Agora que se sabe que vamos mesmo avançar para eleições legislativas no próximo mês de Maio, depois de ter sido rejeitada a Moção de Confiança apresentada pelo Governo, a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CCPME) manifestou já a sua preocupação para os “problemas concretos” do tecido empresarial que representa. Afirmando ser “inútil estar a perder tempo para saber quem é o responsável pela antecipação (das eleições) e inevitável instabilidade, esta confederação entende ser necessário “olharmos para as respostas” aos problemas concretos.
“Durante a sua vigência, este governo, agora em gestão corrente, fez tábua rasa das preocupações das Micro, Pequenas e Médias Empresas, ignorou as 10 propostas apresentadas pela CPPME para o Orçamento do Estado e as 40 medidas que apresentou no documento “para o desenvolvimento económico e social nacional, propostas para uma economia sustentável e dinâmica”.
Em comunicado, esta confederação acrescenta que “a convocação de eleições constitui nova oportunidade para que os Partidos tenham em conta as necessidades e propostas da CPPME, que se mantêm absolutamente válidas, e para que as integrem nos seus programas eleitorais, no futuro programa do governo e nas medidas executivas que lhe darão corpo!”
“Falar em estabilidade política sem ter em conta os MPME – acrescenta o mesmo comunicado –, será continuar a favorecer as grandes empresas e multinacionais e a não ter em consideração as centenas de milhar de micro e pequenas empresas portuguesas que são fator de crescimento económico.”
“Da nossa parte, continuaremos a intervir junto da Presidência da República, da Assembleia da República, seja qual for a composição que resultar das eleições, e do Governo que desta resulte, para que resolva os problemas que estão identificados e promova o desenvolvimento da economia nacional”, conclui a CCPME no seu comunicado.