A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) alerta os empresários para as dificuldades que poderão enfrentar ao exportar para os Estados Unidos, após a aplicação de tarifas de 20% aos produtos da União Europeia pela administração Trump.
Numa nota publicada no seu ‘site’, a AICEP sublinha que o “novo plano de tarifas traz mudanças no comércio internacional e exige novos desafios às empresas portuguesas exportadoras.”
A AICEP destaca que se a “energia e minerais essenciais” são áreas isentas de tarifas, há produtos que são “potencialmente afetados, como a madeira, cobre, semicondutores, produtos farmacêuticos e minerais críticos.”
A estrutura governamental de apoio ao comércio externo refere que “está a acompanhar estas mudanças e pode apoiar as empresas na identificação de oportunidades, diversificação de mercados e otimização da sua estratégia de exportação.”
Relatório Trump
No seu ‘site’, a AICEP desataca ainda o relatório ‘Foreign Trade Barriers’, produzido em Março pela administração dos Estados Unidos e que terá sido a base para as tarifas que o presidente Donald Trump chamou de “recíprocas”.
No contexto deste relatório, Portugal é mencionado, a par da Lituânia, como países em que as “empresas norte-americanas têm manifestado preocupações quanto à utilização do critério de adjudicação de contratos com base no ‘custo mais baixo’.”
Outra das referências explícitas ao nosso país, por parte do relatório da administração norte-americana, refere que “embora Portugal geralmente conceda aos investidores estrangeiros o mesmo tratamento que aos investidores nacionais”, a lei portuguesa exige que as empresas envolvidas na produção, transmissão e distribuição de eletricidade, de gás, e no transporte de combustíveis, “tenham uma entidade constituída e com administração efetiva em Portugal para poderem candidatar-se a concessões”, uma situação que os norte-americanos consideram prejudicial.