O Chelsea FC destaca-se como o único clube de topo da Premier League a perder valor de marca, apesar de ter investido cerca de 2,8 mil milhões de euros na contratação de novos jogadores na última década. Este investimento colossal tornou o plantel do Chelsea o mais caro da história do futebol, como nos dá conta um artigo do site britânico Betideas.com que, num trabalho ao qual damos aqui eco, são compilados dados que revelam que o clube londrino é o único entre os principais da liga inglesa a registar uma diminuição significativa no seu valor de marca.
O valor de marca de um clube de futebol, em Inglaterra como nos demais países do Velho Continente, é um ativo crucial para os grandes clubes de futebol europeus, influenciando diretamente as receitas provenientes de patrocínios, merchandising e direitos de transmissão televisiva. Uma marca forte facilita também a atração de adeptos e parceiros comerciais a nível global, contribuindo para a solidez financeira e competitividade do clube, tanto dentro como fora do campo.
Os valores de marca dos clubes de elite europeus atingem cifras astronómicas. No ano passado, quatro dos seis principais clubes da Premier League possuíam um valor de marca superior a mil milhões de euros. Para contextualizar, estes gigantes do futebol rivalizam agora com marcas globais como a Spotify, Heineken e Red Bull em termos de reconhecimento de mercado e apelo comercial. Notavelmente, quase todos estes clubes viram o seu valor de marca crescer significativamente nos últimos três anos, com a exceção do Chelsea FC.
Apesar do avultado investimento em novos jogadores, o Chelsea não conseguiu traduzir este esforço numa melhoria do desempenho desportivo nem num aumento do seu valor de marca. As crescentes perdas financeiras, a instabilidade na gestão e as frequentes mudanças de liderança têm prejudicado a imagem do clube. Estes fatores, aliados a um desempenho fraco em campo e à frustração de adeptos e patrocinadores, explicam a erosão do valor da marca do Chelsea, enquanto os seus rivais continuam a progredir.
Dados da Brand Finance indicam que o valor da marca do Chelsea caiu de 991 milhões de dólares em 2022 para 897 milhões de dólares atualmente, uma quebra de 94 milhões de dólares. Este declínio contrasta fortemente com o crescimento registado por outros grandes clubes, como o Manchester City (aumento de 31%), o Arsenal (aumento de 34%), o Liverpool (aumento de 29%), até o Manchester United (aumento de 12%) apesar dos maus resultados desportivos da equipa orientada pelo português Ruben Amorim ou o Tottenham Hotspur (aumento de 9,5%).
Em termos comparativos, o Chelsea possui um plantel 200 milhões de euros mais caro, mas um valor de marca 40% inferior ao do Manchester United e do Manchester City, levantando sérias dúvidas sobre a eficácia da sua estratégia de investimento.
Betideas.com / LusoNotícias
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