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Chelsea impõe fim da linha para o Benfica no Mundial de Clubes

O sonho de uma hipotética conquista do Mundial de Clubes por parte do Benfica terminou este sábado em goleada após uma batalha épica de quase cinco horas no relvado do Bank of American Stadium, em Charlotte, a cidade mais populosa do estado norte-americano da Carolina do Norte, nos Estados Unidos onde se jogou esta partida referente aos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA, entre o Benfica e o Chelsea. A aventura dos encarnados nesta competição conheceu assim um fim dramático e desgastante, com o Benfica a ser eliminado após uma derrota por 4-1 frente ao Chelsea, num jogo que demorou mais de quatro horas (na verdade quase cinco horas), devido a uma interrupção prolongada devido a uma tempestade que se aproximou do recinto do jogo.

Com efeito, quando a cinco minutos do final da partida alguns raios de trovoada caíram na região de Charlotte, as autoridades norte-americanas cumpriram o protocolo que impõe a paragem de qualquer actividade desportiva ao ar livre, até que a trovoada se afaste para um raio de segurança em redor do recinto em que a mesma actividade esteja a decorrer. O jogo esteve assim parado mais de duas horas para que pudesse ser retomado e jogados os últimos cinco minutos mais o tempo de prolongamento que o árbitro considerasse, permitindo esta paragem que o jogo se transformasse num verdadeiro carrossel de emoções. É que o Benfica chegou aos cinco minuto finais a perder por um golo, que o Chelsea tinha conseguido depois de uma distração de Trubin, mas um golpe de teatro viria a recolocar o Benfica na discussão da partida.

Com efeito, no relvado do Bank of America Stadium, em Charlotte, palco de um duelo que parecia talhado para a história, o Benfica, apesar de se encontrar em desvantagem no marcador durante grande parte do tempo regulamentar, viu a sua sorte mudar drasticamente devido à já referida paragem meteorológica prolongada. Relâmpagos e trovoadas intensas forçaram a interrupção da partida, concedendo aos jogadores do Benfica um precioso período para recuperar energias e reorganizar estratégias. O que parecia um obstáculo transformou-se numa tábua de salvação, injetando uma nova dose de esperança e vitalidade na equipa portuguesa.

Di Maria marcou de penálti
no último jogo de águia ao peito

E a esperança materializou-se em campo. Já perto do apito final, num autêntico golpe de teatro, a persistência benfiquista foi recompensada. Um penálti cometido por Malo Gusto foi convertido com mestria por Ángel Di María, levando as bancadas ao delírio e garantindo o empate que arrastou a decisão para o prolongamento.

No tempo extra, a intensidade subiu ainda mais, só que a expulsão de Prestianni, por acumulação de amarelos, ele que entrara no segundo tempo com uma prestação particularmente infeliz, com inúmeras perdas de bola, deixou o Benfica em inferioridade numérica e tornou a tarefa de seguir em frente bem mais árdua. Apesar do revés, as águias não baixaram os braços na primeira parte do prolongamento, lutando com bravura e organização para manter o resultado. Só que a resiliência benfiquista, no entanto, cedeu na segunda parte.

Em apenas nove minutos, o Chelsea desferiu três golpes mortais que selaram o destino da partida. Christopher Nkunku abriu a contagem para os londrinos na sequência de um “frango” concedido pelo guarda-redes Trubin, ele que foi em outros jogos dos encarnados o melhor elemento em campo, e que nesta partida, depois de ter feito sete (!!!) grandes defesas no primeiro tempo, acabou por comprometer seriamente a prestação do Benfica nos dois primeiros golos dos Blues, seguido, esse segundo golo do Chelsea, de mais dois golos apontados por Pedro Neto – o portugu e Kiernan Dewsbury-Hall, que estabeleceram o impiedoso resultado final de 4-1.

Goleada foi demasiado pesada
para o esforço do Benfica

A defesa encarnada, visivelmente desgastada pela maratona e pela desvantagem numérica, numa equipa em que, curiosamente, o técnico Bruno Lage não operou a derradeira substituição que poderia ter feito durante o prolongamento, até no intuito de refrescar a equipa, acabou por não conseguir conter o ímpeto final dos “Blues”, que garantiram a sua vaga nos quartos-de-final de forma categórica.

A eliminação do Benfica nos oitavos-de-final, embora dolorosa, não apaga o esforço e a garra demonstrados numa partida que ficará certamente na memória dos adeptos, jogo que terá sido o último do argentino Di Maria de águia ao peito e no qual alguns jogadores também não apareceram, como o lateral Carreras ou o extremo Bruma, que poderiam ter dado outra consistência ao jogo benfiquista.

A epopeia em Charlotte, com a sua interrupção dramática e a reação do Benfica tardia, mas eficaz, deixou a certeza de que os encarnados lutaram até ao último fôlego neste Mundial de Clubes, de onde saíram após os oitavos-de-final numa competição em que ficou a ideia de que poderiam ter chegado um pouco mais longe.

Resta agora ao Benfica, e a partir daqui já sem a presença de Di Maria, focar nas competições domésticas e europeias, com a lição de resiliência e a necessidade de aprimorar a gestão de momentos críticos em jogos de alta intensidade, apontando para uma temporada que está quase aí à porta, obrigando o Benfica a encurtar etapas para preparar o novo plantel e a nova época de 2025-2026.

Jorge Reis / LusoMotores

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