Com golos para os encarnados de João Mário, Rafa, Arthur Cabral e Tiago Gouveia, num jogo quase sempre disputado debaixo de uma chuva intensa no Estádio João Paulo II em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira nos Açores, o Benfica venceu com tranquilidade por 4-1 a formação do Lusitânia dos Açores, equipa que milita no Campeonato de Portugal, quarto escalão do futebol português, a qual conseguiu ainda assim o seu tento de honra apontado por Enzo Ferrara, na transformação de uma grande penalidade ao minuto 45', numa altura em que os encarnados venciam por 2-0.

Apesar da diferença natural entre as duas equipas, nem o Benfica, campeão nacional português, trucidou o Lusitânia, nem a formação açoreana se remeteu à defesa num jogo em que procurou dar o seu melhor e conseguiu mesmo algum equilíbrio que foi patente no primeiro tempo. Depois, com o relvado muito pesado pela chuva que não parou de cair ao longo de todo o jogo de forma particularmente intensa, e em face do avolumar da vantagem do Benfica no marcador sobre a equipa da casa, o resultado acabou por ir ao encontro do que seria de esperar em face da diferença natural entre os dois conjuntos.

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Para um jogo dirigido pelo árbitro Ricardo Baixinho, uma partida em que o juíz da partida não teve o apoio do VAR que não existe nesta fase da competição, o treinador do Benfica, Roger Schmidt, procurando dar algum descanso a um ou outro jogador do seu plantel e tendo que gerir algumas lesões que impediam desde logo a participação nesta partida de elementos como Bah, Di Maria e Kokçu, acabou por deixar de fora deste jogo estes três elementos, mas também o central argentino Otamendi, o extremo brasileiro David Neres ou mesmo o guarda-redes Trubin.

Deste modo, Schmidt fez alinhar nos Açores um onze com Samuel entre os postes, uma linha defensiva formada por Aursnes, António Silva, Morato e Bernat, dois elementos no meio do terreno —João Neves e Chiquinho —, com João Mário, Rafa e Tengstedt nas costas de Arthur Cabral, que neste jogo surgiu como o homem mais adiantado.

Do outro lado, o técnico do Lusitânia dos Açores, Ricardo Pessoa, que prometera não entrar em campo com nenhum autocarro estacionado em frente à sua baliza, cumpriu a promessa, escalando uma equipa em tudo idêntica à formação que faz alinhar a cada semana no Campeonato de Portugal, um conjunto jovem e ousado que enquanto teve forças procurou sempre responder de igual para igual frente a um Benfica que, há que o dizer, raramente apostou em lances velozes, e quando o fez causou desequilíbrios e levou o perigo até à baliza do conjunto açoriano.

Em relação ao onze titular do Lusitânia, Pessoa chamou para este jogo o guarda-redes Diogo Sá, os defesas Diogo Semedo, André Amaral, Diogo Careca e Enzo Ferrara, uma linha média de três elementos que ganhava a presença dos extremos quando estes procuravam fechar os corredores laterais, formando assim na maior parte dos casos uma linha média de cinco jogadores, com Luís Fellipe, António Legateaux, Bavikson Biai, Pedro do Rio e Rafa Silva, sobrando Gonçalo Cabral para procurar lá na frente aproveitar alguma distração dos homens do Benfica.

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Era caso para dizer que cada equipa tinha o seu Cabral no ataque, mas desta feita foi mesmo o Cabral do Benfica a levar a melhor, ele que acabaria por marcar neste jogo o seu primeiro golo com a camisola do Benfica, assinando o terceiro para as contas do campeão nacional. Em termos de golos, porém, o primeiro a marcar foi mesmo o “capitão” João Mário, logo aos nove minutos, respondendo com um toque de calcanhar depois de uma assistência de Aursnes a partir do corredor direito do ataque. Ao minuto 36' foi a vez de Rafa a marcar, depois de um passe feito por Chiquinho que isolou o atacante encarnado. Os jogadores do Lusitânia ainda reclamaram de um hipotético fora-de-jogo mas o central Diogo Careca estava a colocar Rafa em jogo pelo que o golo foi bem validado.

Antes do final do primeiro tempo, no lance em que a bola foi lançada para o coração da grande-área do Benfica, Aursnes saltou à bola com Gonçalo Cabral, acabando este por ser atingido pelo cotovelo do norueguês do Benfica. A grande penalidade indiscutível foi assinalada e, na transformação, Ferrara bateu o jovem Samuel Soares e fez o golo da equipa da casa, que por esta altura ainda acreditava que poderia discutir o jogo até ao final.

Contudo, no segundo tempo o Benfica manteve o ritmo mais elevado e os golos voltaram a aparecer na baliza do Lusitânia dos Açores, primeiro por Arthur Cabral, ao minuto 68, num lance em que Chiquinho solicitou a entrada do ponta-de-lança do Benfica com este a picar a bola por cima do guarda-redes da equipa local para o 3-1.

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À beira do final da partida foi a vez de Tiago Gouveia que, depois de receber a bola ainda sobre a linha de meio-campo, acreditou que poderia ultrapassar a linha defensiva da equipa da casa, acelerou e deixou para trás a oposição de André Amaral, acabando por fazer um chapéu ao guarda-redes Diogo Sá já dentro da grande-área dos açorianos, naquele que terá sido o melhor dos quatro golos do Benfica nesta partida.

O Benfica segue assim em frente na Taça de Portugal, concentrando agora atenções já no kjogo da próxima terça-feira no Estádio da Luz, onde irá receber os espanhóis da Real Sociedade em jogo da terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, uma partida que o clube da Luz tem a necessidade imperiosa de vencer pois soma até agora duas derrotas nos dois jogos já disputados.

JR/LusoMotores
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