Com seis golos marcados por outros tantos jogadores da sua equipa, o Benfica venceu este domingo a formação do AVS e voltou a saltar para a liderança do campeonato da I Liga, isolado ainda que à condição já que o Sporting joga também este domingo no Estádio do Bessa, frente ao Boavista, já depois deste embate realizado no Estádio da Luz.
Bruno Lage, o técnico dos encarnados, escalou uma equipa com Dahl no corredor esquerdo à frente de Carreras, e Amdouni na direita, preenchendo assim as vagas deixadas por Florentino e Di Maria, que cumpriram um jogo de castigo, tendo jogado ainda Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Aursnes, Kökcü, Aktürkoglu e Pavlidis.
Já do lado da turma do AVS, o técnico Rui Ferreira apresentou um onze inicial com o guarda-redes Ochoa, ainda Devenish, Jorge Batista e Baptiste Roux; Fernando Fonseca, Gustavo Mendonça, Gustavo Assunção e Kiki Afonso; John Mercado, Babatunde Akinsola e Zé Luís.
Conscientes de que não poderiam facilitar como fizeram antes, primeiro frente ao Farense e mais tarde perante o Arouca, quando consentiram mesmo um empate e perderam pontos na corrida pelo título, os jogadores do Benfica entraram na partida a todo o gás, sem dar tempo para o adversário respirar, pressionando e procurando os golos desde o primeiro lance.
E o golo surgiu logo ao quarto minuto, num remate de Akturkoglu, mas o turco estava fora-de-jogo no início da jogada, pelo que o marcador só viria a funcionar ao minuto oito, com um golo de Tomás Araújo. Na sequência de um pontapé de canto a partir do lado direito do ataque encarnado, António Silva cabeceou junto ao segundo poste, Ochoa defendeu com o pé, aparecendo oportuno, na recarga, Tomás Araújo a abrir a contagem.
Sempre a pressionar, o Benfica foi encostando o AVS à sua área de baliza onde Ochoa ia sendo chamado a intervir, explicando o porquê de ser ainda hoje, aos 39 anos (completa os 40 anos no próximo mês de Julho), uma referência no futebol internacional e em particular no seu país, o México, pelo qual esteve já presente em cinco fases finais de Mundiais de futebol.
Ainda assim, Ochoa acabaria por se revelar incapaz de segurar o ataque do Benfica que aos 23 minutos fez o 2-0, por Pavlidis, depois de uma combinação entre Kokçu e Dahl com este a fazer a assistência para o golo do grego.
Samuel Dahl não marcou
mas assistiu duas vezes
O Benfica continuava a dominar, a festa imperava nas bancadas do Estádio da Luz e o foram precisos apenas três minutos para que os encarnados voltassem a marcar, agora por Amdouni, curiosamente na resposta a mais uma assistência de Samuel Dahl, o sueco que apareceu no lado esquerdo a cumprir a preceito a missão que lhe foi solicitada por Bruno Lage. Dahl cruzou do lado esquerdo, Amdouni recebeu à entrada da grande-área, tirou um adversário da frente e bateu Ochoa pela terceira vez.
O Benfica continuou a dominar, mas acabou por levantar o pé já à beira do intervalo. Ainda assim, o jogo não viria a parar antes do quarto golo dos encarnados, à passagem do minuto 40′, agora apontado por Akturkoglu.
Pavlidis, o melhor marcador dos encarnados que neste jogo já tinha faturado, entrou na área do AVS pelo lado direito e, já dentro da área, assistiu o grego Akturkoglu que finalizou o lance para um golo concretizado de uma aparentemente forma fácil, para gáudio da quase totalidade dos 58.102 adeptos presentes no Estádio da Luz.
A vencer por 4-0, o Benfica tinha o jogo ganho mas nem por isso deixou de procurar dilatar a vantagem, entrando em jogo no segundo tempo com a mesma disposição ofensiva. O AVS mudou a sua estrutura no arranque para o segundo tempo, o técnico Rui Ferreira fez três mudanças no seu “onze”, apostando em Lucas Piazón, Tomás Tavares e Eric Veiga, ficando no balneário Baptiste Roux, Fernando Fonseca e Kiki Afonso. Com estas mudanças a turma do AVS ainda conseguiu segurar um pouco o Benfica, que no entanto continuava a dominar, embora já sem o mesmo instinto “matador” dos primeiros 45 minutos.
Bruno Lage refrescou
e os golos voltaram à Luz
Consciente da necessidade de refrescar a sua equipa, Bruno Lage também mexeu, ao minuto 67′, com as entradas de Schjelderup e Belotti, por troca com Amdouni e Álvaro Carreras, jogador que minutos antes tinha visto um cartão amarelo depois de uma entrada dura sobre um jogador adversário.
Carreras acabou por sair, já depois de ver o cartão amarelo, e com isso irá falhar o próximo jogo dos encarnados, na Amoreira, frente ao Estoril Praia, ficando depois disponível para o clássico entre Benfica e Sporting agendado para o próximo dia 10 de Maio.
Refrescada a equipa, o Benfica voltou a pressionar e a procurar pelos golos, acabando os encarnados por fazer o quinto golo ao minuto 72′, pelo recém-entrado Belotti, ele que combinou com Akturkoglu finalizando para o 5-0 já isolado em frente a Ochoa.
O público festejava com a tradicional “Ola” ou onda mexicana, Bruno Lage voltava a mexer na equipa, agora com as entradas de Arthur Cabral, Prestianni e Leandro Barreiro, para as saídas de Pavlidis, Tomás Araújo e Akturkoglu, e pouco depois voltava a surgir no relvado da Luz a festa do golo, agora pelo “capitão” dos encarnados, Otamendi, ele que recebeu uma assistência de António Silva para, com um cabeceamento ao segundo poste, fechar a contagem com o 6-0.
O Benfica chegava assim aos 80 golos na I Liga, e Bruno Lage ainda teve tempo para manifestar o seu desagrado com a decisão do árbitro Carlos Macedo quando este deu apenas dois minutos de compensação, isto porque era pretensão dos encarnados terem mais tempo para a busca, porventura, de uma goleada ainda maior do que a meia dúzia imposta ao AVS.
Por via dos protestos, o diretor para o futebol do Benfica, Lourenço Coelho, ainda foi expulso do banco, acabando o jogo em festa para a turma benfiquista depois de mais uma goleada, a maior nos jogos da presente temporada da I Liga.
Nota muito positiva para a prestação de toda a equipa do Benfica enquanto conjunto, podemos ser destacado o sueco Samuel Dahl, ele que começou o jogo como estremo esquerdo, fez a assistência para dois golos, e terminou como lateral esquerdo, depois da saída de Carreras, ele que deverá ocupar essa mesma posição no jogo da próxima jornada dos encarnados no terreno do Estoril Praia.
Já o AVS, depois de um fim de semana em que o Estrela da Amadora venceu o FC Porto, terá agora que se preocupar com Boavista e Farense com quem irá lutar para ficar, pelo menos, fora dos dois últimos lugares que ditarão a descida de divisão imediata.
texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis
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