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Sporting “em recuperação” cumpre frente ao Nacional da Madeira (2-0)

Ainda com alguns jogadores indisponíveis, por lesão (Pote, Nuno Santos Eduardo Quaresma e St.Juste, entre outros), e com outros a jogarem condicionados em termos de tempo da presença possível em campo, pela necessidade de recuperarem os seus níveis físicos, como Gyokeres, que entrou como titular neste jogo com a previsão de poder jogar 80 minutos, ou Matheus Reis, que saiu do banco só para a fase final da partida por também ele se encontrar em recuperação de uma lesão, o Sporting recebeu este sábado no Estádio de Alvalade o Nacional conseguindo uma vitória por 2-0.

Trincão marcou ainda no primeiro tempo, com um “tiro“ a mais de trinta metros da baliza à guarda de Lucas França, acabando o resultado por ficar “fechado” com o segundo golo apontado pelo jovem João Simões, ele que “selou” o triunfo e a consequente conquista dos três pontos com um golo em cima do minuto 90′.

Num jogo que começou a ser vivido com intensidade pelos adeptos leoninos meia-hora antes do início, com grandes festejos permitidos pelas notícias que chegavam de Rio Maior quando o Benfica consentiu o terceiro golo do Casa Pia, num jogo em que os encarnados perderam por 3-1 para os gansos, o Sporting entrou em campo consciente de que uma vitória permitiria garantir um maior distanciamento relativamente ao seu rival na frente da classificação.

Em termos de equipa, a turma de Alvalade surgia em campo, porventura, com o seu melhor onze possível, com o meio-campo preenchido por Morita, Daniel Bragança, Hjulmand e Quenda, com Trincão e Gyokeres na frente, contando ainda com uma linha de quatro defesas onde surgiam Maxi Araújo, Diomandé, Gonçalo Inácio e Fresneda, à frente do guarda-redes Rui Silva.

Do outro lado, com os seus jogadores a equiparem todos de amarelo, a equipa do Nacional surgiu em campo em 5x3x2, com o guarda-redes Lucas França, ainda Gustavo Garcia, Zé Vítor, Ulisses Rocha, José Gomes e Matheus Dias, também Laabidi, Bruno Costa e Luís Esteves, aparecendo mais adiantados Dudu e Isaac Tomich.

Nota para a prestação de Dudu que, encostado ao corredor direito, recuava para junto à lateral formando uma linha de quatros médios, aparecendo por dentro no ataque mas apenas em situações ofensiva da turma madeirense. Deste modo, o Nacional defendia com cinco homens na sua linha recuada, baixando sempre o seu bloco e com isso dificultando as ações ofensivas do Sporting, incapaz de furar linhas de forma eficaz para a baliza de Lucas França.

Foi preciso entrar nos minutos de compensação do primeiro tempo para que o Sporting conseguisse o inaugurar o marcador, com Trincão, bem longe da área do Nacional, a rematar com força, levando a bola a entrar na baliza de Lucas França a meia altura, junto ao poste direito, com o guarda-redes a tentar voar para a bola mas sem nada poder fazer. Trincão apontava assim um golaço que permitiu ao Sporting recolher aos balneários em vantagem, depois de um primeiro tempo em que o seu adversário não teve oportunidade de construir qualquer oportunidade real de golo.

À lei da bomba, com um remate fortíssimo de Trincão, os leões conseguiram aquilo que procuraram antes sem o conseguirem, batendo Lucas França no fim de um primeiro tempo em que o Nacional tinha como plano de jogo, claramente, levar a partida para o intervalo sem golos. O certo é que Trincão foi feliz, marcou um excelente golo, e corporizou no resultado com o seu golo o domínio que o Sporting teve ao longo de toda a primeira parte do jogo.

Nacional mais atrevido obrigou
à eficácia defensiva do Sporting

Para o segundo tempo, o Nacional operou as duas primeiras mudanças na sua equipa, com Tiago Margarido a apostar em Paulinho e Joel Tagueu para os lugares de Labidi e Isaac Tomich, apostando a formação insular em colocar maior velocidade no ataque. E a verdade é que Tagueu surgiu irrequieto e pleno de força a procurar forçar ao erro a linha defensiva do Sporting. Apesar disso, o jogo continuava a ser dominado pela equipa da casa, ainda que sem oportunidades claras de golo. O Nacional surgia agora mais atrevido, a atacar em 5x2x3, transformáveis no mais normal 5x4x1 para as ações defensivas.

A formação visitante passava a ter maior capacidade de levar a bola até à área dos leões, com estes a responderem no segundo tempo com maior lentidão. Rui Borges, o treinador do Sporting, respondeu à passagem do minuto 60’ com a entrada de Catamo por troca com Daniel Bragança, jogador que, também ele a recuperar de lesão, não era titular no Sporting desde o início de Dezembro, não podendo por isso ser utilizado durante todo este jogo frente ao Nacional.

O conjunto madeirense continuava a apostar em algumas paragens do jogo, mantendo a partida mais lenta, congelando o melhor futebol ofensivo do Sporting que continuava a sentir dificuldades em chegar à baliza à guarda de Lucas França.

Ao minuto 68’ foi a vez de Debast entrar no jogo por troca com Morita, com o belga a ser utilizado uma vez mais na linha média da formação leonina, ele que é defesa central de raíz, procurando com isso Rui Borges refrescar a sua equipa quando o japonês Morita estava já sem forças no meio do terreno, saindo a queixar-se também ele de algum toque sofrido perante os homens do Nacional.

Igualmente sem forças surgia por esta altura Gyokeres, que ao longo do jogo mereceu sempre uma cobertura isenta de erros por parte de Ulisses Rocha. Penha entrou para o lugar de Bruno Costa, e o Nacional passava a jogar em 4x2x3x1, com Joel Tagueu como o o homem mais adiantado, sendo finalmente desfeita a linha defensiva até aqui de cinco elementos da turma madeirense que procurava conseguir outra ousadia.

Para completar as mudanças e procurar então causar alguma surpresa em Alvalade, à passagem do minuto 79’, o técnico Tiago Margarido apostou na turma do Nacional em André Sousa e João Aurélio, saindo Gustavo Garcia e Luís Esteves.

O Sporting conseguia apesar de tudo manter mais posse de bola e melhor eficácia no jogo a meio-campo, numa fase em que o guarda-redes Rui Silva era obrigado a ter mais atenção à partida mas sem que o Nacional conseguisse grandes oportunidades de perigo evidente para as redes leoninas.

João Simões entrou,
marcou e chorou… de alegria!

Perante 42.420 espectadores nas bancadas do Estádio de Alvalade, o Sporting mantinha a vantagem mínima perante um Nacional que defendia bem mas que não conseguia chegar à baliza de Rui Silva de forma consequente. Sobre o minuto 88’ entraram na equipa do Sporting Matheus Reis, João Simões e Conrad Harder, saindo Maxi Araújo, Trincão e Gyokeres, em alterações posicionais que não mudaram em nada a estrutura da equipa leonina.

E foi com pouco mais de um minuto em campo que o miúdo João Simões aproveitou uma bola perdida dentro da área do Nacional para fechar o jogo, marcando o segundo golo dos leões e confirmando a conquista dos três pontos nesta 19ª jornada da I Liga, colocando o Sporting a seis pontos do Benfica no presente campeonato. O jovem jogador leonino não conseguiu esconder as lágrimas no momento em que festejou o golo, o público não regateou aplausos, acabando o jogo pouco depois com o Sporting a cumprir aquilo que os seus adeptos lhe exigiam que era o triunfo no dia em que o rival Benfica tinha perdido frente ao Casa Pia.

O Sporting pode agora avançar para a preparação do derradeiro jogo da fase de liga da Liga dos Campeões, na próxima quarta-feira frente ao Bologna, em Alvalade, um jogo em que um empate deverá ser suficiente para garantir a presença no play-off de apuramento para os oitvos-de-final da competição, algo que se for conseguido dará sem dúvida uma injeção de confiança ao grupo de trabalho de Rui Borges para a segunda metade da época que agora dá os primeiros passos com o leão de novo a vencer.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis e Luís Moreira Duarte

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