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Tri-Maria abre goleada do Benfica (7-0) sobre o Estrela da Amadora

Com um dois golos marcados muito cedo por Di Maria, ao segundo e ao quinto minutos da partida, o primeiro num lance de insistência a partir do lado direito da grande-área do Estrela da Amadora com um remate ao segundo poste e o segundo digno de ficar em qualquer compêndio dos melhores golos da época, num pontapé de bicicleta do jogador argentino, o Benfica partiu este sábado para uma vitória tão robusta quanto tranquila sobre o Estrela da Amadora, em jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal, no relvado do Estádio da Luz, num jogo que terminou com uma goleada por 7-0.

À partida para este jogo o técnico Bruno Lage impôs algumas mudanças no onze dos encarnados, desde logo com a chamada de Samuel Soares para o lugar de guarda-redes, com Bah, António Silva, Otamendi e Carreras na defesa, ainda Florentino, Aursnes e Rollheiser, aparecendo na frente Arthur Cabral flanqueado por Di Maria e Best.

Do lado do Estrela da Amadora, José Faria montou uma formação tricolor com Meixedo entre os postes, uma defesa formada por Diogo Travassos, Ferro, Miguel Lopes e Montoia, ainda Nilton Varela, Igor Jesus, Léo Cordeiro, Alan Ruiz e Leonel Bucca, surgindo Rodrigo Pinho claramente como o homem mais adiantado do conjunto amadorense.

E se dúvidas existissem quanto à qualidade de Di Maria, aos 18 minutos chegava o hat-trick do campeão argentino, em mais um lance de brilhantismo em que o camisola 11 dos encarnados recebeu uma assistência de Aursnes, fintou um jogador do Estrela com um primeiro toque com o pé esquerdo para rematar de pé direito para o seu terceiro golo da noite, sem qualquer hipótese para Meixedo.

Pelo meio, à passagem do minuto 10’, o Estrela da Amadora ainda andou perto do golo, num remate de Rodrigo Pinho, mas Samuel Soares negou o golo com uma enorme defesa a desviar a bola sobre a trave. Foi o único sinal de inconformismo dos tricolores, isto enquanto o Benfica ia desenrolando o seu jogo e deixando correr os minutos, criando dificuldades à defesa do Estrela sempre que aumentava de velocidade.

Di Maria ainda esteve
à beira do quarto golo

Exemplo da facilidade como o Benfica desenrolava o seu jogo aconteceu ao minuto 37’ quando Arthur Cabral, depois de um cruzamento de Di Maria e apenas com a baliza à sua frente, falhou um golo cantado naquilo que seria o quarto golo dos encarnados.

Bruno Lage ia dando indicações para dentro das quatro linhas a pedir maior velocidade na troca de bola, para que o Benfica não se deixasse adormecer sobre a vantagem de três golos, mas a verdade é que os encarnados tinham claramente o jogo controlado independentemente da velocidade imprimida sobre a bola.

E por falhar em golos falhados, o primeiro tempo terminou com um lance em que Best falhou, também ele, um golo perante a baliza ao seu dispor, com o árbitro a apitar quase de seguida para o intervalo.

Para o segundo tempo, Bruno Lage chamou à equipa encarnado Akturkoglu no lugar de Best, continuando o Benfica a dominar mas sem grande intensidade. Ainda assim, ao minuto 54’, Arthur Cabral voltou a estar perto do golo, tirou um defesa do Estrela do lance e, já sozinho perante a baliza, rematou por cima da trave, ficando caído no relvado desolado pelo falhanço.

Pouco depois, ao minuto 57’, de novo isolado frente a Meixedo, atirou a bola ao lado do poste esquerdo naquele que foi um novo falhanço do avançado que, ainda assim, mereceu o aplauso por parte dos adeptos pela forma como foi insistindo na busca pelo golo.

Não foi Cabral, foi Akturkoglu que, à entrada do minuto 60’, fez o quarto golo do jogo, num lance em que Di Maria fez a assistência depois de um lance construído entre Arthur Cabral e Di Maria, com o turco que entrou ao intervalo no jogo a aparecer no sítio certo, descaído para o lado esquerdo da área do Estrela da Amadora, a fazer um pontapé em arco ao segundo poste para o 4-0.

As perdidas de Arthur Cabral
e a estreia de Leandro Santos

Ao minuto 63’ Bruno Lage voltou a mexer na sua equipa, apostando em Amdouni, Kokçu e o jovem Leandro Santos, defesa lateral direito oriundo da formação que se estreou neste jogo com a camisola da equipa principal dos encarnados. Para estas entradas saíram Bah, Aursnes e Di Maria, com este a receber um enorme aplauso pela influência que teve com os três golos dos encarnados no primeiro tempo.

Do lado do Estrela da Amadora, que ao intervalo recebera na equipa Kikas, André Luíz e Tunguliyadi, por troca com Ferro, Kuka e Rodrigo Pinho, voltou a mexer ao minuto 64’ com a estreia do jovem angolano Manú, um elemento da equipa B do Estrela que substituiu Alan Ruiz.

O Benfica continuou a dominar, Arthur Cabral continuou a tentar e o guarda-redes Meixedo continuou a negar o golo ao avançado brasileiro dos encarnados, num jogo entretido mas sem grande velocidade, em que era agora Akturkoglu o jogador que mais velocidade procurava impor na partida. Em busca dessa velocidade, Bruno Lage ainda chamou ao jogo o jovem Andreas Schjeldrup por troca com Rollheiser, na última mudança perante os 56.094 adeptos que marcaram presença nas bancadas do Estádio da Luz.

Passava por esta altura o minuto 77’ e também o Estrela da Amadora fechava as mudanças com a saída do recém-entrado André Luiz, ele que saiu lesionado e em lágrimas depois de ter estado em campo pouco mais de meia-hora, dando o seu lugar a Keliano.

A dominar o jogo, o Benfica chegou pouco depois ao quinto golo, ao minuto 79’, agora por Amdouni, depois de um passe a rasgar toda a defesa dos tricolores feito por Kokçu que deixou o internacional suíço isolado em frente a Meixedo, batendo este para o 5-0 numa noite em que apenas Arthur Cabral continuava sem cumprir o seu objectivo de conseguir um golo numa partida que se tornou fácil para o conjunto benfiquista.

Cabral faz o sexto e o sétimo
e a Luz canta os parabéns a Néné

Só que esta noite estava destinada a dar para tudo e sobre o minuto 86’, eis que Arthur Cabral, depois de ter falhado golos aparentemente fáceis, fez um golo de belo efeito com um pontapé de bicicleta já dentro da pequena área a colocar a bola dentro da baliza do Estrela a fechar o resultado em 6-0.

O público no Estádio da Luz ainda foi pedindo “só mais um“ neste jogo frente ao Estrela da Amadora e o Benfica cumpriu, com o sétimo golo, depois de um primeiro remate de Florentino que Meixedo não segurou, aparecendo Arthur Cabral para uma recarga tão oportuna quanto vitoriosa, fazendo o 7-0 e permitindo ao speaker do Estádio da Luz a dedicatória ao antigo camisola 7 dos encarnados, Néné, ele que completou 75 anos no passado dia 20 e que, depois de ao intervalo ter sido homenageado pelos adeptos, voltou a ser recordado pela simbologia do número 7 que também ele transportou de águia ao peito.

O Benfica garantiu assim de forma tão tranquila quanto justa o apuramento para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, altura em que terá que viajar até ao Algarve para defrontar o Farense.

Di Maria foi claramente o homem do jogo com o seu hat-trick, mas também pela forma como se exibiu durante o primeiro tempo, numa equipa em que também Arthur Cabral acabou por se destacar pelo muito que falhou e pela forma como acabou por fechar o jogo com dois golos.

O Benfica, com a confiança dada por esta goleada contra uma formação da I Liga na Taça de Portugal, aponta agora baterias para o jogo da Liga dos Campeões, no terreno do Mónaco na próxima quarta-feira, isto enquanto o Estrela da Amadora, depois de ter sido goleado no Estádio da Luz, terá que olhar já para a frente, na visita que terá que fazer ao terreno do Farense em partida referente à 12ª jornada da I Liga.

texto: Jorge Reis
fotos: Diogo Faria Reis

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