Um total de 2122 mortos e 2421 feridos, de acordo com os números mais recentes na noite deste domingo, é para já o balanço possível de ser feito quando passaram 48 horas do forte sismo de magnitude 7,2 na escala de Richter que afectou Marrocos na noite de sexta-feira, 9 de Setembro, com epicentro localizado a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Marraquexe, nas montanhas do Alto Atlas.

O sismo foi sentido em várias partes daquele país, incluindo Marraquexe, Agadir, Casablanca e Rabat, sendo que a cidade de Marraquexe, e em particular o seu centro histórico, que é património mundial da UNESCO, foi uma das zonas mais atingidas.

Agora, dois dias depois do sismo, e enquanto o número de vítimas mortais mas também de feridos vai aumentando conforme as autoridades vão conseguindo chegar até junto das populações, a luta é contra o tempo pela necessidade de conseguir chegar a possíveis sobreviventes que ainda continuem soterrados pelos escombros.

Sobre a existência portugueses entre as vítimas, e apesar de ser do conhecimento das autoridades a existência de inúmeros cidadãos lusos que se encontravam, e alguns ainda se encontram, em Marrocos em período de férias, apenas se conhecem duas vítimas, um homem e uma criança, pai e filho, que foram atingidos pelos desmoronamentos mas já se encontram a recuperar em Portugal, tendo viajado num voo organizado pelas autoridades portuguesas que enviaram um avião da Força Aérea até Marraquexe para poder trazer os portugueses ali presentes que quiseram regressar.

O sismo causou danos significativos em edifícios, infraestruturas e estradas, tendo as autoridades marroquinas declarado o estado de emergência nas zonas afetadas pelo sismo. Na altura do sismo as populações vieram para as ruas e foram muitos os que preferiram procurar dormir ao relento, precavendo a possível ocorrência de réplicas que pudessem provocar mais quedas de edifícios e com isso aumentar o número de vítimas.

O sismo, que ocorreu às 23h11, hora de Marrocos, teve o epicentro localizado a 31,17°N 8,48°W, a uma profundidade de 10 quilómetros, e foi sentido também fora de Marrocos, nomeadamente em Portugal e Espanha, havendo testemunhos de registos deste sismo no Algarve, Lisboa, Coimbra e Porto.

As autoridades marroquinas estão já a trabalhar para prestar assistência às vítimas, havendo a necessidade de avançar logo que possível para a reconstrução das zonas afetadas.

JR
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