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Benfica ainda tremeu mas triunfou na Amadora

Num jogo em que Arthur Cabral falhou a conversão de uma grande penalidade que teria permitido um resultado final mais confortável para o Benfica, os encarnados venceram este domingo a turma do Estrela da Amadora, na Reboleira, por 3-2, mantendo assim a distância de seis pontos para o líder Sporting na luta pelo título da I Liga. E se é verdade que o Benfica esteve sempre na frente do marcador, também é um facto que o Estrela da Amadora nunca baixou os braços e procurou sempre discutir o resultado final que terminou com o triunfo tangencial dos encarnados e a consequente conquista dos três pontos por parte do Benfica.

Num jogo em que o técnico Bruno Lage apostou na chamada do reforço de inverno Manu Silva, ex-Vitória de Guimarães, ao onze titular, numa equipa em que Florentino ou Schjelderup começaram o jogo no banco de suplentes. Deste modo, os encarnados apresentaram-se no relvado do Estádio José Gomes, na Reboleira, com Trubin; Tomás Araújo, António Silva, Otamendi e Carreras; Aursnes, Kokçu e Manu Silva; Di Maria, Pavlidis e Akturkoglu.

Já o Estrela da Amadora, que pôde recorrer igualmente aos reforços de inverno contratados na Reboleira, apresentou um onze titular formado por Gudzulic na baliza, Diogo Travassos, Rúben Lima, Ferro, Issiar Dramé e Nilton, ainda Leonel Bucca, Amine Idrissi e Keliano, aparecendo na frente Rodrigo Pinho e Chico Banza, este último contratado em Janeiro ao Portimonense onde vinha a realizar uma excelente temporada na II Liga. E viria a ser este mesmo avançado quem deixaria uma das imagens mais positivas, ele que marcou um dos golos do Estrela da Amadora causando alguma incerteza no resultado e fazendo tremer o Benfica para quem era indispensável a conquista dos três pontos.

A perder por 0-2 aos 11 minutos,
nem assim o Estrela baixou os braços

Com um primeiro golo logo aos oito minutos, apontado pelo central Nico Otamendi, o Benfica adiantou-se no marcador bem cedo, garantindo alguma tranquilidade neste jogo que acontecia poucos dias depois do embate com a Juventus para a Liga dos Campeões, circunstância que conferia a este jogo um grau mais elevado de dificuldade. E se os encarnados ganhavam tranquilidade com o golo de Otamendi, melhor ficaram quando, poucos minutos depois, ao minuto 11′, Dramé, um dos melhores elementos dos tricolores, marcou um golo na própria baliza e colocou o Benfica a vencer por 2-0. Sem precisar de apresentar um jogo muito consistente, os encarnados venciam e controlavam o jogo perante um adversário que, ainda assim, procurava explorar eventuais debilidades da turma visitante.

Acabou o Estrela da Amadora por conseguir mesmo fazer o seu golo, ainda no primeiro tempo, apontado por Diogo Travassos, ao minuto 28, num lance individual em que o defesa lateral esquerdo apareceu pelo seu corredor a fletiria para dentro e a fazer um golo de belo efeito na baliza à guarda de Trubin.

O Estrela da Amadora reentrava assim na discussão do jogo, obrigando o Benfica a aplicar-se para dilatar de novo a vantagem, algo que aconteceu à passagem do minuto 34′ com um golo do avançado grego Vangelis Pavlidis, num pontapé potente desferido à entrada da área dos tricolores a enviar a bola para o fundo da baliza à guarda de Gudzulic. Vangeliz, que regressou aos golos nos jogos da Liga dos Campeões, mostrava aqui que também tinha a capacidade de marcar em jogos da I Liga.

O intervalo do jogo entre tricolores e encarnados chegava assim com o Benfica a vencer por 3-1, num jogo bem disputado em que a formação visitante tinha mais posse de bola e domínio territorial, mas no qual ficava evidente que o conjunto amadorense não estava disposto a dar-se por vencido.

Para complicar a missão do Benfica, um erro do guarda-redes Trubin acabou por colocar a bola nos pés de Chico Banza ao minuto 49′, com este a faturar o seu primeiro golo com a camisola do Estrela da Amadora, colocando o resultado em 3-2, uma diferença de novo tangencial que permitia aos tricolores sonhar com algo mais.

Arthur Cabral quis marcar
um penálti… mas falhou!

A confiança do Estrela da Amadora foi-se mantendo, e nem uma grande penalidade cometida por Dramé ao minuto 87, quando cortou uma bola rematada por Arthur Cabral com o braço dentro da área dos tricolores, baixou os níveis de confiança dos homens do Estrela, isto porque o brasileiro Arthur Cabral, que assumiu a cobrança do castigo máximo, permitiu a defesa de Gudzulic, falhando o golo que podia “fechar” a discussão do resultado.

O Benfica não fez por isso o quarto golo, acabando por garantir ainda assim a vitória sofrida por 3-2 e a consequente conquista dos três pontos, frente a um Estrela da Amadora que mostrou ter argumentos válidos para esta segunda volta do campeonato, na qual pretenderá somar os pontos suficientes que lhe permitam garantir a manutenção entre os grandes do futebol português.

Já o Benfica, manteve a distância para o líder Sporting, consciente de que na próxima semana , altura em que irá receber no Estádio da Luz a formação do Moreirense, poderá tirar partido do resultado do embate entre os rivais FC Porto e Sporting, na sexta-feira às 20h15.

Fica deste jogo a nota positiva para as actuações de Manu Silva e Pavlidis na equipa do Benfica, bem assim como de Chico Banza e Diogo Travassos entre os homens do Estrela da Amadora.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

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