Frente ao Moreirense, no Estádio do Dragão, o FC Porto venceu esta sexta-feira, por 3-1, em jogo da 32ª jornada do campeonato da I Liga, voltando assim a garantir os três pontos numa partida em que, ainda assim, foi o Moreirense o primeiro a marcar, à passagem do minuto 31′, por intermédio de Maranhão, e já depois dos dragões terem desperdiçado uma oportunidade flagrante, por intermédio de Mora no lance imediatamente anterior. Só que dando uma vez mais razão à máxima segundo a qual “quem não marca sofre”, os comandados de Martín Anselmi sofreram mesmo o primeiro golo do jogo, com a agravante deste golo ter sido consentido no Estádio do Dragão, permitindo um acréscimo de ansiedade entre os adeptos.
Há que dar conta que a equipa do FC Porto, desta feita com Eustáquio a aparecer no meio-campo por força da ausência de Alan Varela, castigado, com a linha de três centrais formada por Zé Pedro, Nehuén Perez e Iván Marcano, não perdeu o rumo mesmo depois do golo consentido, acabando por repor a igualdade pouco depois, ao minuto 40, por Francisco Moura, levando o jogo para o intervalo com a igualdade a prevalecer no marcador a um golo. Os adeptos cobravam mais da equipa azul e branca, o Moreirense prosseguia a sua missão de procurar levar algum ponto do Dragão, e o conjunto portista procurava reeguer-se após o golo de Maranhão, consciente da importância deste triunfo na corrida pelo terceiro lugar no campeonato da I Liga.


Foi assim necessário esperar pelo segundo tempo para podermos ver mais golos no Estádio do Dragão, e desde logo dar conta do ambiente nada tranquilo que reina no grupo de trabalho do futebol portista. Já depois de Martín Anselmi ter operado duas mudanças na sua equipa, com as saídas de Nehuén Perez e Pepê para as entradas de Gonçalo Borges e do jovem Tomás Peréz, à passagem do 64′, o FC Porto beneficiou de uma grande penalidade, quatro minutos depois, num lance em que João Mário cruzou para o interior da área acabando a bola por ser desviada pelo braço de Maracás.
A cobrança do castigo máximo, assegurada por Samu, foi precedida de alguma discussão entre os homens do FC Porto, isto porque também Fábio Vieira pretendia bater a grande penalidade, mas Samu colocou a bola na marca dos onze metros e assumiu a responsabilidade de converter o penálti, o que fez com êxito, colocando o FC Porto em vantagem no marcador.



Com o apoio dos seus adeptos, os azuis e brancos puderam finalmente agarrar o controlo do jogo, perante um adversário que sentia agora maiores dificuldades em dar uma resposta capaz. Anselmi voltou a mexer na equipa, retirando Eustáquio para a entrada de Martim Fernandes, e logo de seguida, à passagem do minuto 79′, Samu inalou uma jogada magistral de Rodrigo Mora assinando o terceiro golo azul e branco que viria a fechar o resultado a favor da equipa da casa. O Moreirense, já tranquilo a meio da tabela, averbou assim uma derrota perante um adversário naturalmente de “outro campeonato” como é o FC Porto, isto enquanto os dragões somaram três pontos, sem dúvidas importantes na corrida que se mantém em curso com o Sporting de Braga pelo terceiro lugar no final do campeonato da I Liga.
Nota para as boas prestações de Rodrigo Mora, ele que não marcou mas que construiu assumindo-se como o melhor em campo, e ainda de Samu, o avançado internacional espanhol que assim regressou aos golos e logo perante os adeptos portistas, sendo importante destacar a vitória dos pupilos de Marin Anselmi no final de uma semana em que tanto foi colocada em causa a continuidade do técnico sul-americano à frente da formação portista para a próxima época.

Já bem perto do final do jogo, o guarda-redes do Moreirense, Caio Secco, teve que receber assistência e acabou mesmo por ter que ser substituído, permitindo que Asué assumisse o lugar de guarda-redes, com o avançado de 22 anos a assumir por instantes um lugar que certamente não esperaria ocupar na I Liga.