No Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, o mesmo recinto em que há duas semanas a sorte nada quis com o Sporting, acabando por essa altura a equipa de Alvalade por perder frente ao Sporting de Braga nas meias finais da Taça da Liga, os pupilos de Rúben Amorim venceram esta quarta-feira frente à União de Leiria, por 3-0, eliminando assim o conjunto leiriense nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Gyokeres, uma vez mais, esteve em plano de evidência assumindo-se como o elemento primordial na estratégia leonina, apontando dois golos e fazendo uma assistência, liderando uma equipa que uma vez mais provou estar num excelente momento de forma desta feita perante a União de Leiria que se apresentou num bom nível, mas não o suficiente para causar verdadeiros problemas ao Sporting.

Fazendo alinhar Franco Israel como guarda-redes, numa equipa em tudo o resto igual à que chegou a ser anunciada para o jogo frente ao Famalicão que não se realizou no passado sábado, por falta de agentes da PSP para assegurarem o policiamento naquela partida referente ao campeonato da I Liga, Rúben Amorim pôde assim contar com Eduardo Quaresma, Coates e Matheus Reis na habitual linha de três centrais, ainda Geny Catamo, Hjulmand, Pedro Gonçalves e Nuno Santos, e mais adiantados Edwards, Gyökeres e Trincão. Impossibilitado de dar o seu contributo à turma leonina ficou desde logo Paulinho, devido a ter sofrido um traumatismo no pé direito.

Por seu turno, Vasco Botelho, o técnico da União de Leiria, escalou um onze com Kieszek na baliza, Zié Ouattara, Bura, Lystsov, Vasco Oliveira e Pedro Empis na defesa, ainda Djé D'avilla, Diogo Amado e Lucho Vega na linha média, deixando em missões mais ofensivas Jordan Van der Gaag e Jair da Silva, formando assim uma equipa em procurou povoar a linha defensiva, procurando ainda assim arriscar pontualmente em lances de transição ofensiva para as costas da defesa do Sporting. Não aconteceram muitas situações deste tipo, mas a verdade é que nem se poderá dizer que a União de Leiria se limitou a defender, procurando a espaços jogar olhos nos olhos da equipa sportinguista e com isso permitindo qualidade e alguma emoção ao jogo.

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Contudo, e como se esperaria, foi mesmo o Sporting quem mais fez por vencer e justificou em absoluto o resultado final, com o sueco Viktor Gyokeres a assumir-se uma vez mais como o homem do jogo. Depois de uma primeira bola no poste logo aos cinco minutos do jogo, num desvio feito com o peito que quase dava o golo inaugural da partida, e depois de uma ameaça da União de Leiria ao minuto 15' em que Bura apareceu a cabecear para a baliza de Franco Israel com algum perigo, o primeiro grande momento do jogo viria a acontecer ao 23', num remate de Trincão a obrigar Kieszek a uma enorme defesa.

Pouco depois, ao minuto 29', um suposto corte com a mão de um jogador da União de Leiria, Vasco Oliveira, levou o árbitro a assinalar uma grande penalidade para o Sporting. Gyokeres agarrou a bola, colocou-a na marca dos onze metros, mas nessa altura o VAR chamou o árbitro para rever o lance e a grande penalidade foi revertida, prosseguindo o jogo com um pontapé de canto para o Sporting. Os adeptos leoninos terão ficado contrariados, mas a verdade é que, do pontapé de canto batido do lado esquerdo do ataque dos leões por Nuno Santos, a bola foi direitinha para a cabeça de Gyokeres que, saltando mais alto que os defesas leirienses, cabeceou de forma perfeita para o primeiro golo da partida. Afinal, o golo que não conseguiu de grande penalidade acabou por marcar na sequência do pontapé de canto, transformando este lance num “penálti em movimento” ao minuto 32'.

Cinco minutos depois, aos 37', de novo Gyokeres, agora lançado em profundidade por entre a linha defensiva da União de Leiria, recebeu a bola já perto da linha de fundo, fazendo dali mesmo um passe atrasado para a entrada de Pedro Gonçalves que, na passada, apareceu à entrada da área a rematar para o segundo golo do Sporting, permitindo que os leões recolhessem aos balneários com o resultado favorável para o Sporting por dois golos.

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No segundo tempo o figurino do jogo manteve-se, o Sporting continuou a dominar, e naturalmente acabaria mesmo por fazer novo golo, aos 74 minutos, uma vez por Gyokeres e de novo na sequência de um pontapé de canto batido para a cabeça do avançado sueco, com um cabeceamento a contar sem dar grandes possibilidades de defesa a Kieszek. Rúben amorim ainda teve oportundidade de dar minutos a jogadores como Gonçalo Inácio, Morita, Ricardo Esgaio, Daniel Bragança e Luís Neto, num jogo em que, na União de Leiria foram igualmente utilizados Leandro Antunes, Ayongo, Valdir Júnior, Leandro Silva e Marcos Silva. O resultado acabou por ficar mesmo nos 3-0 favoráveis ao Sporting, num jogo agradável da Taça de Portugal em que, afinal, foram cumpridas as expectativas com o triunfo da equipa do escalão superior e que partiu para este jogo com o claro estatuto de favorito, ainda que frente a um União de Leiria que saiu do jogo de cabeça erguida pela forma como procurou sempre enriquecer a qualidade do jogo.

texto: Jorge Reis
fotos: ©X (twitter)
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