aos sucessivos cortes no financiamento do ensino superior. Filipa Braz da Silva, presidente da direcção-geral da associação, recorda que, entre 2010 e 2015, o corte do financiamento público na Universidade foi de 32%, de 44 milhões de euros para 30 milhões.

“Numa Universidade em que o número de alunos subiu, na primeira fase de acesso, 15% relativamente ao ano anterior, isto é impossível de perceber”, reforça.

A Associação Académica da Universidade do Algarve reuniu-se com os representantes dos Núcleos Pedagógicos e Secções Autónomas da Associação, bem como com os representantes dos estudantes nos órgãos da Universidade e com as comissões de praxe dos cursos, para combinar quais as formas de luta na Semana de Receção ao Caloiro. O tema é forte - “Nem as bestas cortam na educação!” - e a Associação Académica pretende demonstrar a séria preocupação e desagrado dos estudantes quanto aos sucessivos cortes no orçamento da Universidade.

Quanto à praxe académica, a Associação Académica da Universidade do Algarve também tomou medidas. Serão distribuídos panfletos pelos novos alunos que explicam para que serve a praxe e quais os limites da mesma.

Mais com menos, segundo Crato

Em entrevista à RTP, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, disse que, apesar dos cortes, os reitores conseguiram que “as universidades funcionassem melhor, que tivessem mais receitas próprias e projectos de investigação”. “O nosso sistema de ensino resistiu a estes cortes e está melhor”, concluiu o ministro.

Opinião diferente tem, por exemplo, o presidente do conselho coordenador dos Institutos Politécnicos, Joaquim Mourato. “O ministro obviamente reconhece a situação das instituições, diz que não pode continuar mas o certo é que acabou de lançar mais um orçamento para o próximo ano com mais um corte”,disse, em declarações à RR.

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