Já a tínhamos escutado numa pré-apresentação na manhã em que a Everything is New, a produtora responsável pelo NOS Alive, apresentara o recinto do festival aos jornalistas. Por essa altura, Ana Lua Caiano, é dela que falamos, deixou a ideia para quem não a conhecia que se tratava de uma jovem cantora plena de energia, mulher dos sete instrumentos que, a solo, enchia o palco com uma sonoridade conseguida e de aplaudir.

Agora “a sério”, perante o exigente público do NOS Alive no palco WTF, a ideia que tínhamos tido previamente acabou confirmada neste primeiro dia do festival do Passeio Marítimo de Algés quando Ana Lua Caiano, a solo, encheu o palco e cativando o público que a aplaudiu sem qualquer favor.

Cantora, cantautora, compositora, produtora e artista portuguesa, Ana Lua Caiano mostrou-se na sua verdadeira essência, uma one-woman band capaz de conciliar o género de música popular portuguesa com música eletrónica e hip-hop, através do uso de instrumentos como um microfone, teclado, loop station, bombo e outros instrumentos.

Tirando o melhor partido da eletrónica e dos aparelhos que mostrou saber conjugar de forma singular, foi criando várias camadas de voz, percussão e melodias sobrepostas para uma atuação que o público aplaudiu e sem dúvida gostou. Com dois discos no mercado, o EP de estreia “Cheguei Tarde a Ontem”, com seis canções, e “Se Dançar É Só Depois”, com mais seis temas, ambos editados pela Chinfrim Discos, Ana Lua Caiano mostrou garra para outros voos num percurso que estará afinal no início mas que tem largos horizontes para voar.

Jorge Reis e Diogo Faria Reis (fotos)
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