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FC Porto eliminado da Taça de Portugal pelo Moreirense

Num jogo em que o FC Porto até foi a primeira equipa a marcar, aos 35 minutos com um golo apontado por Pepê, os dragões acabaram por consentir a reviravolta no marcador e a consequente derrota em Moreira de Cónegos, frente ao Moreirense, que venceu por 2-1 e com isso garantiu a eliminação dos portistas da Taça de Portugal, competição que o FC Porto venceu na pretérita temporada. Numa altura em que o técnico Vítor Bruno tem vindo a ser particularmente contestado, principalmente depois da derrota dos dragões no Estádio da Luz frente ao Benfica por 4-1, a formação portista somou assim a sua terceira derrota consecutiva, deixando Vítor Bruno ainda mais no fio da navalha, mesmo depois do presidente portista, André Villas-Boas, ter manifestado a sua confiança no treinador.

Num jogo em que o FC Porto deixou alguns dos seus jogadores mais influentes fora do onze inicial, Vítor Bruno apostou em Cláudio Ramos para a baliza, ainda João Mário, Djaló, Nehuén Pérez e Moura na linha defensiva, Alan Varela, Nico González e Fábio Vieira no meio-campo, sobrando para as acções ofensivas Pepê, Navarro e Namaso.

Do outro lado, o técnico César Peixoto, à frente de uma equipa que pouco ou nada tinha a perder neste jogo, já que a vitória do FC Porto seria apenas o cumprir de um êxito expectável por parte de um “grande” do futebol português, o Moreirense entrou em campo com Caio Secco na baliza, os defesas Dinis Pinto, Marcelo, Maracás e Frimpong, dois homens na transição para o meio-campo – Ruben Ismael e Sidnei –, surgindo depois Madson, Alanzinho e Benny nas costas do ponta-de-lança Asué.

Com as duas equipas “estendidas” no relvado, o FC Porto entrou melhor no jogo e cumpriu as primeiras expectativas dos adeptos, que nas bancadas desenrolavam uma faixa em que se podia ler “Longa Vida ao Rei”, numa alusão clara a Pinto da Costa, o ex-presidente dos dragões. Curiosamente, e por falar em faixas, a determinada altura no primeiro tempo, e antes ainda dos golos, os adeptos do FC Porto mostraram uma faixa em que se lia “Expulsa-nos a todos. Força macaco”, isto depois de er sido conhecida a decisão da Direção do FC Porto em expulsar Fernando Madureira de sócio do clube da Invicta. Mensagens à parte, o primeiro golo do jogo surgiu mesmo e favorável à equipa portista, ao minuto 35′, por Pepê. Navarro e João Mário combinaram a partir do corredor direito, com este a cruzar para a área, aparecendo ao segundo poste Pepê a cabecear para o golo que colocava o FC Porto na frente do marcador.

Moreirense deu a volta
ao resultado e venceu a eliminatória

Só que o Moreirense precisou apenas de cinco minutos para conseguir o golo do empate, apontado por Luis Asué, e curiosamente também com um cabeceamento certeiro. Frimpong cruzou a bola para a área portista a partir do lado esquerdo e Asué, sem oposição, deu o golpe certeiro de cabeça para o golo do empate que colocava a equipa portista sobre uma pressão que não tinha conhecido até então.

Até ao intervalo o marcador não sofreu mais qualquer alteração, num jogo em que o Moreirense ganhava alento e confiança perante um FC Porto que começava a tremer, ao mesmo tempo que os adeptos azuis e brancos impunham uma pressão acrescida sobre os pupilos de Vítor Bruno. E se o empate já era negativo para os dragões, as coisas complicaram-se ainda mais para o conjunto visitante a partir do minuto 75′, quando Francisco Moura cortou a bola com a mão dentro da área do FC Porto, levando o árbitro Tiago Martins a assinalar de imediato a grande penalidade num jogo em que não houve lugar a qualquer intervenção do VAR, isto porque nesta fase da competição os jogos não têm a presença deste elemento da equipa de arbitragem.

Chamado a converter o castigo máximo, Alan bateu a bola a preceito, Cláudio Ramos ainda adivinhou o lado para onde se atirar mas a bola levava demasiada força e só parou no fundo das redes da baliza à guarda do guarda-redes portista. O Moreirense passava assim para a frente do marcador, Vítor Bruno ainda procurou apostar em outros elementos a partir do banco de suplentes, chamando a jogo Eustáquio e Rodrigo Mora – antes havia já chamado Galeno para o lugar de Namaso, e ainda Samu e Martim Fernandes por troca com Fran Navarro e João Navarro –, mas as alterações na formação portista não permitiram qualquer mudança positiva, acabando o Moreirense por garantir o triunfo e a consequente qualificação para os oitavos-de-final da Taça de Portugal.

O FC Porto, vencedor das trÊs últimas edições da taça de Portugal, cai assim numa crise cada vez mais profunda ao ser afastado tão precocemente da discussão pela revalidação do título ”Prova Rainha” do futebol português, perante um Moreirense que esta época tinha já sido determinante no destino de outro “grande” do futebol português, quando um empate em Moreira de Cónegos por parte do Benfica resultou no despedimento do então treinador dos encarnados, Roger Schmidt, que entretanto viria a dar o seu lugar a Bruno Lage.

O próximo jogo dos dragões acontecerá agora na próxima quinta-feira, na Bélgica, frente ao Anderlecht, referente à fase de liga da Europa League da UEFA, uma partida que, pelo grau de dificuldade que transporta, poderá ser decisiva para o destino de Vítor Bruno à frente do FC Porto.

texto: Jorge Reis / LusoNotícias
fotos: ©X (Twitter)

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