Está a chegar às prateleiras de um pouco por todas as livrarias “Schmidtologia”, um livro do jornalista Luís Mateus, editado pela Contraponto, que se propõe a ser uma viagem pela carreira do técnico benfiquista Roger Schmidt, o mais recente técnico campeão no futebol português que chegou ao Benfica como uma aposta de risco – e pessoal – do presidente dos encarnados Rui Costa.

A contratação de Roger Schmidt, slguém que chegou, viu e conquistou o coração dos adeptos do Benfica, surge como a primeira grande decisão que Rui Costa toma enquanto presidente, e o impacto é imediato, apresentando-se a equipa principal do Benfica com um futebol veloz, impositivo e apaixonante, garantindo excelentes resultados, não só em Portugal, como também diante de algumas das melhores equipas da Liga dos Campeões.

Depois da surpresa inicial, os elogios acumulam-se. Há muito que na Luz não se vê nada assim e a comprovar a euforia mas também o agrado dos benfiquistas sucedem-se jogos no Estádio da Luz com audiências consecutivsmente acima dos 50 mil adeptos, quando não mesmo os 60 mil. Para os portugueses, o alemão aterrou em Lisboa praticamente como um desconhecido, mas para o resto do mundo é há algum tempo considerado um dos mais entusiasmantes nomes do futebol germânico moderno. Embora sem os títulos que talvez mereça, há muito que Schmidt se destaca dos demais.

Foi precisamente no intuito de ir ao encontro da realidade deste alemão, que chegou a Lisboa a afirmar que quem ama o futebol ama o Benfica, que o jornalista Luís Mateus quis saber mais, avançando para a escrita de “Schmidtologia”, algo que o próprio autor define como “uma viagem à descoberta da carreira do treinador do Benfica, desde a glória em Salzburgo às deceções em Leverkusen e Pequim, embalada pelas opiniões de quem o acompanhou de perto, como jornalistas, especialistas, autores e ex-jogadores, e pontuada pelas melhores estórias e momentos, sem esqucer as táticas e ideias que fazem parte da filosofia que criou.”

Schmidtologia Capa

Afinal, Roger Schmidt desconhecia, quando ainda hesitava entre a engenharia e o banco de suplentes do modesto Delbrücker, do quinto escalão da Alemanha, que a redenção estava, afinal, agendada para 19 anos depois, em Portugal, no Estádio da Luz, algo que nos é relatado na obra de Luís Mateus apresentada no passado sábado na FNAC do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, com a presença de Ricardo Araújo Pereira, um benfiquista reconhecido, nem sempre alinhado com as posições de Rui Costa e que mesmo agora na apresentação deste livro não de coibiu de deixar uma outra crítica a Roger Schmidt, como os largos períodos de folgas dados aos jogadores do Benfica ao longo da época, algo que este reconhecido benfiquista preferiu qualificar como férias que dize ser melhor evitar.

Certo é que, com Roger Schmidt e a sua “Schmidtologia”, Ricardo Araújo Pereira espera que o seu clube consiga ser campeão nos próximos dez anos seguidos, um desejo assumido de alguém que é um observador atento mas também, assumidamente, um adepto ferrenho dos encarnados e que terá,, também ele, uma visão sobre a essência desta “Schmidtologia” explicada afinal por Luís Mateus. Estamos assim perante um livro que fala de futebol e para o futebol, certamente a merecer uma leitura pelos benfiquistas, sem dúvida, mas também por todos aqueles que se interessam por futebol e que, não sendo benfiquistas, até poderão querer descobrir uma ou outra origem das possíveis falhas (que as terá certamente) de Roger Schmidt. (P.V.P na FNAC - 15,30€)

JR
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