Se dúvidas ainda existissem que o Benfica iria garantir o apuramento para a Final da Taça de Portugal, depois de ter vencido na primeira mão da meia-final frente ao Tirsense por 5-0, essas hipotéticas dúvidas foram dissipadas por completo com novo triunfo esta quarta-feira dos encarnados sobre a turma de Santo Tirso, desta vez por 4-0, no Estádio da Luz, em Lisboa.
Perante mais de 50 mil adeptos nas bancadas, a equipa às ordens do técnico Bruno Lage, com um “onze” titular formado por segundas figuras — Samuel Soares; Tiago Gouveia, António Silva, Bajrami e Dahl; Leandro Barreiro e Florentino; Schjelderup, Belotti e Bruma; Arthur Cabral —, o Benfica demorou até abrir o frasco do ketchup, que o mesmo é dizer até chegar ao primeiro golo, algo que aconteceu apenas no derradeiro minuto do primeiro tempo. Porém, depois disso, com uma exibição tranquila e sem precisar de grande intensidade a turma da Luz ainda marcou mais três golos, vencendo por 4-0 e garantindo um resultado combinado de 9-0 sobre o Tirsense.





Orientado pelo técnico Emanuel Simões, o treinador cujo nome Bruno Lage mostrou na véspera, na antevisão do jogo, conhecer o seu nome e o trabalho que tem vindo a desenvolver nesta equipa do Campeonato de Portugal, que o mesmo é dizer o quarto escalão do futebol português, o Tirsense começou por dar uma boa resposta às pretensões do Benfica, atrasando o mais que conseguiu o golo do Benfica que desbloqueou o marcador.
O autor do golo foi o central e neste jogo “capitão” do Benfica António Silva, que assim permitiu que a equipa da casa recolhesse aos balneários em vantagem. Depois, naturalmente mais forte e a dar conta da sua natural superioridade, o Benfica continuou a dominar, aumentou a vantagem com mais três golos e venceu com toda a justiça, num jogo em que foi constante a festa da Taça de Portugal, abrilhantada pela forma como os meus de 50 mil adeptos acompanharam em festa a prestação dos dois conjuntos no relvado do Estádio da Luz.
Emanuel Simões fez alinhar no relvado da Luz a sua melhor equipa, com Tiago Gonçalves entre os postes, ainda João Martins, André Fontes, João Pedro, Jorge Silva e José Pereira na linha defensiva, três elementos a meio-campo — Bruno Carvalho, Junior Franco e Daniel Rodrigues —, aparecendo mais na frente Júlio Alves e Bernardo Mesquita, ainda que muitas vezes no apoio às acções impostas por uma postura mais defensiva, obrigada pelas exigências que o Benfica impunha na partida.





Bruno Lage utilizou no segundo tempo Amdouni, Prestianni e André Veloso, mas também André Gomes e Hugo Félix (saíram para o banco Bruma, Schjelderup, Florentino, Samuel Soares e Tiago Gouveia), permitindo maior frescura física ao conjunto encarnado que pôde dominar ainda com maior assertividade as incidências do jogo.
Já Emanuel Simões, procurou permitir aos seus jogadores disputarem esta partida por certo diferente nas respectivas carreiras, chamando ao jogo Alex Reis, Giovanny Morais, Túlio, Diogo Gonçalves e Rui Maia, saindo mais cedo das quatro linhas André Fontes, Júlio Alves, Bernardo Mesquita, Daniel Rodrigues e Bruno Carvalho.
Quanto aos golos, o primeiro apareceu assinado por António Silva, ao minuto 45’+03′, ele que finalizou um lance algo confuso em que a bola começou por ir à trave da baliza de Tiago Gonçalves após um primeiro cabeceamento de Belotti. Leandro Barreiro fez a recarga e António Silva pôde desviar a bola do alcance do guarda-redes do Tirsense. Depois, no segundo tempo, e já depois das primeiras mudanças nas duas equipas, o jovem central Bajrami fez o segundo golo para o Benfica ao minuto 74′ naquele que foi o seu primeiro golo pela equipa principal dos encarnados. A partir de um pontapé de canto batido por Prestianni, Arthur Cabral desviou ao primeiro poste e e o albanês encostou para o 2-0.





A vitória do Benfica era agora pouco ou nada discutível, na eliminatória e até neste jogo, mas os jogadores da equipa da casa reforçaram ainda mais essa convicção, desde logo ao minuto 78′, com o 3-0 a ser assinado por Belotti. O guarda-redes Samuel Soares lançou a bola longa para o meio-campo contrário, solicitando a entrada de Tiago Gouveia nas costas da defesa do Tirsense, o lateral dançou dentro da grande-área do Tirsense e colocou a bola em Belotti que só teve mesmo que finalizar com um derradeiro toque que colocou a bola no fundo da baliza do conjunto visitante.
Depois, à beira do fim da partida, e tal como já tinha acontecido no final do primeiro tempo, o Benfica voltou a tirar o melhor partido de um pontapé de canto batido a partir do lado esquerdo do ataque por Hugo Félix. Ao minuto 90’+01′, a bola foi enviada para a pequena-área em frente à baliza do Tirsense, António Silva cabeceou para uma primeira defesa de Tiago Gonçalves e Leandro Barreiro apareceu para uma recarga a encostar para o quarto e último golo neste jogo.





O Tirsense viu concluída assim o seu excelente percurso na presente edição da Taça de Portugal, que permitiu a uma formação do Campeonato de Portugal chegar às meias-finais da segunda competição de maior importância no futebol português, eliminada pelo Benfica que irá agora estar no Estádio Nacional, no Jamor, no próximo dia 25 de Maio para disputar a Final da Taça frente ao Sporting.
Até lá, Benfica e Sporting irão continuar a discutir a conquista do Campeonato da I Liga, sendo certo que qualquer uma das equipas irão querer lutar pela “dobradinha”, que o mesmo será dizer a conquista dos dois títulos. Restará dizer que no caso do Benfica, que já venceu esta época a Taça da Liga, poderá vir a conquistar o “triplete”, que resulta da vitória nas três competições.
