Termina a 31 de Maio a entrega das obras concorrentes aos Prémios Literários Fernando Namora, de 15 mil euros, e Revelação Agustina Bessa-Luís, de 10 mil euros, em homenagem aos dois grandes escritores portugueses. A Estoril Sol irá ainda lançar o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural.
As obras originais para a 28.ª edição do Prémio Literário Fernando Namora e para a 18.ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís serão avaliadas pelo júri, presidido por Guilherme D‘Oliveira Martins, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, que integra José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, da Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Ana Paula Laborinho, Liberto Cruz e José Carlos de Vasconcelos, convidados a título individual, e ainda Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.
O Prémio Literário Fernando Namora, de periodicidade anual, é reservado a romances publicados, e tem o valor de 15 mil euros. No ano passado foi atribuído a Hugo Gonçalves, com o romance ‘Revolução’, que, segundo o júri, “é um livro que se impõe literariamente, graças ao modo como liga pontas soltas da história portuguesa recente, mantendo sempre, no entanto, o desenho narrativo de personagens contraditórias, heroicas ou trágicas, fortes ou fracas, e cujos perfis interpelam e comentam os leitores actuais do romance e as suas respectivas posições ideológicas”.
Por sua vez, o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, no valor de 10 mil euros, visa favorecer o aparecimento de novos valores, já sem a limitação inicial do limite dos 35 anos de idade para os concorrentes. Mantém-se, contudo, a obrigatoriedade do romance concorrente ser inédito, e de autor português, “sem qualquer obra publicada no género”.
O romance vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2024, foi ‘O Processo’, de Dulce de Souza Gonçalves, segundo o júri, “um romance centrado na memória histórica dos últimos anos da resistência à ditadura portuguesa e, ao mesmo tempo, de projeção dos traços culturais que asseguraram algumas das suas referências emblemáticas, nomeadamente as relacionadas com o fenómeno da emigração portuguesa para França, sobretudo durante os anos sessenta.”



Em comunicado, a empresa proprietária do Casino Estoril, Casino Lisboa e Casino da Póvoa adianta que irá ser também criado “o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, em homenagem ao escritor, poeta e ensaísta, completando o elenco deste contributo anual da Estoril Sol para as Letras e a Cultura.”