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Papa sepultado, segue-se o conclave

Centenas de milhares de pessoas acompanharam o funeral o Papa Francisco em Roma. Seguem-se nove dias de luto até ao início da escolha do sucessor.

Seguramente, mais de 250 mil pessoas acompanharam as cerimónias fúnebres do Papa Francisco, este sábado, em Roma, desde a Basílica de São Pedro até à de Santa Maria Maior, a cerca de cinco quilómetros do Vaticano, onde o cardeal argentino Jorge Bergoglio ficará sepultado.

Numa cerimónia transmitida à escala mundial, diversos chefes de Estado estiveram presentes, incluindo uma larga delegação portuguesa, com Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, ministro dos Negócios Estrangeiros. A que se podem somar os também portugueses António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, e António Costa, presidente do Conselho Europeu.

De acordo com o Vaticano, mais de de 160 delegações oficiais confirmaram a sua presença na Missa Exequial do Papa Francisco, tendo sido dado o lugar de honra à delegação do país natal de Jorge Bergoglio, a Argentina, liderada pelo presidente da República, Javier Milei.

Do lado direito direito da plateia virada para a Basílica de São Pedro, estiveram ainda as delegações italiana, com o presidente da República, Sergio Mattarella, e a líder do governo, Giorgia Meloni, os soberanos da Bélgica, da Dinamarca, de Espanha, da Jordânia, do Mónaco, da Suécia, além dos Grão-Duques de Luxemburgo, do príncipe herdeiro William, do Reino Unido, e da princesa Mette-Marit, da Noruega, bem como representantes reais dos Emirados Árabes Unidos, Lesoto, Andorra e Liechtenstein.

Entre os chefes de Estado, além de Donald Trump dos Estados Unidos e do ucraniano Volodymyr Zelensky – que tiveram um encontro para avaliar a negociação de tréguas face à invasão russa da Ucrânia, que dura há mais de três anos -, estiveram as delegações da Alemanha, com o presidente Frank-Walter Steinmeier e o chanceler Olaf Scholz, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente francês Emmanuel Macron, e o húngaro Tamas Sulyok com o primeiro-ministro Viktor Orbán.

Milhares no cortejo

Quando os sinos voltaram a tocar de manhã na Basílica de São Pedro para a missa das exéquias do Papa Francisco, a praça de São Pedro estava repleta com 50 mil pessoas, a sua capacidade máxima. Nos arredores, segundo as autoridades italianas, mais de 200 mil pessoas foram seguindo a cerimónia pelas ruas de Roma através de ecrãs gigantes.

Sob um forte dispositivo de segurança, que mobilizou drones e atiradores de elite, e com o espaço aéreo da capital italiana controlado, o cortejo fúnebre passou pelas principais ruas da cidade de Roma, após ter partido cerca das 12h30 locais da Basílica de São Pedro, rumo à Basílica de Santa Maria Maior.

O caixão do Papa Francisco foi transportado por um papamóvel, sendo aplaudido pelo povo que gritava “Viva Francisco! Viva Francisco!”. Na cerimónia final, na Basília de Santa Maria Maior, após as orações, os restos mortais de Jorge Bergoglio foram colocados no nicho no corredor lateral da basílica liberiana, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, momento registado e divulgado pela Agência Ecclesia.

Conclave para a sucessão

Sepultado o Papa, segundo a tradição secular da Igreja Católica, haverá agora uma fase de luto e reflexão que culminará com o Conclave, para a escolha de um sucessor, decisão que cabe a 135 cardeais. Até à designação do novo chefe do Vaticano, escolhido por uma maioria de 2/3, cabe ao cardeal camerlengo, o irlandês Kevin Farrell, gerir os assuntos correntes.

Agora, há lugar a um período de nove dias de luto oficial, entre 27 de abril e 5 de maio. De acordo com o calendário, o Conclave deverá iniciar-se depois do dia 6 de maio, já que tem de ter início entre 15 a 20 dias após a morte do Papa.

A data exata do início do Conclave na Capela Sistina será decidida pelos próprios cardeais. As votações são secretas e podem ocorrer até quatro vezes por dia: duas de manhã e duas à tarde, sendo necessária uma maioria de dois terços para eleger o sucessor de Francisco.

Se após 33 votações não houver consenso, a 34.ª votação será limitada aos dois candidatos mais votados, bastando então uma maioria simples.

Sempre após cada votação, o resultado é comunicado através do tradicional fumo que sai da chaminé da Capela Sistina: fumo negro se não houver eleição, fumo branco se houver um escolhido. Neste último caso, é feita a proclamação do ‘Habemus Papam’ a partir da varanda central da Basílica de São Pedro.

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