As duas vilas minhotas e raianas andam nas bocas de Portugal e do mundo – não fossem elas a sub-região que está na origem da notoriedade da casta Alvarinho, uma das mais relevantes a nível nacional. A 7 de junho, no Dia de Monção e Melgaço, o Soalheiro junta-se à festa com um brinde ao território de origem.

Nesta zona do Alto Minho, onde estão as vinhas que dão origem aos vinhos do Soalheiro, o Alvarinho assume características únicas, presentes de formas muito diferentes em cada um dos vinhos da marca. Exemplos disso são o Clássico, o Granit e o Primeiras Vinhas: um vinho do vale, outro da montanha e ainda um que resulta de vinhas velhas, vinhos feitos a muitas mãos numa manta de retalhos de pequenas parcelas de Alvarinho pelas mais de 150 famílias do Clube de Viticultores do Soalheiro. Todos Alvarinho e todos tão diferentes – como já é hábito do Soalheiro, que faz por expressar em cada um dos seus vinhos a diversidade singular deste território.

Soalheiro Alvarinho 2022, mais conhecido como o Clássico, é aromático e de sabor intenso. Foi o primeiro vinho a ser feito pela família que fundou a marca, em 1982, e continua a representar o estilo mais clássico de um monocasta Alvarinho.

Já o Soalheiro Granit 2022 é um invulgar Alvarinho, nascido de vinhas a cerca de 400 metros de altitude, nas montanhas que rodeiam o vale de Monção e Melgaço. Muito mineral e com uma acidez vibrante, faz crescer água na boca, o que o torna um vinho muito gastronómico.

Por seu turno, o Soalheiro Primeiras Vinhas 2022 é um vinho de corpo cheio e equilibrado, com uma acidez diferenciada e marcante. Nasceu na vinha que deu o nome ao Soalheiro e, hoje em dia, é um motor para a conservação das vinhas velhas em Monção e Melgaço - resulta de uma seleção de vinhas com mais de 30 anos espalhadas pelo território.

Soalheiro Alvarinho 05

“É um privilégio estarmos localizados numa região tão rica e de tantas possibilidades, e os nossos Alvarinhos refletem isso mesmo. Nos vinhos Soalheiro, transparece o orgulho na terra e na diversidade que ela nos oferece,” refere Maria Palmira Cerdeira, matriarca da família fundadora do Soalheiro.

As virtudes da sub-região celebram-se com quem a constitui: a comunidade. O Soalheiro abre as portas durante todo o dia de 7 de junho a quem o queira visitar, provar diferentes expressões de Alvarinho e ficar a saber mais sobre este território único. Paralelamente, como tem sido hábito nos últimos anos, junta-se a escolas de Monção e Melgaço para fomentar a importância da viticultura entre os mais novos, lembrando aos futuros protagonistas da sub-região a importância do Alvarinho para a sustentabilidade económica e social do território - durante a pandemia foram distribuídos livros com a história da Uva Alvarinho para ilustrar, o ano passado foi criado o Jogo da Uva (www.jogodauva.pt) e este ano serão feitos puzzles nas escolas com imagens marcantes do território.

“Estas iniciativas são fundamentais para despertar as novas gerações para a importância da viticultura no desenvolvimento de Monção e Melgaço. O Alvarinho faz parte da nossa identidade. Abrimos as portas e convidamos a comunidade a entrar justamente porque é ela que constrói, em conjunto, a cultura familiar do Alvarinho que aqui se reforça”, enfatiza Maria Palmira Cerdeira.

Soalheiro Dia de Moncao e Melgaco 01

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