Numa noite fria e com o Estádio Cidade de Barcelos a servir de palco emprestado ao Tirsense, clube do quarto escalão que chegou, ainda assim, às meias-finais da Taça de Portugal, o Benfica cumpriu a sua missão na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, derrotando a aguerrida formação de Santo Tirso por uns concludentes 0-5.
O resultado, apesar de algo pesado para a formação tirsense, espelha a diferença de qualidade entre as duas equipas, com o Benfica a demonstrar a sua superioridade ao longo dos noventa minutos, isto apesar do técnico Bruno Lage ter escalado para esta partida uma formação com diversos miúdos da formação que, ainda assim, deram boa conta de si.
Apesar da bravura e da organização defensiva patenteada pelo Tirsense, equipa que milita no Campeonato de Portugal, a avalanche ofensiva encarnada acabou por ser demasiado forte. O primeiro golo surgiu ainda na primeira parte, num lance infeliz do central adversário, João Pedro, que desviou um cruzamento de Dahl para a própria baliza. Este tento inaugural permitiu ao Benfica acalmar os ânimos e controlar ainda mais o ritmo do jogo.

A segunda metade trouxe consigo uma maior acutilância ofensiva por parte dos comandados de Bruno Lage, que não tiraram o pé do acelerador. João Rego, jovem talento da formação benfiquista, estreou-se a marcar pela equipa principal com um golo de belo efeito, após assistência de Schjelderup, aumentando a vantagem para 0-2.
A partir daí, o caudal ofensivo do Benfica intensificou-se. Arthur Cabral, isolando-se como o melhor marcador do clube na presente edição da Taça, fez o terceiro, mostrando oportunismo na área. Pouco depois foi Prestianni, ele que entrou em campo com frescura e irreverência, a deixar a sua marca com um remate colocado para o 0-4, antes de assistir Schjelderup para o quinto e último golo da partida, selando uma noite tranquila para as águias.

Para o Tirsense, fica a honra de ter chegado às meias-finais da Taça de Portugal, um feito notável para um clube do seu escalão. A entrega e a luta dos seus jogadores foram evidentes, mas a diferença de andamento e de recursos acabou por ser determinante. A turma de Santo Tirso ainda terá que viajar até Lisboa para a segunda-mão desta meia-final, mas naturalmente que um resultado desnivelado como é este 5-0 favorável aos encarnados não deixa margem para os de Santo Tirso poderem sequer sonhar.
O Benfica, com esta vitória folgada, coloca assim um pé e meio na final do Jamor, devendo a segunda mão, a disputar no Estádio da Luz, servir apenas para confirmar a passagem dos encarnados à derradeira partida da prova rainha, onde ambicionam levantar mais um troféu. Em Barcelos, a missão foi cumprida com seriedade e eficácia, demonstrando a ambição do Benfica em todas as competições, numa temporada em que os encarnados aspiram à conquista do triplete, isto porque podem vencer o campeonato, estão a caminho da Final da Taça de Portugal, e pelo caminho já venceram esta temporada a Taça da Liga.



