Freddie Mercury e os Queen transportam-nos para um universo de música ímpar. Durante 20 anos, esta banda (com o seu vocalista) correu o mundo com as suas músicas, que todos e por todo o lado entoavam já de cor. Sobre o vocalista dos Queen, e para além da poderosa voz, Freddie Mercury era também um “animal” de palco no verdadeiro sentido da palavra, excêntrico, provocador, humano, sarcástico e... inadaptado? Também!

Agora, no filme Bohemian Rhapsody, que está em exibição em inúmeras salas de cinema um pouco por todo o país, conhecer as origens da banda e do vocalista é um desafio e um privilégio de ver numa tela gigante de cinema.

Freddie Mercury, é o nome artístico de Farrokh Bulsara (nascido no Zanzibar a 5 de Setembro de 1946), cantor, pianista e compositor. No início da sua carreira conheceu Mary, com quem manteve um caso amoroso ainda longo, tendo-lhe dado um anel, pedindo que ela nunca o tirasse. Após o início do grande sucesso de carreira, Freddie Mercury teve algumas dúvidas da sua sexualidade acabando por se assumir como bissexual a Mary, ela que lhe terá dito que ele era efectivamente gay. Terminava ali a sua relação de amor com Mary mas não a amizade, isto porque Mary nunca o abandonou e ficou sempre como a “fiel depositária” da carreira da voz dos Queen. De realçar que o tema “Love of my life” é dedicado a esta mulher.

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Ao longo da carreira dos Queen, os temas foram surgindo, na sua grande maioria criados pelo vocalista — "We Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody to Love" e "Don't Stop Me Now". Aquando da criação Bohemian Rhapsody, surgiram problemas com a direção, sendo Bryan Singer demitido e substituído por Dexter Fletcher, o que não veio prejudicar o êxito, de Freddie Mercury, Brian May (astrofísico), Roger Taylor (odontologista) e John Deacon (engenheiro eletrónico), os elementos integrantes dos Queen.

No filme a presença da banda é poderosa, sendo certo que o filme não é apenas do vocalista mas antes do grande “todo” que é conseguido pelos Queen. Na reconstituiçãodo passado para película do cinema, Rami Malek, tem a tarefa difícil de encarnar o carismático Freddie Mercury, tendo a sua própria voz mixada à de Mercury mas também à de outro cantor e por vezes a de todo o público, para um resultado que consegue ser bastante convincente em cena, sem soar como um mero playback que faz com todo o preceito. Também por esta prestação, será de esperar que Rami Malek venha a ser o vencedor do Oscar de melhor ator... já o merece!

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O filme, porque é dele que falamos e não do documentário, aproveita toda uma banda sonora que faz parte da vida de inúmeras gerações. Podemos assistir a momentos hilariantes da criação de temas que nos tocam, e rir da forma como vieram a surgir. O filme conta ainda com excelentes figurinos, uma fotografia que capta bem a essência dos anos 70/80 e elenco em harmonia, Bohemian Rhapsody.

Freddie Mercury não era uma pessoa comum, os próprios Queen se assumem como inadaptados que cantam para outros inadaptados. O filme regista também, as dificuldades de adaptação de Freddie Mercury e o seu estado quando enfrenta o diagnóstico de sida.

Quanto ao final, o filme termina de forma poderosa, arrepiando qualquer um, com a última participação dos Queen, a convite de Bob Geldof, a participar em Wembley. Em julho de 1985, Freddie Mercury (vocais e piano), Brian May (guitarra e vocais), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais) subiam ao palco do estádio de Wembley, em Inglaterra, participando no concerto “Live Aid”, um evento que tinha por objetivo arrecadar fundos de forma a combater a fome e pobreza na Etiópia.

Já em relação a Freddie Mercury, faleceu de broncopneumonia em 24 de Novembro de 1991, partindo aos 45 anos, cedo demais. Hoje, os Queen continuam nos palcos com Adam Lambert no lugar de Mercury.

Long live the Queen!

reportagem: Ana Cristina Augusto

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