Com um golo marcado sobre o minuto 90, por Di Maria, na transformação de uma grande penalidade cometida sobre Tengstedt e confirmada pelo VAR, e um segundo golo apontado pouco depois por Musa, já nos minutos de compensação, o Benfica venceu esta sexta-feira a formação espanhola do Celta de Vigo, por 2-0, garantindo assim o triunfo no Torneio do Algarve, depois de um jogo algo complicado que o Benfica conseguiu resolver já na fase final da partida, a bem da verdade colocando justiça no resultado.
Tal como acontecera na véspera, o treinador do Benfica, Roger Schmidt, voltou a apresentar duas equipas distintas do primeiro para o segundo tempo, e se na primeira parte foi visível alguma dificuldade dos encarnados em ultrapassar o esquema táctico do conjunto espanhol, na segunda parte o Benfica melhorou, acabando por conseguir os golos que deram conta disso mesmo, com uma vitória difícil mas merecida, mantendo assim o Benfica o pleno de vitórias nos jogos já disputados nesta pré-época.
Como “onze” titular, Schmidt chamou ao jogo Samuel Soares para a baliza, Bah, Tomás Araújo, Morato e Ristic para a linha defensiva, Chiquinho e João Neves no meio do terreno, e ainda João Mário, Rafa e Aursnes no apoio direto ao ponta-de-lança Gonçalo Ramos. Ficavam assim no banco elementos como Di Maria, Vlachodimos, António Silva, Jurásek e Neres. Do lado do Celta de Vigo, o técnico Rafa Benitez escolheu para a sua equipa inicial Ivan Villar, Kevin, Aidoo, Carlos Dominguez, Fontan, Beltran, Luca de la Torre, Hugo Sotelo, Carles Pérez, Iago Aspas e Strand Larsen. De fora ficavam Gonçalo Paciência, que nem para o banco foi depois de ter sido titular contra o Al Nassr, bem como Franco Cervi, ex-jogador do Benfica que comelou o jogo como suplente.
Com estes dois conjuntos, o primeiro tempo decorreu marcado pelo equilíbrio, sem grandes oportunidades de golo, com as duas equipas a discutirem a posse de bola a meio-campo mas sem construírem lances de golo evidente. Acabou assim por ser apenas na segunda parte que o jogo ganhou em qualidade, também por conta da entrada de alguns elementos que vieram alterar por completo o rumo da partida. Ao intervalo Schmidt fez entrar uma equipa distinta, com Vlachodimos na baliza, João Victor, Lucas Veríssimo, António Silva e Jurasék na defesa, Florentino e Kokcu para o meio-campo, e ainda Di Maria, Neres e Tengstedt no apoio ao ponta-de-lança que era agora Petar Musa.
O jogo continuou equilibrado, marcado por muitas lutas ao meio-campo, mas com o Benfica a conseguir encostar gradualmente o Celta de Vigo à sua zona defensiva. Sobre o minuto 90', Jurasék levou a bola até à linha de fundo numa iniciativa individual, atrasou para a entrada de Tengstedt, e quando este ia a rematar para a baliza foi pontapeado por um jogador do Celta de Vigo. Inicialmente o árbitro nada assinalou, mas chamada a sua atenção para o lance para o VAR, o juíz da partida foi ver de novo o lance e acabou mesmo por assinalar o castigo máximo. Di Maria agarrou a bola, assumiu a responsabilidade de marcar o penalti e não falhou, colocando finalmente o Benfica em vantagem. Depois, no primeiro lance do jogo após a reposição da bola em jogo, Petar Musa pressionou os centrais do Celta de Vigo, ganhou a posse de bola e rematou para o segundo poste fazendo o 2-0 com que viria a fechar a partida em termos de marcador.
O Benfica vencia assim o torneio do Algarve, num jogo em que Roger Schmidt terá tirado algumas ilações quanto à forma como poderá colocar em campo a sua equipa e quem poderá jogar ao lado de quem em termos de titularidade. Ao mesmo tempo, ficou claro que o Benfica tem este ano mais opções para a formação da sua equipa, um conjunto que voltará a jogar já na próxima terça-feira no Estádio do Restelo, em jogo particular contra o Burnley.
Como nota de reportagem ainda a propósito deste Torneio do Algarve, a referência para o facto do argentino Di Maria ter recebido o troféu de melhor jogador do torneio, ele que marcou três golos em três jogos na presente pré-época dos encarnados.