruno chamava ao jogo Ivan Jaime e João Mário para as saídas de Martim Fernandes e, para espanto de muitos, Rodrigo Mora, ele que continuava a ser o elemento mais desequilibrante dos dragões e que recolhia assim ao banco de suplentes numa altura em que o jogo entrava nos quinze minutos finais e com o Sporting em vantagem, fruto do golo de Gyokeres ao minuto 56’.

Perante 20.007 espectadores nas bancadas, segundo os números oficiais, o Sporting dominava agora este primeiro jogo das meias-finais da Taça da Liga, perante um FC Porto que procurava encontrar os melhores caminhos para a baliza de Franco Israel mas sem o conseguir fazer de forma eficaz. Os dragões conseguiam subir mais no terreno, muito por culpa das trocas impostas por Vítor Bruno, mas perante algum consentimento do Sporting que permitia a posse de bola ao FC Porto mas de algum modo inconsequente, isto porque as oportunidades junto da baliza de Franco Israel teimavam em não aparecer.

Uma derradeira alteração no FC Porto permitia a entrada de Denis Gül para a saída de Eustáquio, numa tentativa de colocar mais um homem na frente em busca do golo do empate, mas o Sporting mantinha o jogo controlado e os caminhos para a sua baliza continuavam fechados. Rui Borges avançava entretanto para as últimas mexidas no conjunto leonino, os adeptos do Sporting puxavam pela sua equipa e Conrad Harder e Eduardo Quaresma ainda foram chamados ao jogo, ao minuto 89’, depois de ambos os jogadores terem estado junto à linha lateral à espera do melhor momento para entrar em jogo. Saíram nesta altura Fresneda e Francisco Trincão, com o jogo à beira do fim e o Sporting cada vez mais perto de conseguir firmar a presença na Final da Taça da Liga a jogar no próximo sábado neste mesmo Estádio Magalhães Pessoa, em Leiria.

O árbitro António Nobre deu mais quatro minutos, Otávio desferiu um remate de longe mas Franco Israel respondeu com uma boa defesa junto ao poste direito da sua baliza, vindo a acabar o jogo pouco depois com a festa do Sporting, com os leões a vencerem o FC Porto depois de há poucos dias terem vencido o outro rival, o Benfica, em dois jogos sob as ordens do técnico Rui Borges. Viktor Gyokeres voltou a ser o homem do jogo e, com uma única máscara fez a diferença, fruto do golo apontado no início do segundo tempo.

Os leões garantiram a presença na final desta competição e os adeptos leoninos fizeram a festa entoando o conhecido hino “O Mundo Sabe Que…”, perante a consternação dos elementos do FC Porto que mais não conseguiram do que fazer oposição ao melhor futebol do Sporting no segundo tempo, suficiente para garantir a vitória e o domínio da partida.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

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