Jazida fóssil da descoberta

Planta com 310 milhões de anos descoberta em Gondomar

Uma equipa de investigadores portugueses – liderada por Pedro Correia, do Centro de Geociências da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em colaboração com Carlos Góis-Marques, paleobotânico da Universidade da Madeira – descobriu um fóssil raro de uma planta com 310 milhões de anos nas formações geológicas de Fânzeres, em Gondomar.

A descoberta, já publicada no jornal internacional Geological Magazine, da Universidade britânica de Cambridge (que pode ser lido através desta ligação), permite saber, de acordo com Pedro Correia, “como estas plantas primitivas evoluíram e se reproduziram durante o período Carbónico, no final da Era Paleozoica”.

O fóssil, denominado Palaeopteridium andrenelii, corresponde a uma nova espécie da extinta ordem Noeggerathiales, um grupo primitivo de plantas vasculares denominadas de progimnospérmicas da divisão Progymnospermophyta.

Segundo o investigador, trata-se de “um grupo de plantas ainda pouco compreendido e mal representado no registo fóssil da península ibérica, do qual são conhecidas apenas dez espécies noeggerathialeanas”.

Palaeopteridium andrenelii é o segundo representante de Noeggerathiales descoberto no Carbónico Português depois do geólogo Carlos Teixeira ter descrito a noeggerathialeana Rhacopteris gomesiana na década de 1940, na Bacia Carbonífera do Douro. 

As Noeggerathiales eram, até há pouco tempo, consideradas um grupo de plantas com uma classificação taxonómica incerta que existiu nos períodos Carbónico e Pérmico, há cerca de 359 a 252 milhões de anos.

Carlos Góis-Marques, coautor do artigo científico, sustenta que “estamos perante um achado singular”, porque “fósseis de plantas pertencentes às extintas Noeggerathiales são raros na Europa e América, sobretudo devido aos seus requisitos ecológicos distintos. Isto é, viviam em habitats distintos, e, portanto, geralmente, não fossilizaram juntamente com as típicas plantas do registo fóssil do Carbónico. Além do mais, esta nova espécie reforça o que já se conhecia: o registo paleobotânico do Carbónico português apresenta um alto grau de endemismo de relevância internacional”.

A nova espécie é dedicada a André Nel do Museu Nacional de História Natural de Paris, especialista mundial em paleoentomologia, que tem colaborado com os paleontólogos portugueses no estudo taxonómico de novos fósseis de insetos recentemente descobertos nas Bacias Carboníferas do Douro e do Buçaco.

LusoNotícias

Sondagem

Qual a sua convicção pessoal relativamente ao curso da guerra na Ucrânia?

View Results

Loading ... Loading ...

Rádio LusoSaber

Facebook

Parcerias

Subscreva a nossa Newsletter

Inscreva-se para receber nossas últimas atualizações na sua caixa de entrada!

logo_lusonoticias2
logo_lusomotores
logo_lusogolo
logo_lusoturismo
logo_lusocultura