AD vence legislativas com Chega como segunda força política

As primeiras projecções logo após o fecho das urnas anunciavam desde logo alguns dados importantes que iriam resultar do apuramento dos votos das eleições legislativas realizadas este domingo, 18 de Maio: a Aliança Democrática e Luís Montenegro iriam vencer as eleições, reforçando ligeiramente o seu peso político mas ficando ainda assim longe da maioria parlamentar que os seus dirigentes pretenderiam, o Chega deveria ascender a segunda força política e, por via disso, o Partido Socialista de Pedro Nuno Santos cairia para terceiro partido mais votado, provocando uma verdadeira hecatombe dentro do partido da rosa, com consequências para o seu líder.

Apurados os votos, Luís Montenegro e a AD foram declarados vencedores, o PS ficou com o mesmo número de deputados eleitos que o Chega, 58, mas o partido liderado por André Ventura deverá ficar na frente do PS logo que sejam contabilizados os votos dos círculos eleitorais da Europa e de fora da Europa. Deste modo, confirmava-se assim o dado mais impactante adiantado desde logo a partir das primeiras projecções anunciadas logo às 20 horas, o crescimento do Chega, passando o partido liderado por André Ventura à condição de segunda força política, à frente do PS, que acabou assim por ser o grande derrotado neste acto eleitoral, levando mesmo a que Pedro Nuno Santos, até aqui secretário-geral do PS, tenha anunciado a marcação de uma reunião para o próximo sábado na qual o PS deverá eleger o novo líder, sendo que ele garantiu desde já que não se irá recandidatar a esse mesmo cargo, resultando assim estas eleições na sua demissão.

Em resumo, as eleições legislativas de 18 de maio de 2025 em Portugal apresentaram desde logo como resultados principais a vitória da Aliança Democrática, força que emergiu como o partido mais votado, consolidando a sua posição no cenário político português e garantindo a sua capacidade de formar governo, mas também a ascensão do Chega, partido que soma desde já 58 deputados eleitos e reforça a crescente influência do partido no panorama político português.

Atrás dos partidos que integram o pódio eleitoral ficaram a Iniciativa Liberal, de Rui Rocha, a quarta força política agora com nove deputados eleitos, o Livre com seis deputados eleitos, ainda o PCP que, uma vez mais em coligação com o PEV, elegeu desta vez três deputados e o Bloco de Esquerda, claramente um dos grandes derrotados desta noite eleitoral já que viu diminuir de forma assinalável a sua presença parlamentar, passando agora a ter apenas um deputado, em concreto a sua líder Mariana Mortágua, eleita por Lisboa.

Referência ainda para a eleição da líder do PAN, Inês Sousa Real, que garantiu a sua presença no Parlamento já bem perto do final da contagem dos votos, e ainda a eleição de um deputado do Juntos Pelo Povo (JPP), um partido originário da Região Autónoma da Madeira e que, exactamente pelo círculo eleitoral madeirense, elegeu o seu líder, Filipe Sousa, antigo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e que chega assim agora à Assembleia da República.

Outro dado a reter deste acto eleitoral resulta da diminuição significativa da taxa de abstenção, que atingiu o valor mais baixo em eleições legislativas nas últimas três décadas, num acto eleitoral que decorreu em total normalidade, sem boicotes nem qualquer situação mais anómala digna de registo.

Falta agora apenas apurar os votos dos cidadãos residentes no estrangeiro que irá permitir eleger mais quatro deputados para a Assembleia da República.

Assim, em termos de resultados, as eleições legislativas permitiram os seguintes números…

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