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Só com imigrantes há agricultura no sudoeste alentejano

Três em cada quatro empresas já têm mais de metade dos seus postos de trabalho preenchidos por imigrantes, e em 45% dessas firmas agrícolas do sudoeste alentejano há só um trabalhador português por cada três estrangeiros.

A 2.ª edição do Barómetro AHSA, produzido pela Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur, auscultou mais de 40 empresas hortofrutícolas portuguesas da região, das quais 83% considera os “imigrantes fundamentais para o sucesso da atividade”.

Luís Mesquita Dias, presidente da AHSA, sublinha que “os trabalhadores imigrantes são, hoje, um pilar essencial da agricultura no sudoeste alentejano, evidenciando a necessidade de políticas públicas mais alinhadas com as exigências do setor”.

O Barómetro AHSA reflete ainda que as empresas identificam oportunidades de melhoria na Lei da Imigração, com 55% a sugerir a necessidade de maior alinhamento com as exigências do setor agrícola, como por exemplo na proteção dos trabalhadores (48%) ou simplificando a burocracia excessiva (31%).

Em comunicado, a AHSA destaca a oportunidade de melhorar as condições de integração e de garantir processos de recrutamento justos e transparentes dos imigrantes, que na região são sobretudo do Nepal (86%), da Índia (48%) e da Tailândia (41%).

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Um milhão de euros em alojamento

O Barómetro AHSA assinala ainda que a indisponibilidade de alojamento adequado é apontada por 62% dos inquiridos como um fator que cria “dificuldades na permanência de imigrantes em Portugal”. Daí que 20% das empresas inquiridas revelem ter realizado investimentos superiores a um milhão de euros em habitação e 35% refira que “já investiu, pelo menos, até 50 mil euros em soluções habitacionais para os seus trabalhadores migrantes”.

A melhoria das condições de alojamento (45%) e o investimento em formação profissional (34%) são recomendações que os empresários deixam ao Governo no Barómetro AHSA , tal como “o reforço da fiscalização das agências de recrutamento”, considerado fundamental para 59% dos inquiridos.

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Apesar de a integração dos trabalhadores imigrantes na comunidade local ainda apresentar desafios adicionais – como barreiras linguísticas (62%) e culturais (69%) -, os empresários defendem que poderão ser superadas através da promoção de iniciativas de lazer e socialização, sendo que consideram haver “um ambiente promissor de convivência e abertura junto da comunidade geral”.

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