O Sporting venceu este domingo a Final da Taça de Portugal em futebol, frente ao rival Benfica, num jogo em que as emoções estiveram ao rubro sobre o relvado do Estádio Nacional, no Jamor, Oeiras, durante 140 minutos de jogo jogado (!!!), concluído com a vitória dos leões por 3-1. No final a turma verde-e-branca garantiu a “dobradinha” mas fê-lo num jogo em que o VAR deu sinais de ter estado “a dormir” face à gravidade dos erros que cometeu.
No final dos 90 minutos regulamentares o Benfica vencia por 1-0, mas em cima do último de 10 minutos de compensação dados pelo árbitro Luís Godinho, o Sporting conseguiu o golo do empate, na transformação de uma grande penalidade cometida por Renato Sanches sobre Gyokeres que este se encarregou de transformar.
O jogo seguia assim para prolongamento, já depois de alguns lances que tinham provocado imensos protestos do lado dos benfiquistas, nomeadamente uma agressão clara cometida por Matheus Reis durante o período de descontos permitido pelo árbitro sobre o italiano Belotti, ao minuto 90’+04′ numa discussão de bola junto à bandeirola de canto e bem aos pés do árbitro auxiliar Pedro Mota. O jogador do Sporting pontapeou o avançado italiano dos encarnados no peito e, não contente com isso, quando Belotti já se encontrava caído no relvado, pisou a cabeça do jogador do Benfica, num lance merecedor de cartão vermelho direto por se tratar de uma agressão tão gratuita quanto bárbara de um futebolista a um companheiro de profissão.











A verdade é que o árbitro auxiliar não viu, o VAR Tiago Martins, estranhamente, ignorou as imagens que foram claríssimas, de uma brutalidade impressionante, e Luís Godinho, o juiz da partida, acabou por assinalar uma falta favorável ao Sporting, entendendo que tinha sido Belotti a bloquear a bola.
O mesmo VAR que antes, ainda no primeiro tempo, aos 12′ minutos, descortinou de forma assertiva e correcta um fora-de-jogo milimétrico ao médio Kokçu, do Benfica, o que impediu a marcação de uma grande penalidade por mão na bola de Gonçalo Inácio que Luís Godinho chegou a assinalar, foi também o mesmo VAR que anulou o que seria um segundo golo do Benfica aos 50′ minutos, por Bruma, alertando o árbitro para uma alegada falta de Carreras sobre Trincão – Luís Godinho seguiu a indicação de Tiago Martins, anulou o golo e deu amarelo ao lateral espanhol dos encarnados –, foi também ele, Tiago Martins, o mesmo VAR que, porventura terá “passado pelas brasas”, isto porque ignorou de forma grosseira a agressão de Matheus Reis a Belotti que daria lugar a um vermelho direto ao jogador leonino à beira do final do tempo de compensação dado por Luís Godinho.











Benfica teve a Taça
nas mãos… e deixou-a fugir!
A verdade é que até aos minutos finais do tempo regulamentar deste jogo da Final da Taça de Portugal, o Benfica dominou. Teve as melhores oportunidades, secou o sector ofensivo do Sporting e obrigou o guarda-redes Rui Silva a defender uma bola para o poste da sua baliza. Depois disso, entrou para o segundo tempo a dominar por completo e marcou ao minuto 47′ num remate de longe desferido por Kokçu. Aliás, o Benfica só não ficou em vantagem por dois golos logo depois, ao minuto 50′, porque foi assinalada a já referida falta de Carreras sobre Trincão.
O Sporting não encontrava soluções para fornecer o jogo ofensivo de Gyokeres, Pedro Gonçalves e Trincão não davam soluções ao ataque leonino e, ao invés, era o Benfica quem dominava e criava as melhores oportunidades. Bruma e Dahl apareciam nos corredores a servir Akturkoglu e Pavlidis, e Bruno Lage levava a melhor sobre Rui Borges.
O jogo seguia assim favorável aos encarnados, de tal forma que no final do tempo regulamentar, quando Luís Godinho deu 10 minutos de compensação, poucos acreditariam que o Sporting conseguisse impedir a vitória da turma da Luz, fruto do golo de Kokçu à entrada da etapa complementar.










Há que referir ainda assim que nem tudo tinha sido perfeito no futebol do Benfica, havendo mesmo que dar conta de alguns erros na estratégia de Lage. Quando, ao minuto 70′, Kokçu ficou caído no terreno, lesionado, acabando por permitir a entrada para o seu lugar de Schjelderup, o Benfica perdia claramente o motor e o cérebro do meio-campo, baixando por essa altura o ímpeto ofensivo que os encarnados tinham conseguido colocar no jogo logo após o intervalo.
E se os observadores mais atentos poderiam esperar que Lage colocasse em campo o argentino Di Maria, para tirar partido de alguma apatia do jogo do Sporting, o treinador do Benfica surpreendeu ao apostar em Leandro Barreiro, deixando Di Maria no banco de suplentes e impedindo-o por aquela altura de entrar em campo no último jogo que este jogador terá feito com a camisola do Benfica perante os adeptos do clube da águia – Di Maria ainda poderá jogar pelo Benfica mas já só no Mundial de Clubes a disputar nos EUA.











Renato Sanches “entregou”
a Taça com erro crasso
Acabou a sorte por sorrir ao Sporting quando, aos 90’+09′ minutos, Renato Sanches comete um erro do tamanho do Vale do Jamor ao fazer cair Viktor Gyokeres dentro da área de baliza do Benfica, quando o sueco ainda tinha Leandro Barreiro pela frente e nada indicava que pudesse sair daquele lance qualquer golo para os leões. A verdade é que Sanches travou mesmo Gyokeres dentro da área à margem das leis, a grande penalidade foi muito bem assinalada, e na transformação do castigo máximo o avançado sueco rematou para o lado esquerdo de Samuel Soares, com este a cair para o lado contrário, ficando o jogo empatado e por via disso a obrigar a um prolongamento de mais meia-hora.
O Sporting, que nunca tinha conseguido estar no jogo de uma forma realmente eficaz, empatava a partida e ganhava um ânimo extra quando tudo indicava que a Final da Taça estava decidida a favor do Benfica. Bruno Lage, o treinador dos encarnados, acabou então por chamar Di Maria para o prolongamento, permitindo-lhe a oportunidade de jogar que não lhe dera durante o tempo regulamentar, colocando-lhe sobre os ombros a responsabilidade de tirar “um coelho da cartola” e dessa forma construir algo de diferente. Só que o argentino do Benfica que antes tinha ido para o banco em lágrimas por não ter podido jogar, e que no final voltou a ficar em lágrimas devido à derrota dos encarnados, foi incapaz de recarregar as baterias do Benfica perante um Sporting que estava agora em alta, a acreditar na sorte que lhe tinha batido à porta aquando do erro de Renato Sanches.











Moralizados e a acreditarem na sorte, os jogadores do Sporting passaram a dominar, ocupando finalmente o meio-campo defensivo do Benfica, abeirando-se com perigo da baliza à guarda de Samuel Soares. E se bem o fizeram melhor o aproveitaram, primeiro ao minuto 99′ do prolongamento, com um golo apontado por Conrad Harder através de um cabeceamento perfeito na resposta a um cruzamento de Trincão, golo que permitia a cambalhota na história desta Final da Taça de Portugal já que colocava o Sporting pela primeira vez na frente do marcador em posição de poder conquistar mais um troféu e, desse modo, a ambicionada “dobradinha” para o bicampeão Sporting.
Sporting melhor no prolongamento
justificou o triunfo sobre o Benfica
Se dúvidas ainda existissem sobre a capacidade do Sporting ganhar a Taça de Portugal depois de todas as incidências que esta Final tinha conhecido, eis que, ao minuto 120’+01′, Trincão, o mesmo jogador que fizera o passe para a corrida de Gyokeres no lance em que Renato Sanches cometeu a falta para a grande penalidade, mas também o mesmo sportinguista que fez a assistência para o golo de Harder, acabou por ser ele a fazer o terceiro golo para o Sporting, fechando o resultado e permitindo a conquista da Taça para o clube de Alvalade.










O Sporting venceu assim a Taça de Portugal da época de 2024-2025 que agora chega ao fim, conquistou a desejada “dobradinha” depois de ter já conquistado o título de Campeão Nacional no passado fim-de-semana e deixou o Benfica numa posição inglória já que termina a época com duas derrotas consecutivas nos dois principais objectivos da temporada. Para a história fica o triunfo do Sporting, mas também a prestação absolutamente negativa do VAR Tiago Martins, de quem se diz que é o melhor VAR português, e que deixou passar impune a agressão de Matheus Reis a Belotti no jogo que permitiu o fecho da temporada.
Os adeptos do Benfica abandonaram rapidamente as bancadas do Estádio Nacional, começando a debandada ainda antes do apito final do árbitro, acabando por ser os sportinguistas, que ocuparam o topo sul das bancadas, a fazerem a festa em tons de verde e branco, celebrando com o plantel do Sporting a conquista da Taça, troféu que o capitão leonino Hjulmand ergueu a partir da tribuna presidencial do Estádio Nacional no cair do pano sobre a temporada de futebol 24-25.










