Foto Femern A/S

Maior túnel rodoviário submarino avança na Dinamarca e Alemanha

Daqui a quatro anos, carros e comboios vão passar sob o Mar Báltico ligando os dois países num trajeto de 18 km, que se irá fazer em apenas 7 minutos.

O Cinturão de Fehmarn começou a ser construído em 2020, com um orçamento de 7 mil milhões de euros. Está a ligar, a 40 metros de profundidade, as ilhas de Fehmarn, na Alemanha, e Lolland, na Dinamarca. Trata-se de uma importante rota de transporte entre o norte do continente europeu e o Báltico, e uma dos mais significativos eixos de comércio da União Europeia, por facilitar os acessos à Escandinávia.

A decisão de construir o que será o mais longo túnel rodoviário e ferroviário, que terá duas autoestradas de via dupla e duas linhas férreas, deveu-se ao facto de a travessia por mar demorar atualmente cerca de 45 minutos, o que passará a ser feito em apenas sete minutos.

Jens Ole Kaslund, diretor técnico da empresa responsável pelo projeto, a Femern A/S, adiantou à CNN que uma viagem de comboio entre Copenhaga e Hamburgo demora atualmente quatro horas e meia e poderá ser feita de carro, após 2029, em apenas duas horas e meia.

Aquele que será o maior túnel rodoviário subaquático do mundo está a ser construído em três secções, num total de 79 elementos, cada qual com 217 metros de comprimento, 42 metros de largura e 9 metros de altura, pesando cerca de 73 mil toneladas. De acordo com a empresa responsável, a obra – que pode ser conhecida através de um vídeo explicativo e acompanhada através de um mapa interativo – irá usar aço que dava para construir 50 torres Eiffel.

Reclamações

Apesar de estar prevista uma diminuição das taxas de emissão de CO2, por se substituir o transporte marítimo por comboios, o túnel no Cinturão de Fehmarn foi alvo de protestos e reclamações, em nome dos impactos ambientais.

Mas, logo em 2020, um tribunal federal alemão refutou as queixas e concluiu os impactos ambientais da obra seriam reduzidos ao mínimo.

Uma das maiores reclamações dos ambientalistas dizia respeito às toninhas, pequenos cetáceos semelhantes aos golfinhos, que vivem nas águas do Báltico. Só que as condições terão sido asseguradas, segundo Michael Løvendal Kruse, da Sociedade para a Conservação da Natureza: citado pela CNN, assegurou que, “como parte do túnel de Fehmarnbelt, serão criadas novas áreas naturais e recifes de pedra nos lados dinamarquês e alemão. A natureza precisa de espaço e, consequentemente, haverá mais espaço para a natureza”.

Mais longo até ver

A ligação do Cinturão de Fehmarn está em construção, avança e com os seus 18 quilómetros será o túnel rodoviário submerso mais longo do mundo. Mas, provavelmente, só até 2033, quando a Noruega prevê concluir o Rogfast, que irá ligar debaixo de água os distritos de Randaberg e Bokn, numa etensão de 26,5 quilómetros, com quatro faixas de rodagem.

Segundo o jornal britânico Telegraph, o túnel Rogfast está incluído na reabilitação de autoestradas norueguesas, vai custar 44 mil milhões de euros, e, por exemplo, irá encurtar para metade o tempo de viagem de 1.100 quilómetros entre Kristiansand e Trondheim, algo que demora agora 21 horas e implica vários transbordos de barco.

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