Search
Close this search box.
reis-073

Gyokeres empurra o Sporting para goleada (5-1) sobre o Estrela da Amadora

Com um resultado muito mais exuberante do que a exibição, tirando partido de um “poker” conseguido pelo sueco Viktor Gyokeres, o Sporting acabou por golear o Estrela da Amadora esta sexta-feira no Estádio de Alvalade, no jogo de abertura da décima jornada do campeonato da I Liga. Num encontro em que as expectativas, uma vez mais, se concentravam nas palavras que Rúben Amorim iria dizer no final do jogo, ainda mais depois de ter sido confirmado pelo Manchester United mas também pelo Sporting que o técnico iria mesmo deixar o comando dos leões, o futebol jogado quase que passou para um plano secundário, e só manteve algum interesse porque os leões venceram claramente por 5-1, com quatro golos de Gyokeres.

Num jogo em que o Estrela da Amadora conseguiu a espaços discutir o jogo de igual para igual, marcou um golo e falhou dois golos de baliza aberta, causando até alguma surpresa como apareceu em Alvalade a discutir o jogo com a formação leonina, a verdade é que a equipa visitante, que até conseguiu bater pela primeira vez no campeonato o guarda-redes Franco Israel, acabou o conjunto tricolor por ser derrotado, principalmente, por um avançado que é esta época só o melhor goleador em todo o futebol europeu, Viktor Gyokeres, ele que leva já 16 golos em 10 jogos do campeonato e um total de 20 jogos na presente época.

« de 16 »

À margem do jogo, e olhando afinal não para o elefante na sala mas para o treinador no banco do suplentes, a verdade é que Rúben Amorim começou por ser muito bem recebido pelos adeptos em Alvalade, no mesmo estádio em que alguém pendurou uma faixa a dizer “Amorim, esta já não é a tua casa!”, acabando por ser Amorim o primeiro elemento do grupo de trabalho leonino a subir ao relvado, aplaudido pelos sportinguistas de pé e em aplausos a partir das bancadas.

Rúben Amorim recebeu cada um dos seus jogadores suplentes com um abraço, trocou depois também um abraço mais prolongado com Nani, o jogador agora do Estrela da Amadora e que no passado saiu, também ele, de Alvalade para o Manchester United, e ultrapassados os cumprimentos, sempre com o ainda técnico leonino de pé em frente ao banco, escutou o público nas bancadas a entoar de pé “O Mundo Sabe Que”. Com Amorim em frente ao banco, de mãos nos bolsos a “beber” este ambiente do qual irá certamente sentir saudades quando estiver em Manchester, o jogo avançou perante a vontade dos sportinguistas em conseguirem a décima vitória em dez jogos.

« de 12 »

Em campo com Franco Israel, Debast, Gonçalo Inácio, Diomande, Maxi Araújo, Daniel Bragança, Hjulmand, Quenda, Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves, o Sporting começou por encontrar uma formação visitante que nos primeiros minutos do jogo teve mesmo mais posse de bola, procurando construir os seus lances perto da baliza de Franco Israel, perante um conjunto leonino que começou a partida com alguma apatia.

Do lado do Estrela da Amadora, que neste jogo alinhou com o equipamento todo branco decorado com uma faixa vertical sobre o peito com as cores amadorenses e a publicidade à CMR, a nova rádio do Grupo Medialivre que iniciará as suas emissões no próximo dia 11, como o LusoNotícias já deu conta, a equipa tricolor surgiu em campo com um onze posicionado num 5x4x1 e com uma atitude destemida. Ainda assim, a primeira oportunidade de golo surgiu para o Sporting aos 10 minutos, num lance em que a bola sofreu um ressalto na canela de Daniel Bragança que quase levava a bola para a baliza de Bruno Brigído. Curiosamente, porém, no lance seguinte, um lance de Jovane Cabral quase permitia o golo ao Estrela, com o Sporting a ceder um pontapé de canto.

Ao minuto 11 a claque Juventude Leonina mostrou uma faixa com uma mensagem simples mas significativa – “Força Nuno Santos” –, evocando o camisola 11 que vai falhar grande parte desta época e que se encontra a recuperar de uma lesão, tendo merecido um enorme aplauso por parte dos adeptos sportinguistas. E de volta ao jogo, o Sporting tardava em conseguir “agarrar” a partida, perante um Estrela que continuava ousado a procurar discutir o jogo com uma linha defensiva muito subida, atrapalhando com isso a capacidade de construção dos jogadores as ordens de Rúben Amorim.

« de 14 »

Viktor Gyokeres assina um “poker”
com três máscaras até ao intervalo

Gradualmente, porém, o Sporting acabou por conseguir instalar-se no meio-campo no Estrela da Amadora, e ao mesmo tempo que os adeptos exibiam uma faixa com uma mensagem bem explícita no seu destinatário – “Força Nani” –, um recado para o jogador agora com 37 anos que passou os melhores anos da sua carreira com a camisola do Sporting, Viktor Gyokeres começava a aparecer no jogo, disposto a mostrar a sua máscara um dia depois de se ter celebrado o Halloween, pronto a ser o terror para os homens da Amadora.

Passava por esta altura o 19º minuto do jogo e eis que Viktor Gyokeres, a partir do lado esquerdo, combinou com Pedro Gonçalves, recebeu a bola mais à frente e, de um ângulo já quase impossível, rematou para a baliza de Brígido para o primeiro golo do jogo e para o Sporting. Contrariando a ousadia tricolor, Gyokeres pôde assim mostrar pela primeira vez nesta noite a máscara de goleador, depois de ter apontado aquele que era o o seu 13º golo no campeonato e 17º golo na presente época. Mais no entanto estariam para vir.

O golo de Gyokeres veio dar outra confiança ao Sporting, que pôde surgir sobre o relvado a partir dali mais confiante e objectivo, frente a uma equipa do Estrela da Amadora agora mais recuada sobre a sua grande-área. Ainda assim, seria o Estrela da Amadora a perder uma oportunidade flagrante de golo: à passagem do minuto 27’, num lance iniciado por Dramé, Bucca rematou à baliza de Franco Israel com este a defender a bola para a sua frente, aparecendo Danilo Veiga, sobre a linha da pequena-área, numa altura em que o guarda-redes do Sporting estava caído no relvado, a rematar por cima da trave fazendo o mais difícil, quando já se antevia o golo do empate para os tricolores.

À passagem da meia-hora, num lance em que o Estrela da Amadora procurava sair com a bola controlada da sua grande-área, Dramé perdeu a posse de bola, Trincão ganhou o ressalto, endossou para Gyokeres e este, com um remate certeiro, fez o 2-0, somando dois golos após dois remates, primando pela eficácia no ataque.

« de 17 »

Mesmo com o Estrela da Amadora a perder por 2-0, o jogo continuava bem disputado, e, ao minuto 34’, depois de um lance de Jovane Cabral pela esquerda, Franco Israel defendeu com um soco na bola, permitindo o aparecimento de Danilo a fazer a assistência para o golo de Rodrigo Pinho e para o Estrela, um golo afinal merecido por parte da turma tricolor pelo que vinha construindo até então. Refira-se que este golo dos homens da Reboleira foi o primeiro golo sofrido por Franco Israel na baliza do Sporting na presente temporada.

O jogo prosseguia particularmente vivo, com lances junto das duas balizas, e a verdade é que logo depois do golo do Estrela da Amadora o Sporting quis responder com novo golo. Bruno Brígido começou por protagonizar uma enorme defesa, e na sequência do lance apareceu Trincão a cabecear para a baliza tricolor, onde Danilo e Bucca procuraram impedir o golo. Bucca acabou por cortar a bola com o braço, o árbitro Bruno Vieira mostrou-lhe um cartão vermelho direto ao assinalar a grande penalidade, mas a cor do cartão acabou por ser “corrigida” pelo VAR para amarelo. O penálti manteve-se e na sua transformação o sueco Viktor Gyokeres voltou a primar pela eficácia, assinando por esta altura hat-trick ao colocar o marcador em 3-1.

O Sporting, que pouco antes havia consentido o golo ao Estrela da Amadora, o que poderia recolocar a turma da Reboleira na discussão do jogo, voltava assim a uma vantagem mais confortável num jogo que continuava bem disputado e pleno de interesse, e que até ao intervalo não viria a registar mais alterações no marcador. O Estrela da Amadora, que a bem da verdade foi a equipa que mais construiu ao longo dos primeiros 45 minutos, era batida pela eficácia suprema de Viktor Gyokeres, e o Sporting levava o jogo para intervalo com uma vantagem confortável.

« de 13 »

Nani aplaudido pelo público
de pé nas bancadas em Alvalade

O segundo tempo do jogo começou praticamente com uma lesão na turma estrelista, com Dramé a ser obrigado a sair com um problema muscular. O central saiu ao minuto 50 e, pouco depois, Nani entrou para a equipa tricolor, recebendo um enorme aplauso das bancadas leoninas, com os adeptos de pé a aplaudir este antigo jogador do Sporting. O Estrela, que perdera pouco antes um central, mostrava uma vez mais alguma ousadia ao abdicar de um jogador no sector mais recuado para apostar em Nani na construção ofensiva.

E quando nada o parecia indicar como o possível, o Estrela da Amadora ameaçou mesmo regressar ao jogo, ao minuto 57’, com aquilo que ainda chegou a ser festejado pelo adeptos tricolores como um segundo golo de Rodrigo Pinho. O avançado leonino ganhou a frente do lance a Zeno Debast e rematou a bola para o fundo da baliza de Franco Israel, pecando por ter controlado a bola com o braço. O árbitro Bruno Vieira voltou a ser alertado pelo VAR, foi rever o lance, e explicou o lance aos adeptos, dando conta que o avançado que já jogou no Benfica tinha controlado a bola à margem das leis, o que invalidou o golo tricolor. O Sporting continuava assim a vencer por 3-1, num jogo que mantinha ainda assim o interesse permitido por duas equipas que se entregavam ao jogo na luta pelo resultado final.

O Estrela da Amadora continuou a tentar ligar o seu jogo ofensivo mas sem conseguir eficácia, acabando o Sporting por manter o controlo do jogo e com isso a justificar a vantagem dos leões. A turma de Alvalade procurava por esta altura justificar o seu décimo triunfo em dez jogos da I Liga, Gyokeres procurava o seu primeiro “poker” no campeonato, e tudo isto frente a um Estrela da Amadora que procurava o segundo golo que permitisse o regresso à discussão pelo jogo.

« de 11 »

À passagem do minuto 67’, Rodrigo Pinho saiu para a entrada de Kikas, um avançado bem cotado entre os tricolores, respondendo Rúben Amorim com a troca de Hjulmand por Morita, depois de uma exibição menos conseguida do dinamarquês neste jogo em Alvalade. E pouco depois, já com a nova formação do “miolo” da equipa leonina, eis que Trincão recebe a bola depois de um passe de Pote, vê a desmarcação de Viktor Gyokeres, serve a corrida do sueco em lance de contra-ataque e o avançado sueco, depois de ultrapassar o último defesa do Estrela, rematou para o fundo da baliza de Bruno Brígido, fazendo o quarto golo e com isso o tão desejado poker neste jogo.

Com o jogo fechado em termos de decisão quanto ao vencedor (o resultado ainda viria a sofrer mais uma alteração), Rúben Amorim pôde assim operar mais duas substituições, fazendo entrar no jogo Matheus Reis e Marcus Edwards por troca com Debast e Pedro Gonçalves, poupando assim elementos que poderão ser titulares no jogo da próxima terça-feira, a disputar frente ao Manchester City, referente à quarta ronda da Liga dos Campeões.

« de 11 »

O Estrela da Amadora acabava duramente vergado a um resultado porventura demasiado pesado para o que conseguiu em Alvalade, ao jeito de uma goleada que, na verdade, foi conseguida por Viktor Gyokeres contra a linha defensiva tricolor. O Sporting anunciou a presença nas bancadas de 41.282 espectadores, o técnico Rúben Amorim ainda tirou Trincão para chamar a jogo Conrad Harder, poupando também o camisola 17 também para a partida frente ao Manchester City, e quando o resultado parecia fechado, eis que aparece Maxi Araújo, o jogador uruguaio dos leões nesta partida promovido a titular que, depois de um passe de Daniel Bragança, rematou de pé esquerdo para o quinto golo dos leões.

Agora sim o resultado estava fechado, o Sporting podia festejar com inteira justiça a décima vitória ao fim de dez jornadas, mantendo-se invicto na frente da I Liga, cumprindo afinal a vitória que Rúben Amorim dissera ser tão importante e necessária. O Estrela da Amadora regressou à Reboleira de cabeça erguida, com a sua equipa técnica dirigida por José Faria por certo optimista quanto ao futuro pelo valor que a sua equipa exibiu, e os adeptos leoninos, na quase despedida de Rúben Amorim do comando técnico do Sporting — ainda vai dirigir a formação verde e branca frente ao Manchester City e depois no terreno do Sporting de Braga —, puderam mostrar a sua comunhão, senão com o treinador que está de saída, sem dúvida que com os seus jogadores a quem continuam a pedir a conquista do bicampeonato.

« de 12 »

Gyokeres foi o homem do jogo, sem qualquer margem para dúvidas, ao levar a equipa do Sporting ao colo para uma vitória incontestável, Rúben Amorim pôde no final explicar o que esteve na origem da sua decisão em deixar o Sporting para rumar ao Manchester United e no horizonte de todos está já o jogo da próxima terça-feira frente ao outro clube de Manchester, o City de Bernardo Silva e Rúben Dias, equipa a quem uma vitória do Sporting ainda de Rúben Amorim terá outro significado muito para além do resultado para a Liga dos Campeões, e num jogo em que os possíveis golos de Gyokeres terão afinal uma importância bem maior do que aqueles que ele marcou esta noite no poder frente ao Estrela da Amadora.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

Sondagem

Qual a sua convicção pessoal relativamente ao curso da guerra na Ucrânia?

  • O cessar-fogo é possível e deveremos passar a negociações diplomáticas (35%, 6 Votes)
  • A Rússia só irá parar quando provocar a NATO para um conflito global (24%, 4 Votes)
  • Vai prosseguir a guerra convencional com milhares de mortos de ambos os lados (18%, 3 Votes)
  • A Ucrânia vai acabar por resistir e obrigar a Rússia à retirada (12%, 2 Votes)
  • A Rússia vai ocupar a Ucrânia e impor um governo fantoche neste país (12%, 2 Votes)

Total Voters: 17

Loading ... Loading ...

Rádio LusoSaber

Facebook

Parcerias

Subscreva a nossa Newsletter

Inscreva-se para receber nossas últimas atualizações na sua caixa de entrada!