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Qualificação de recursos humanos ameaça crescimento do turismo

Se a 72.ª edição do Barómetro do Turismo IPDT assinala uma tendência de crescimento do setor para este ano, metade dos agentes inquiridos pela consultora mostram-se preocupados com a escassez de mão de obra qualificada.

Tendo por base 45 respostas válidas, de um painel de 175 profissionais em funções de direção e administração em várias áreas que integram o setor, o Barómetro do Turismo do IPDT regista que, em 2025, Portugal poderá receber até 33 milhões de hóspedes, gerando proveitos da ordem dos 6,5 mil milhões de euros.

O Barómetro do IPDT, uma consultora especializada no setor do turismo, refere que “as dormidas apresentam igualmente um cenário promissor, com 78% dos inquiridos a projetarem indicadores entre 75,1 e 81 milhões, registando-se “uma maior procura, mas também uma possível extensão na duração média das estadias”.

Para Jorge Costa, presidente do IPDT, “a previsão do aumento do número de hóspedes, dormidas e proveitos globais para 2025 reflete o potencial de crescimento sustentado do turismo nacional. Para concretizar este potencial, será fundamental continuar a investir na qualidade das experiências turísticas, adaptando-as às atuais exigências dos viajantes”.

Em comunicado, o IPDT salienta ainda que, segundo os profissionais do setor, os fatores que terão um impacto mais positivo no desenvolvimento do turismo nacional em 2025 serão “a melhoria contínua da oferta e dos serviços”, seguindo-se “a segurança e a estabilidade política e social”.

Jorge Costa assinala que “num contexto global marcado por incertezas económicas e geopolíticas, Portugal continua a beneficiar da perceção de ser um destino seguro e acolhedor, o que se traduz num ativo estratégico para atrair turistas internacionais”.

Falta de recursos humanos

Apesar do cenário encorajador e positivo, o setor enfrenta desafios que podem condicionar o seu desenvolvimento em 2025. A escassez de recursos humanos qualificados destaca-se como o principal desafio, referido por 51% dos inquiridos no Barómetro de Turismo do IPDT.

Sendo vista como fundamental a captação e valorização dos profissionais do setor, 14% dos inquiridos apontam “a necessidade de melhorar as condições de trabalho e aumentar a competitividade dos serviços”. Adicionalmente, “12% defendem que a formação e qualificação dos recursos humanos deve ser uma prioridade”.

Para reforçar a competitividade de Portugal enquanto destino turístico, os profissionais do setor destacam duas ações de igual relevância: a promoção turística segmentada e a consolidação da imagem do país como destino de excelência, além da diversificação e requalificação da oferta turística, com foco na sustentabilidade.

Por fim, os membros do Barómetro do Turismo do IPDT identificaram as principais tendências que deverão moldar o comportamento dos viajantes em 2025, destacando preferências que refletem a evolução das expectativas e necessidades do turista moderno. As viagens personalizadas e feitas à medida surgem como a principal tendência (63%), seguidas pela procura de experiências culturais autênticas nas cidades (60%). A segurança, elemento essencial na escolha de destinos, foi referida por 30% dos especialistas.

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